OBJETIVO: Avaliar a prevalência de infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV), sífilis e hepatite B entre mulheres privadas de liberdade do estado de Roraima e sua correlação com percepções, conhecimento e fatores comportamentais. MÉTODO: Trata-se de estudo de corte transversal, com amostragem sistemática simples, realizado na Cadeia Pública Feminina de Boa Vista, estado de Roraima, no ano de 2017. Foram avaliadas 168 detentas (93,8% da população) por meio de entrevista face a face e testes rápidos. RESULTADOS: A prevalência de alguma infecção sexualmente transmissível (IST) foi de 20,2%, sendo 4,7% de HIV, 15,5% de sífilis, e 0,0% de hepatite B. A análise multivariada confirmou como fatores de risco para adquirir uma IST: ter mais de 30 anos de idade [odds ratio (OR) ajustada: 2,57; IC95% 1,03–6,40); baixa escolaridade (OR ajustada: 2,77; IC95% 1,08–5,05); pouco conhecimento sobre o uso da camisinha (OR ajustada: 2,37; IC95% 1,01–7,31); e achar que não há risco de contrair sífilis (OR ajustada: 2,36; IC95% 1,08–6,50). CONCLUSÃO: A população privada de liberdade constitui um grupo de alta vulnerabilidade às IST. A elevada prevalência dessas infecções pode ser explicada por déficits de conhecimento sobre o assunto, percepções distorcidas e condições peculiares ao aprisionamento, que resultam em comportamento de risco. Ressalta-se a necessidade de implantar programas educativos de prevenção, diagnóstico e tratamento de IST para essa população.
Foram utilizadas variáveis sociodemográficas e variáveis específicas (tipo de exposição ao vírus rábico, localização, tipo e extensão do ferimento, espécie do animal agressor, profilaxia indicada). Para a análise dos dados descritivos foram empregadas frequências simples e relativas e usados os softwares TabWin 4.1.3 e Microsoft Excel. Resultados: Ocorreram 34.515 notificações de atendimento antirrábico humano, uma média de 2.655 ao ano. O município de Boa Vista concentrou 83,5% dessas notificações. As variáveis sociodemográficas mais frequentes foram: faixa etária de 5 a 9 anos (14,5%), sexo masculino (58,8%), raça/cor parda (71,4%), escolaridade com ensino básico incompleto (12,0%) e residência na zona urbana (92,1%). A exposição por mordedura correspondeu a 93,0%, ferimento profundo a 46,8% e ferimento único a 54,1% dos atendimentos. Os locais mais acometidos foram os membros inferiores (42,2%) e os mãos/pés (32,4%). A espécie animal agressora mais frequente foi a canina com 86,8% dos atendimentos. A indicação da vacina ocorreu em 41,6%, observação + vacina (40,7%) e soro + vacina (2,3%) dos atendimentos. Conclusão: Ficou evidenciado uma alta ocorrência de acidentes com animais domésticos potencialmente transmissores de raiva no estado de Roraima, diante desse fato, torna-se necessário ter alta cobertura vacinal antirrábica desses animais com o propósito de prevenir a raiva animal e consequentemente a raiva humana.
Introdução/Objetivo No mundo, no ano de 2020, 23 milhões de crianças não receberam as vacinas de rotina, representando 3,7 milhões a mais do que em 2019, deixando-as em risco de contrair doenças evitáveis, como sarampo, poliomielite ou meningite. O Brasil, em 2020, passa pela pior adesão da série histórica, 29% dos pais adiaram a vacinação dos filhos após o surgimento da pandemia da COVID-19. As regiões Norte e Centro Oeste destacam-se da média: 40% das famílias atrasaram a imunização. Diante desse cenário, o objetivo do estudo é analisar a cobertura vacinal (CV) das crianças menores de um ano antes e durante a pandemia da COVID-19 em Roraima. Métodos Estudo descritivo e retrospectivo sobre a CV das vacinas aplicadas nas crianças menores de um ano entre os anos de 2019 (pré-pandemia) e 2020 (durante a pandemia). As vacinas selecionadas foram: BCG, hepatite B em crianças até 30 dias, hepatite A, rotavírus humano, meningococo C, penta, pneumocócica, poliomielite, febre amarela, tríplice viral (D1 e D2). Os dados foram levantados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/MS). Resultados Das vacinas analisadas, no geral, a redução da CV, entre 2019 e 2020, foi de 10,84%. Mais de 90% das vacinas tiveram redução da CV em 2020. Em ordem decrescente, a redução foi de 22,01% para a vacina tríplice viral (D2), 20,38% para a hepatite B em crianças até 30 dias, 19,49% para hepatite A, 19,38% para febre amarela, 17,76% para a BCG, 12,38% para a tríplice viral (D1), 6,91% para a poliomielite, 4,94% para o meningococo C, 4,19 % para o rotavírus humano e 3,79% para a pneumocócica. Apenas as vacinas BCG (meta 90%) e hepatite B em crianças até 30 dias (meta 95%) atingiram a meta nesses anos. A penta teve aumento de 12,08% na comparação de 2019 e 2020, porém ficou abaixo da meta de 95% nos dois anos. Conclusão A realidade imposta pela pandemia da COVID-19, levando ao confinamento das pessoas e ao distanciamento social, alterou drasticamente a rotina de toda a sociedade, e foi determinante para intensificar as baixas CV em Roraima em menores de um ano de idade. A baixa CV pode colocar em risco a saúde de todos, especialmente frente à recente situação epidemiológica do sarampo no estado, da febre amarela que é endêmica, da coqueluche e da difteria que são ameaças constantes devido a intensa migração venezuelana para o estado. As vacinas aplicadas ao nascimento possuem melhores CV que as vacinas aplicadas na Atenção Básica de Saúde.
Introduction: The world is facing a public health emergency due to the pandemic of the new coronavirus (SARS-CoV-2) and on March 20th, 2020, COVID-19, the disease caused by this virus, was considered to be community transmission throughout Brazil. As the incidence, mortality and lethality of COVID-19 are not homogeneous for all countries or regions within the same country, it is essential to monitor the profile of epidemiological indicators in Brazil in relation to the world. Objective: This research aims to know the epidemiological characteristics of the COVID-19 pandemic, comparing data from Brazil with the total world data from countries with registered cases. Methods: The data used to calculate the incidence, mortality, lethality, percentage of recovered and active cases were obtained from Johns Hopkins University & Medicine Coronavirus Resource Center, between March 23rd and April 21st of 2020, totaling 30 days. Statistical tests of correlation and comparison of means were used to evaluate the relationship between incidence and mortality rates, the evolution of the epidemiological indicators over time and to make a comparison between Brazil and the world. Results: The curves of incidence, mortality, lethality and percentage of cases recovered in Brazil and in the world were relatively parallel at first, with lower values for Brazil compared to the world (p < 0.05). Unlike the other indicators, the percentage of the active cases was higher in Brazil than in the world (p < 0.05). There was also a trend of approximation of the curves throughout the evaluated period and a directly proportional positive correlation between incidence and mortality rates in the world and in Brazil (p < 0.05). Conclusion: The data analysis showed an expansion of the COVID-19 epidemic in Brazil, revealing the importance of establishing preventive measures aiming to control the infection rate by flattening the epidemiological curves and, finally, avoiding the collapse of local and regional health services.
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