Este artigo trata de questões acerca do tema Cultura construtiva: como apreender a memória de um saber tradicional em vias de erradicação por meio do Design Participativo, dentro da complexa correlação de políticas e ações externas que supõe promover o desenvolvimento em comunidades rurais e quilombolas. Ações que podem levar ao processo de erradicação de um saberfazer construtivo tradicional passado de geração para geração e que transmite cultura e memória. Seu contorno está delineado a partir de uma série de reflexões teórico-conceituais obtidas através de uma revisão literária a priori explanatória e que tem como principal foco a metodologia do Design Participativo com aproximação de áreas que contribuem para a valorização de um saber tradicional, que nesse caso trata-se de uma cultura construtiva. Portanto o artigo em questão caracteriza-se como de revisão a partir de textos relevantes para o Design. Para isso utilizou-se conceitos discutidos por Clay Spinuzzi, Tim Ingold, Raquel Gomes Noronha, Chiara del Gaudio, dentre outros.
O déficit habitacional brasileiro vem apresentando números cada vez maiores com o passar dos anos, chegando à marca recorde de 7,7 milhões em 2017. Esse problema social assola o país há mais de cem anos apesar dos diversos programas governamentais para combate-lo. A eficácia desses programas depende intrinsecamente dos sistemas construtivos disponíveis para que essas habitações sociais sejam construídas. Com essa perspectiva, esse artigo aborda o tema através de uma revisão sistemática da literatura buscando identificar os principais sistemas construtivos utilizados no país nos últimos 20 anos para a construção de habitações de interesse social, apontando suas especificações e debatendo sobre seus benefícios e desafios. Observou-se que a comunidade científica dispõe de bastante pesquisa em relação a vários modelos construtivos, onde entre eles se observa propostas inovadoras com grandes ganhos para a construção de habitações sociais atrelados a preservação do meio ambiente com controle de resíduos e racionamento de água, no entanto, a alvenaria convencional, que é utilizado desde a década de 1930, continua imperando como o sistema construtivo mais utilizado. Alternativas como o Light Steel Frame, Light Wood Frame, Concreto-PVC entre outros, se apresentam como possíveis substitutos, mas ainda precisam superar a barreira da baixa industrialização do país e da falta de especialização da mão de obra.
A humanização nos processos de Design e sua vertente colaborativa deram origem ao codesign, que será tratado no presente artigo como abordagem metodológica de campo. O objetivo desta pesquisa é propor reflexões sobre inciativas colaborativas de codesign implementadas em centros urbanos e sua possibilidade de adaptação à realidade social do centro histórico de São Luís-MA. Através de revisão bibliográfica foi traçado um panorama conceitual sobre o codesign e a educação patrimonial, o que fundamentou a análise de dois estudos de caso que apresentam alternativas colaborativas de intervenção urbana passíveis de adequação à perspectiva patrimonial, as iniciativas e métodos utilizados se apoiam em teorias de designers como Halse(2016), Ventura et. al(2016) , Manzini(2017) e Spinuzzi(2005). Os resultados encontrados mostram que qtravés da análise das iniciativas bem-sucedidas que foram apresentadas na Dinamarca, e no Rio de Janeiro no viés urbano e ambiental, é possível prever um itinerário educativo no que tange o patrimônio que possa ser adaptado também a sítios históricos e que seja efetivamente colaborativo.
O termo patologia para a engenharia civil é o estudo dos problemas que prejudicam a durabilidade e bem-estar de uma edificação, como as trincas, fissuras, mofo, etc. Dessa forma, os estudos patológicos buscam identificar causa e origem de determinado problema, para combater qualquer deficiência, utilizando conhecimentos técnicos, mão de obra e materiais adequados para tal. O presente trabalho é uma pesquisa de caráter qualitativo que tem como objetivo identificar e analisar as manifestações patológicas de maior incidência na fachada do prédio Castelo Branco da Universidade Federal do Maranhão, a fim de pontuar os problemas e evitar o comprometimento da vida útil da edificação. Para identificação das manifestações patológicas, foi realizado um levantamento visual e fotográfico, juntamente com a aplicação de um checklist aos técnicos responsáveis pelo prédio. Ressaltamos que, as manifestações patológicas mais incidentes foram as manchas, mofo e bolor com relação as demais manifestações identificadas, possivelmente causadas, principalmente, devido à presença de umidade; além disso, mencionamos também os problemas relacionados às adaptações de tubulação e fiação realizadas de maneira incorreta. Dessa forma, pode-se concluir que é necessário um acompanhamento dos profissionais técnicos de engenharia civil em todas as etapas da obra, do projeto à manutenção, de forma a mitigar a presença de patologias em potencial e o acometimento das edificações por doenças que possam comprometer a qualidade, funcionalidade e vida útil das edificações.
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