Este trabalho teve como objetivo fazer um levantamento teórico e uma reflexão acerca dos fenômenos da grafitagem e da pichação em relação às juventudes. Em busca de um estudo teórico mais aprofundado, foi possível encontrar diferentes linhas de pensamento indicando a existência do grafite e da pichação, para alguns, como forma de comunicação dos jovens, para outros como forma de protesto de grupos oprimidos e ainda como uma maneira de estabelecer um status, uma marca em relação a um grupo e a construção de um sentimento de pertença. A discussão trouxe à tona o fato das diferentes juventudes que vivem por todos os cantos e encantos desse país estabelecerem uma relação de força com as cidades. Levando em conta a premissa de que onde há relações de poder há resistências, quais formas de participação juvenil existentes em nossa sociedade? Para isso, o texto ainda propõe a construção de um caminho onde o tripé participação social, cuidado de si e cuidado do outro, conjugado aos verbos inventar, resistir e criar, podem fazer toda a diferença no processo de produzir uma vida singular, ética e que pode ser apreciada e vivida como uma obra de arte. Palavras-chave: Grafite; Pichação; Juventudes.
Este artigo apresenta alguns aspectos da interferência que a psicanálise exerceu no percurso profissional dos autores, que se serviram da dúvida e da busca por outras formas de atuar nas poucas possibilidades que o processo educativo, seja na educação formal (escola) ou na educação não formal (ONG) podia oferecer. Aproximar-se da psicanálise foi uma possibilidade que fez a diferença neste percurso, contribuindo para abrir algumas brechas para que profissionais, alunos, adolescentes e jovens, imersos nesta civilização, pudessem, exercitar o cuidado de si e do outro numa dialética constitutiva da subjetivação de todos.
ResumoEste trabalho pretende trazer para discussão as muitas provocações que as piadas carregam, formas divertidas de distração e de convívio entre amigos que ferem aqueles que são os motivos das piadas presentes nas salas de aula. Esse artigo visa analisar as piadas e apelidos presentes no cotidiano escolar em uma turma de 6º ano de uma escola pública de Campinas/SP. O estudo ocorreu por meio de observações das aulas de Educação Física, registradas em um Diário de Campo, e de encontros entre pesquisadora e alunos em Grupo Focal. Como expressões do bullying, as piadas machucam uns e alegram outros, numa relação perversa de poder social. Por meio do estudo, foi possível constatar não apenas o cotidiano de piadas que desqualificam e fazem sofrem, mas também a necessidade de tempos e espaços de diálogo na escola, em que os alunos possam falar e ouvir sobre questões relacionadas ao meio sociocultural que vivem. As piadas racistas se presentificam como formas de racismo contra pessoas que, pelas suas diferenças e pela estranheza que provocam, são desqualificadas. Palavras-chave: Microfascismo; Racismo; Humor; Bullying, Violência. Laughingof the other: fascism racist jokes in daily life AbstractThis paper aims to bring into discussion the provocations made by jokes, fun ways of distraction and conviviality among friends that hurt those who are the motives of these jokes in classrooms. This article aims to analyze the jokes and nicknames in school everyday life in a class of 6th grade of a public school in Campinas / SP. The study was conducted through observations of Physical Education classes, recorded in a field diary, and meetings between researcher and students in Focus Groups. As bullying expressions, jokes hurt some and rejoice others in a perverse relationship of social power. Through the study, it was possible to see not only the everyday jokes that disqualify and make sufferings, but also the need for time and space for dialogue at school, where students can speak and hear about issues related to socio-cultural environment in which they live. Racist jokes present themselves as forms of racism against persons who, through their differences and the strangeness that cause, are disqualified. Keywords: Microfascism; Racism; Humor; Bullying; Violence. IntroduçãoNão com a ira se mata, mas com o riso. (Nietzsche 1983, p.316) Precisamos do riso. O riso faz a vida extravasar-se. Mas há que pensar em risos pela dimensão do sentido que cada riso carrega? A questão aqui levantada aponta para um certo tipo de riso que denuncia o que nos motiva a rir, especialmente o que produz o rir de alguém e o que produz em outro alguém que ri. Não pensamos quando rimos o que é rir de um outro que nos provoca, pela diferença que produz eco em nós, que reflete uma certa diferença que pode incomodar, algum desconforto. Esse riso seria um disfarce? Um medo? Revelaria o que é para ficar escondido?Escrever sobre o riso é tarefa difícil, trata-se de escrita que produz efeitos de verdade.
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