A produção da subjetividade e as relações de poder na escola: uma reflexão sobre a sociedade disciplinar na configuração social da atualidade * Introdução Este artigo visa articular a produção da subjetividade contemporânea com as relações de poder que circulam na escola, não somente na relação professoraluno, mas sobretudo discutindo o lugar que a instituição escolar ocupa na configuração social da atualidade. Trata-se de uma reflexão teórica que busca discutir a inserção da escola no contexto atual.Quando falamos de uma produção da subjetividade, estamos deixando de lado qualquer noção de subjetividade pré-social, pois a subjetividade é um constante processo social de geração (Hardt & Negri, 2001). Assim, falar em produção da subjetividade significa dizer que esta última não é entendida como origem, mas como um processo, de acordo com a configuração sócio-histórica em que se situa. Nesse sentido, podemos dizer que a subjetividade não é um dado prévio nem um ponto de partida, mas um ponto de chegada de um processo complexo, tal como um devir (Birman, 2000).A idéia de produção da subjetividade pode ser enriquecida pela noção de subjetivação (Foucault, 1988(Foucault, , 1990Deleuze, 1992). Essa noção vem sempre precedida das palavras "formas", "modos", "processos", que apontam que a subjetivação nunca está acabada, mas se constitui como um processo contínuo (Prata, 2001). A partir dessa perspectiva, há múltiplas maneiras diferentes de se subjetivar no decorrer da história, em que o sujeito pode fixar, manter ou transformar sua identidade (Foucault, 1997).Dito em outras palavras, a suposição é que a subjetividade hoje se produz diferentemente do que se produziu, por exemplo, no início do século XX. De modo não casual, a instituição escolar fez e faz parte dessa produção, uma vez que, se por um lado ela é um lugar fundamental na constituição da subjetividade, por outro ela também está inserida num amplo contexto. Nesse sentido, a engrenagem da escola é atravessada e marcada pela configuração social, mas também tem o papel de definir o sujeito, seja por meio * Trabalho apresentado no GT Psicologia da Educação, durante a 26ª Reunião Anual da ANPEd, realizada de 5 a 8 de outubro de 2003, em Poços de Caldas (MG).
Esse artigo pretende problematizar o conceito de pulsão de morte em Freud a partir de duas vertentes: de um lado, sinalizando seu aspecto mortificante e conservador. De outro, apontando possibilidades criativas impulsionadas pelas pulsões de morte no campo da clínica da psicanálise, como por exemplo, através do trabalho da sublimação.
Este artigo discute o problema do normal e do patológico no discurso freudiano, a partir de dois modelos: num primeiro modelo, haveria a idéia de uma homeostase psíquica, um estado de equilíbrio dinâmico, que balizaria as concepções de normal e de patológico, as quais se diferenciariam quantitativamente. Num segundo modelo, que poderia ser pensado a partir de 1920, com a construção do conceito de pulsão de morte, Freud se depararia com o campo para além do princípio de prazer, trazendo a idéia de um desequilíbrio inerente ao sujeito.
Discutem-se aqui as relações entre os processos subjetivos e as formas de sofrimento a eles associados, levando em consideração o lugar do pai circunscrito por Freud e Lacan e suas transformações na contemporaneidade. A intenção é indicar as mudanças na subjetividade contemporânea, em particular em relação ao lugar atribuído ao pai na sociedade disciplinar e na configuração social da atualidade. Com isso, busca-se estabelecer articulações entre as novas relações de poder e a produção da subjetividade na clínica da psicanálise.
Psychoanalysis's subjective processes and truth games in the transformation of the father's place. This paper discusses the relations among subjective processes and forms of suffering associated with them, considering the father's place as described by Freud and Lacan, and its changes in contemporaneity. It aims to indicate the changes in contemporary time, especially in relation to the place conferred to the father in the disciplinary society and in the present social configuration. Thus it tries to establish articulations among the new relations of power and subjectivity's production in the psychoanalytic clinic
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.