Fatores associados à compreensão da prescrição médica no Sistema Único de Saúde de um município do Sul do BrasilFactors associated with the understanding of medical prescriptions in the Unified Health System in a city in southern Brazil
Prezado editor, Apresentamos os resultados de um estudo com delineamento transversal que teve por objetivo identificar os fatores relacionados à reavaliação da prescrição médica de psicotró-picos. Foram avaliados os usuários de psicotrópicos atendidos em Unidades Básicas de Saú-de Pública do município de Tubarão, localizado ao sul do estado de Santa Catarina. Para o cálculo da amostra, considerou-se uma população infinita, um erro de 5%, um intervalo de confiança de 95% e uma prevalência estimada para uso de psicotrópico de 9,9% 1 . O desfecho considerado nesta pesquisa foi o período considerado adequado para reavaliação médica após prescrição de um psicotrópico, ou seja, até dois meses, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 2 . Na (re)avaliação médica, supõe-se que a necessidade, a efetividade e a segurança dos psicotrópicos sejam aferidas pelo médico antes da elaboração ou renovação da prescrição. Para identificar os fatores associados ao desfecho, foi adotado o teste do qui-quadrado (p < 0,05). Este estudo foi aprovado por comitê de ética em pesquisa, sendo aplicado o termo de consentimento livre e esclarecido a todos os entrevistados.Foram entrevistados 137 sujeitos com idade entre 20 e 87 anos, em sua maioria (63,5%) mulheres. A escolaridade média foi de 7,4 ± 3,1 anos e a média de renda mensal, de 784,2 ± 520,6 reais. As indicações mais comuns para prescrições de psicotrópicos foram depressão (n = 67; 48,2%), ansiedade (n = 61; 43,9%) e insônia (n = 51; 36,7%). Os entrevistados relataram utilizar entre um e três psicotrópicos, apresentando o uso de uma média de 1,2 (± 0,5) diferentes medicações dessa classe. Os tipos de psicotrópicos mais comumente prescritos foram os antidepressivos (53,3%) e os ansiolíticos (31,5%).Os usuários de psicotrópicos relataram ter realizado a última avaliação entre um e 15 meses da data da entrevista, com média de intervalo de avaliação de 5,6 meses. Apenas 34 pacientes (24,8%) descreveram o intervalo de até dois meses entre a última prescrição e a última reavaliação médica do uso dos psicotrópicos. Segundo os entrevistados, as últimas prescrições foram elaboradas por psiquiatras em somente 11,0% das situações.Neste estudo, a maior parte dos pacientes não foi reavaliada após a prescrição de psicotrópicos de acordo com a recomendação vigente, o que levanta o questionamento sobre a maneira como as pessoas estão recebendo as prescrições para a aquisição desses medicamentos. Além disso, a única variável que apresentou associação com a reavaliação periódica adequada foi o diagnóstico referido de depressão (p < 0,001). Talvez isso tenha ocorrido em virtude de os médicos julgarem necessária uma avaliação mais frequente da medicação nesses pacientes 6 . Sexo não foi um fator associado ao período adequado de reavaliação médica, embora a literatura 3-6 descreva maior prevalência de uso de medicamentos psicotrópicos
Reason and purpose of the study: To investigate the abusive consumption of psychoactive substances. Methods:Questionnaires that addressed sociodemographic characteristics, professional information and use psychoactive substances were administered. The Chisquare test (p<0.05) was used to determine associated factors. Results:In total, 320 truck drivers were surveyed, of which 48.8% reported using psychoactive, especially amphetamines (90.3%). The consumption was associated with age group below 32 years (p=0.002), had no steady partner (p=0.047), 10 or more years of occupation (p<0.001), workload over 15 hours a day (p<0.001), slept less than five hours (p<0.001), drove over 800 km a day (p=0.001), and believed that the psychoactive drugs were not addictive (p<0.001). Employment relationship, financial status, time away from home, and truck unloading time were not associated variables. Conclusion:The use of these substances is a fact, and the results indicate the need for intervention, especially with the commercialization of these medications.
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