Resumo O artigo discute processos de espacialização de missões religiosas de origem protestante ecumênica que atuam junto aos índios, entendendo-os como parte dos mecanismos contemporâneos de formação do Estado e de gestão de territórios e populações. Busca complexificar as interpretações sobre a relação das missões com mecanismos coloniais e pós-coloniais de dominação, explorando a pluralidade de motivações, de formação de alianças e de sentidos veiculados por elas em diferentes espaços geográficos e períodos de tempo. Para isso, examina quatro casos, na Coreia do Sul, Noruega, Argentina e Brasil, analisando os nexos das missões com redes locais e transnacionais de apoio, notadamente no campo do desenvolvimento, dialogando com as discussões metodológicas na antropologia sobre as etnografias multissituadas.
Resumo: A partir de um diálogo entre os casos da Noruega e da União Europeia, pretendemos analisar a combinação de diferentes fatores e escalas de processos sociais (individuais, institucionais e de unidades políticas nacionais e supranacionais), estruturantes na formação dos sentidos sociais do desenvolvimento, notadamente das relações entre princípios morais e trocas interessadas, constitutivas das "culturas morais" dos universos analisados. Na perspectiva dos indivíduos
This article aims to analyse the meaning of religious and humanitarian approaches in the field of international cooperation, setting out from a study of Norwegian cooperation with indigenous peoples. In so doing it describes and evaluates the differences between missionary and philanthropic trends in the debates on indigenous rights, their contribution to the establishment of contemporary Norwegian national values and state building, and their role as key elements in the control and administration of territories and populations. The article concludes by suggesting a number of research directions connected to the understanding of international cooperation as a space for creating a political agenda connected both to policy proposals and to the building of social movements.
O artigo aborda os debates dentro do campo ecumênico protestante relacionados à definicação dos povos indígenas como sujeitos de direito na cena política contemporânea, examinando esta temática em sua relação com o campo da cooperação para o desenvolvimento. O argumento é construído a partir da constatação do peso dos aotres religiosos no aparato da cooperação, buscando-se identificar os discursos que têm dado suporte tanto a ações no terreno da advocacy quanto a intervenções voltadas a projetos de desenvolvimento junto aos povos indígenas. Para isto, realiza uma etnografia da Pré-Assembléia Indígena conduzida na X Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas na Coréia do Sul, em 2013.
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