Apr ese nta ção Um tanto cansa da de ouvir (princ ipalme nte de me ouvir) recla mar da dispos ição cartes iana das discip linas cientí ficas no que conce rne ao conhe cimen to do ser human o, espec ialme nte no tocant e ao seu bem-e star e ao seu sofrim ento, decidi pela constr uçãopessoa l, num primei ro momen tode uma prátic a de borra mento s ou de costur as em zigue-zagu e entre fronte iras discip linare s. Esse esforç o antec edeu em muito a minha entrad a no mestr ado em antrop ologia social, no qual desenv olvi a pesqui sa que funda menta este livro. Ela começ ara por uma incurs ão breve no curso de ciênci as sociai s antes de meu ingres so na gradu ação em medici na, prolon gara-s e no curso de especi alizaç ão em saúde públic a (que suced eu a uma bem tradic ional residê ncia em clínic a médic a e doenç as transm issíve is) e se flrmo u em defini tivo quand o partic ipei ecleti cament e de evento s das áreas de clínic a médic aestes me enew avam por sua estrei teza e pela Visão empob recid a sobre o ser human ode de saúde públic a, e outros , de nature za políti ca (assoc iações , sindic atos, panid o polític o). Com tal dispos ição, busqu ei da antrop ologia & contri buição possív el para a retom ada da integr idade do ser human o como objeto das ditas ciênci as da saúde. É claro que não estou quere ndo dizer que um olhar antrop ológic o para O indiví duo e seu meio seja capaz de, isolad amente , dar conta de tal emprei tada; apena s ressal to que esta via tem uma poten ciali dade muit o grand e a ser explo rada e aplic ada no camp o da saúde , ampl iand o-o sobre manei ra. É 0 que tento demo nstr ar ao apres entar esta pesqu isa sobre o sofri mento de nervo s entre mulh eres numa comu nida de de desce ndent es de açori anos na Ilha de Flori anópo lis, em Santa Catar ina. Neste ponto , é bom que me confe sse: trata-se de uma confi ssão da médic a, parte talve z de meu rito pesso al de pass agem deste estad o para 0 de médic a-ant ropól oga. Quan do a profe ssora Esthe r Jean Lang don me suger iu 0 newo so como tema de pesqu isa, médi ca que eu era, entre i logo na defen siva: "imag ine, isso está toda hora nos consu ltóri os, mas o que é o nervo so do ponto de vista médi co? Nada ! Nem nos livro s está descr ito, isso pode ser assun to para psicó logo, talvez , mas para médic o..." POrém, uma certa disci plina me fez encet ar uma pré-p esqui sa e, após entre vista r dois médi cos e conve rsar com algu mas morad oras, me dei conta de que, de fato, havia uma discr epânc ia, uma distâ ncia quase infini ta, entre o sofzi mento real dos nervo s e os sofri mento s legit imado s nos livro s e na práti ca médic a, pela local izaçã o orgân ica, pela disfu nção bioq uími ca ou mecân ica. Até aqui eu fora o que as pacientes e seus familiares chamam de "médica boazinha, ou seja, aquela profissional que, se não ajuda. ao menos não atrapalha, receita uns remedinhos de receita azul, pra dormir, mas não diz o que é, o que fazer". E que, segundo eles, "nas primeiras consultas trata bem, mas logo se enche da gente e come...
RESUMO:No trabalho de saúde e família, o profissional de saúde esbarra, por vezes, em dificuldades conceituais que muitas vezes são dadas pelos limites de seu próprio processo de aculturação, tanto em sociedade quanto dentro do campo profissional. Por isso, busca-se aqui trazer não só uma revoada sobre termos e definições no campo sócio-antropológico, como sugerir algumas propostas metodológicas que facilitem as tarefas do trabalho com as famílias.PALAVRAS CHAVE: Saúde da família; Família; Antropologia. INTRODUÇÃOA família é o espaço indispensável para a garantia da sobrevivência do desenvolvimento e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar de seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, em seu espaço são absorvidos os valores éticos e humanitários e se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que se constróem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais (Ferrari e Kaloustian, 1998).Da perspectiva estritamente biológica a família se constitui de pai, mãe e filhos. Histórica e sociologicamente falando, há notícias de famílias que não se constituíram dessa forma: na Roma Antiga, por exemplo, um cidadão sem herdeiros podia adotar como filho um menino de outra família; modernamente a adoção ocorre, em geral, quando a mãe biológica não tem condições para cuidar de seu filho e alguém , independente de poder ou não ter filhos, deseja adotar a criança. Filhos de mães solteiras ou de casais separados vivem muitas vezes desligados de um de seus pais biológicos. Por aí se vê que definir família de um ponto de vista estritamente biológico é insuficiente para uma perspectiva social.Compreensível, portanto, a advertência de Héritier sobre a impossibilidade de estabelecer uma definição universal, mesmo que a realidade que o termo recobre se encontre em todas as sociedades presentes e passadas (Héritier, 2000).O termo família, que provém do Latim famulus (criado, servidor) aplicava-se originalmente ao conjunto de empregados de um senhor e mais tarde passou a ser utilizado para denominar o grupo de pessoas que vivem numa casa, unidas por laços de sangue e submetidas a autoridade de um chefe comum. (Bruschini C. Ridenti, 1971).Aristóteles entendia-a como a comunidade de todos os dias e atribuía-lhe a função de atender às necessidades primárias e permanentes do lar. E é de Cícero, a expressão que diz ser a família o princípio da cidade e origem ou semente do Estado.Mais recente e também mais ampla, a definição de Lévi-Strauss diz que a família repousa sobre a união, mais ou menos durável e socialmente aprovada, de um homem e uma mulher e seus filhos.
Este artigo propõe-se a refletir sobre a construção histórica e simbólica dos significados do trabalho das mulheres que configuraram possibilidades de identificação coletiva e, mais do que isso, a subjetividade presente nas formas de sociabilidade que o trabalho propicia, e os consequentes desafios identitários, ou novos agenciamentos coletivos que proporciona.
Resumo: Tendo o marxismo como instrumental teórico para compreender as desigualdades entre mulheres e homens nas sociedades de classes, a obra de Heleieth Saffioti foi pioneira ao apontar que as categorias de sexo, raça/etnia e classe são constitutivas da sociedade, destacando o papel do trabalho nas relações de desigualdade. A articulação dessas contradições foi um debate importante na formação do feminismo que se forjou no país a partir da década de 1970, com uma forte militância de mulheres de esquerda, e permanece central para o feminismo hoje. Ao final dos anos 1980, priorizando elaborações sobre o conceito de gênero, classe e raça/etnia e o tema da violência, Heleieth Saffioti renovou sua presença intelectual e militante no feminismo no Brasil em novos diálogos que inspiram a intervenção feminista e as lutas dos movimentos de mulheres que visam à transformação da sociedade.
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SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros SILVEIRA, M. L. As nervosas do Campeche e suas queixas. In: O nervo cala, o nervo fala: a linguagem da doença [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2000. Antropologia e saúde collection, pp. 45-60. ISBN: 978-85-7541-609-9. Available from: doi: 10.7476/9788575416099.003. Also available in ePUB from: http://books.scielo.org/id/k4vp7/epub/silveira-9788575416099.epub. All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0. As nervosas do Campeche e suas queixas
A construção refere-Se ao processo material lento e prático pelo qual as inscrições SC superpõem e as descrições são mantidas ou refutadas.
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