O presente artigo tem como objetivo aprofundar a compreensão da categoria estranhamento de Gyorgy Lukács, com vistas a identificar contribuições ao debate feminista. O intelectual apresenta a categoria estranhamento como o descompasso entre o desenvolvimento da personalidade humana e o desenvolvimento das capacidades humanas. Nesse processo, realiza a discussão do estranhamento da mulher como uma questão relevante para a compreensão dos dramas do ser social em seu tempo histórico. Sendo assim, demarca-se que para a luta emancipatória das mulheres é fundamental apreender os mecanismos que atuam no processo que impulsiona e também retrai as possibilidades de interferir com autonomia e consciência crítica sobre a reprodução dessa sociabilidade desigual entre as pessoas. É nesse contexto que se apresenta o debate de Lukács, especialmente sobre o estranhamento e o estranhamento da mulher, como um contributo a potencializar estratégias libertadoras.
O projeto de Extensão Faladeiras é um projeto feminista e está vinculado ao Núcleo de Estudos em Serviço Social e Organização Popular (NESSOP) do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina. Caracteriza-se como ação junto à comunidade, tendo como foco principal a violência de gênero. Da primeira edição em 2017 até agora, o projeto original sofreu modificações, especialmente por avaliações permanentes com as participantes do projeto. Assim, o principal objetivo deste Relato de Experiência é, além de socializar a prática de um projeto de extensão, sinalizar a importância do contexto para indicar as necessidades de mudanças, o que pode ser visto na apresentação das edições. Esse deve ser o compromisso da Universidade Pública com a defesa dos direitos da população, na luta contra todas as formas de opressão e exploração vigentes.
O direito ao aborto no Brasil está previsto na legislação desde 1940, e sua regulamentação ocorreu em 1999 pelo Ministério da Saúde. Entretanto, a garantia da interrupção legal da gestação traz desafios, dentre os quais o tema da objeção de consciência. Assim, este artigo se dedica a analisar este dispositivo e suas implicações para o acesso ao aborto legal. Trata-se de um estudo bibliográfico e documental, apoiado em normatizações do Ministério da Saúde, Códigos de Ética Profissional e textos de autores da Bioética e do Feminismo. Pretende-se contribuir, por meio de uma reflexão crítica e estratégica, para a garantia do acesso a esse direito.
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