O cuidador informal surge da necessidade de se cuidar dos doentes e idosos no domicílio, com a função de auxiliar nas medicações, higiene e alimentação sem remuneração. Esse tipo de auxílio suscita sobrecarga física, psicológica e financeira. No âmbito da qualidade do cuidar, salienta-se a necessidade de se olhar e ajudar os cuidadores informais no árduo apoio aos seus doentes, que, na maioria, são idosos. O objetivo deste artigo é apresentar as percepções vivenciadas pelas cuidadoras informais, bem como o reconhecimento, por elas próprias, das sobrecargas que as afetam holisticamente - emocionais, físicas, financeiras -, e a importância de desenvolver estratégias de coping na formação sobre como melhor cuidar. As entrevistadas residem nas regiões Norte e Centro de Portugal e responderam ao inquérito adaptado do The Zarit Burden Interview. As entrevistas foram analisadas com o apoio do software NVivo 8. Os dados obtidos indicam que as cuidadoras informais enfrentam mais sobrecargas físicas e emocionais do que financeiras. No entanto, salientaram que, apesar das dificuldades, gostam de cuidar dos seus familiares. Quanto a serem convidadas para participarem de formações sobre como melhor cuidar, algumas confirmaram o interesse. Verificase que as cuidadoras informais são carentes de uma formação que as capacite a melhor cuidar prevenindo consequências danosas.
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