RESUMOTestou-se a hipótese de o alo-transplante de bexiga devolver a capacidade estrutural e funcional desse órgão, usando-se 10 cães machos, saudáveis, submetidos à cistectomia parcial com preservação do trígono vesical. Utilizou-se o alo-transplante na reconstrução da vesícula urinária com acompanhamento dos animais durante 60 dias. Aos oito dias de pós-operatório, os cães apresentavam capacidade de contenção urinária e micção espontânea. Houve aumento gradativo do volume da vesícula urinária, alcançando, aos 60 dias, valores significativamente mais altos que os observados antes da cirurgia. Verificou-se integração tecidual com regeneração parcial na interface do transplante, caracterizada por reconstituição epitelial, proliferação fibroblástica, neoangiogênese e surgimento de fibras musculares lisas, aos 60 dias. Problemas como rejeição e obstrução uretral ocorreram em três cães. Conclui-se que o alo-transplante de bexiga em cães é viável e devolve a capacidade de repleção e as demais funções fisiológicas da vesícula urinária, ocorrendo regeneração parcial dos tecidos aos 60 dias de pós-operatório.
Palavras-chave: cão, alo-transplante, bexiga
ABSTRACT
The hypothesis that urinary bladder allotransplant in dogs repairs
O presente estudo teve como objetivo comparar a técnica de anastomose término-terminal convencional com a utilização do anel metálico Unitary Anastomotic Device (UAD). Seis cães machos, sem raça definida, adultos jovens foram submetidos à anastomose término-terminal experimental da artéria carótida, por meio das duas técnicas operatórias. Em um lado utilizou-se a técnica convencional com sutura contínua, com polipropileno 5-0 unindo três pontos equidistantes e, na artéria contralateral, empregou-se o anel metálico unindo as extremidades vasculares com o mesmo fio. Foram avaliados o tempo de execução das anastomoses a presença de hemorragia durante o procedimento cirúrgico, o diâmetro dos vasos e o pico de velocidade sistólica (PSV) após as anastomoses. Os dados foram submetidos a estudo estatístico (teste t de Student, com nível de significância igual a 0,05%), levando-se em consideração a natureza das variáveis estudadas. O tempo de execução foi estatisticamente menor no lado do anel metálico (P < 0,05), no qual não se observou episódio de hemorragia. A sutura convencional apresentou pequena hemorragia em dois animais, as quais foram contidas com pontos adicionais. Houve aumento estatístico do diâmetro do vaso observado no lado pós-anastomose quando se utilizou a prótese (P < 0,05), o que contribuiu para um menor PVS no local quando comparado com o lado da sutura convencional, embora não tenham diferido estatisticamente (P > 0,05). Os resultados permitiram concluir que ambos os métodos são eficientes, porém o anel metálico propicia um tempo significativamente menor de execução, contribuindo principalmente para cirurgias laboriosas com múltiplas anastomoses, como os transplantes de órgãos, pois o tempo de isquemia do órgão pode ser determinante para a sobrevivência do paciente.
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