Esta pesquisa propõe um estudo fundado na investigação dos processos de leitura e da fruição estética das obras do artista Hélio Oiticica (1937-1980), expostas no Instituto Inhotim, a partir da perspectiva da Fenomenologia da Percepção de Merleau-Ponty, afirmando que podem ser complementares, permitindo a construção de um diálogo entre a produção do artista Oiticica e a Fenomenologia da Percepção, na perspectiva desse filósofo. Questões como o sujeito fenomenal, a filosofia, a relação corpo-espaço- -tempo, a estesia do corpo, entre outros estudos, podem produzir investigações quanto à arte e sua capacidade de produzir uma diferenciação estética no interior do mundo indiviso, permitindo revelar intersecções de sentido entre a percepção e a fruição na arte, a partir das obras de Oiticica e como se inserem no cenário museológico do Instituto Inhotim, museu que apresenta grande potencial nesse sentido.
Este artigo apresenta o resultado de uma pesquisa de campo realizada nas estações de metrô da cidade de São Paulo, Brasil, no primeiro semestre de 2015, que teve como objetivo analisar o acervo de arte do sistema metroviário de São Paulo, a partir do desenvolvimento de um mapeamento segundo os locais que expõem obras de arte contemporânea, verificando que obras estão expostas e em que estações do metrô se encontram, qual a natureza do acervo e que diálogo estabelecem com o local e com seus usuários, transeuntes e visitantes. O problema da pesquisa baseia-se numa questão central: como é composto o acervo de arte contemporânea do sistema metroviário da cidade de São Paulo? A relevância desse estudo se dá a partir do desenvolvimento de pesquisas que permitam identificar acervos culturais e artísticos em espaços públicos. A metodologia utilizada consistiu em, inicialmente, analisar o Livro Digital Arte no Metrô, o qual apresenta um compêndio das obras de arte expostas nas estações metroviárias da cidade de São Paulo, e, posteriormente, desenvolver uma pesquisa exploratória com base num estudo de campo nas estações, a partir da realização de um ensaio fotográfico e da observação das obras. Quanto ao método de pesquisa bibliográfico utilizado, cabe ressaltar que o referencial teórico foi estruturado com base em reflexões apresentadas por autores como Archer (2001), Argan (2010, 1984), Eco (2008), Gombrich (2004) e Taylor (2005), entre outros.
Este artigo apresenta o processo de criação e realização de um projeto que consistiu em desenvolver uma série de três leques em vidro, ressignificando a funcionalidade de tais objetos, numa proposta de criação artística em vidro. Questões como a opacidade, a transparência e a translucidez do vidro foram estudadas na relação obra – materialidade. As variáveis de material são indicadores relevantes. As relações advindas do alto teor simbólico do artefato "leque" , permitem a exploração de narrativas e de uma diversidade de manifestações culturais. Trata-se também de referência a um objeto de natureza e identidade femininas. Em sua história, apresenta a relação pendular entre "revelar" e "esconder" . Também há indícios de que já foi utilizado como uma "arma branca" , apresentando uma funcionalidade ao revés. A sutileza e a morte estão presentes. Quase opostas, geram para o leque, enquanto objeto de estudo, uma condição paradoxal. O corpo feminino ali está, atrás do leque. E nele se completa, se manifesta.
Este artigo apresenta um estudo sobre a poesia digital desenvolvida pelo Profº. Dr. Wilton Azevedo, no âmbito do Laboratório de Humanidades Digitais -LHUDI- da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o qual encontra a sua relevância na utilização de infraestrutura tecnológica, na capacitação teórica-reflexiva e na produção em equipe dentro do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação, Arte e História da Cultura. A poesia digital estabelece uma nova relação entre os códigos através de registros sonoros, verbais, visuais e performáticos, proporcionando o desdobramento de imagens e palavras não-lineares e interdisciplinares, desmaterializando o fazer poético, que apresenta índices semióticos resultantes da articulação da linguagem em meios de ambiência numa interdependência mútua entre leitor, poeta e poesia. A Interpoesia de Wilton registra uma obra de características poéticas, criada em ambiência digital através do uso de dispositivos tecnológicos que objetiva a ampliação de um código digital como um meio eficaz de produção de conhecimento dentro da proposta de Humanidades Digitais. O trabalho de Wilton propõe um novo olhar sobre a ambiência digital no que tange a sua exploração, enquanto plataforma tecnológica relevante para a criação digital poética, assim como para o registro de acervos históricos e recriação de ambientes humanos presentes e passados, de tal forma que a sua importância reside na compreensão e difusão da ambiência digital.
Este estudo apresenta uma breve análise sobre o Museu Inhotim, considerado o maior museu a céu aberto do mundo. Nele, são expostas obras de Arte Contemporânea inseridas no meio ambiente, num processo de diálogo com a natureza, presente numa reserva florestal que era uma antiga fazenda. Entre jardins, arquitetura e arte, as obras também se relacionam entre si. No local são oferecidos passeios culturais, artísticos e educacionais, pois o museu conta com um setor educativo voltado para a educação através da reflexão sobre as obras de arte expostas e o meio ambiente, quanto à preservação do patrimônio ambiental e cultural. A arte, nesse contexto, ganha uma análise baseada em alguns conceitos sobre Arte Contemporânea, que se fundamentam em estudos propostos por autores como Giulio Carlo Argan, Umberto Eco, Michael Archer, Ernst Fischer, Fayga Ostrower, entre outros.
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