Em 22 de julho de 2011, o norueguês Anders Behring Breivik matou 77 pessoas. Oito delas em Oslo, capital de seu país natal, onde explodiu um carro-bomba próximo a um edifício governamental em uma tentativa de matar o primeiro-ministro Jens Stoltenberg, do Partido Trabalhista Norueguês (Arbeiderpartiet [AP]), que representava a esquerda política. Poucas horas mais tarde, fuzilou mais 69 pessoas, em sua maioria jovens participantes de um acampamento de verão promovido pelo mesmo partido na ilha Utoya, a 40 km da capital. Breivik fazia parte de uma organização avessa ao multiculturalismo que culpava a esquerda -e o Partido Trabalhista em especial -pela invasão árabe na Noruega após o estabelecimento de uma política de tolerância aos imigrantes, medida que gerou uma série de reações de cunho nacionalista a partir de 2005.Em 2018, uma versão do massacre foi lançada em um filme produzido pela Netflix: 22 de julho, dirigido pelo cineasta britânico Paul Greengrass. Trata-se de uma adaptação do livro One of Us, de Åsne Seierstad, publicado em 2013 na Noruega e baseado em registros policiais, depoimentos do próprio Breivik e entrevistas com sobreviventes da tragédia e famílias e amigos das vítimas fatais.No início de seu livro Purificar e destruir (2009), o historiador e cientista político francês Jacques Sémelin se pergunta: "Como seres humanos podem se transformar, assim, em carrascos de seus semelhantes?" (p. 29). Ao final da obra, a resposta não é conclusiva, mas a partir da análise dos massacres humanos da época moderna -o genocídio armênio no início do século XX, o
Nesse texto o objetivo é analisar como a violência simbólica exercida contra as mulheres no espaço familiar se estende ao espaço acadêmico universitário brasileiro. A hipótese é que neste processo são reproduzidas as estruturas de dominação simbólica masculina desenhadas pela família patriarcal brasileira durante gerações, o que torna este tipo de violência mais sutil se comparada à violência física, mas não menos devastadora. Estudantes universitárias brasileiras são constantemente alvo de agressões verbais, humilhações, abusos morais e psicológicos por parte de professores, colegas e funcionários que compartilham com elas o espaço acadêmico, mais tais atos são recorrentemente naturalizados pelos agressores, e, muitas vezes, também pelas próprias vítimas por estarem impregnados na sociedade brasileira. A análise se apoia principalmente nos estudos de Bourdieu sobre a dominação masculina e o poder e a violência simbólicos. Recebido: 19/08/2019Aceito: 05/01/2020
Resumo: A proposta deste artigo é examinar as formas como a violência policial é representada no filme “Sargento Getúlio”, de Hermano Penna, através dos papéis ocupados pelo protagonista no desenrolar da narrativa: policial, jagunço e fugitivo. A película é uma adaptação da obra homônima de João Ubaldo Ribeiro e trata da trajetória de um sargento militar, cuja tarefa é levar um prisioneiro político do interior até a capital do estado de Sergipe. A fundamentação teórica se sustenta nos conceitos discricionariedade policial, poder soberano e vida nua, a partir de leituras Guillermina Seri, Michel Foucault e Giorgio Agambem, alinhavados pelas análises de Egon Bittner e Dominique Monjardet sobre as funções do policial. Palavras-chave: Cinema. Violência. Polícia. Sargento Getúlio Abstract: The purpose of this article is to examine how police violence is depicted in the movie "Sergeant Getúlio", directed by Hermano Penna, through the protagonist representation in the unfolding of the narrative roles: police, roughneck and fugitive. The film is an adaptation of the eponymous work by João Ubaldo Ribeiro and deals with the trajectory of a military sergeant whose task is to lead a political prisoner of the interior to the capital of the state of Sergipe. The theoretical concepts is sustained in police discretion, sovereign power and bare life, from readings Guillermina Seri, Michel Foucault and Giorgio Agambem, tacked by analysis of Egon Bittner and Dominique Monjardet about the functions of the police. Key words: Movies. Violence. Police. Sergeant Getúlio.
A universidade tem se mostrado um local de formas de violências relacionadas ao gênero e suas interseccionalidades que atinge alunas, alunos e alunes. Para dar visibilidade a essas agressões, estudantes das três universidades públicas estaduais paulistas (UNESP, USP e UNICAMP) estão se mobilizando e criando coletivos em redes sociais digitais onde compartilham textos e imagens - produzidas ou repostadas de outras fontes - cujo intuito é revelar sua luta em construir espaços acadêmicos livres de discriminações. O objetivo é analisar essas peças visuais – ilustrações e fotografias - criadas para as plataformas Facebook e Instagram, a fim de compreender se essas imagens têm a intenção de “decolonizar o olhar”, isto é, se desconstroem as lógicas colonialistas de percepção dos corpos, dos gêneros e das sexualidades. Esta pesquisa está baseada no conceito de decolonização do olhar, conforme descrito pelos autores latino-americanos Barriendos (2019), Léon (2012) e Schenkler (2019; 2017;2016; 2012).
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