Segundo Robe rto Machado, a charlata n ismo foi criado como desvio da "verdadeira medicina".Como negação das ciências da saúde, porta nto inadmissível do ponto de vista legal perante profissio nais de saúde.Deve ser ressaltado que a lei quase sempre significa um instrumento desconhecido (e até desa creditado) no meio popular. Isto ta lvez facilite aos empíricos a consecução de um bom acatamento de seus serviços pela comu hidade, sobrema neira as comu nidades mais aes possuídas. Interessante é que se apa rece um charlatão numa comunidade (organizada ou não) com objetivos oportunistas, pau lati namente, será alijado através de um processo natu ra l e espo ntâneo.De fato, o povo tem preocupações com conceituações, termi nologias, legislação. mas sua sa bedo ria exprime pensamentos de grande valor fi l osófico. Quando, por exemplo, afi rma que o pior charlatão é o que tem o diploma na mão, de fo rma sumária, critica ingênua e concretamente o profissional in competente, não leigo, que se comporta numa postu ra inescrupulosa utilizando o diploma como escu do protetor.No percu rso do charlatan ismo, a enfe rmagem tem sido a vítima maior. Por um lado, graduados da profissão perante a comunidade passam por leigos e, por outro, leigos, litara lmente, têm passado, no conceito popular, por graduados. Nestes desencontros de conce ituações (e até de definições de papéis na prática) é que reside a chave do problema cuja so lução está no repensa r dos profissionais e da profissão. Tarefa que não é fácil.Na atualidade, todo profissional de saúde (e de outras profissões) deve ser instigado a rea lização de estudos concernentes a sua fo rmação, cujo perfi l deveria envolver, além das institu ições fo rmadoras,as empregadoras e cómunitárias na busca de um encontro sa luta r aonde todas as partes sejam, de di reito e de fato, beneficiadas. As pessoas leigas que praticam ações de saúde devem ser recuperadas, treinadas ou recicladas, o que possobilita rá uma prestação de serviços de saúde comunitá ria mais aceitável e segura. Para tanto, se constitui condição "sine qua non" a orientação no sentido do reconhecimento de suas limitações (a exemplo dos terapeutas denta is do Sudão, dos médicos de pés descalços na China ou dos agentes co munitá rios de saúde do Cea rá ); aquisição das condições de encaminhamentos de casos pendentes de solução, objetivando o promover da sa úde e o prolongar da vida das pessoas -função primordial de todo agente de saúde, sem exceção.E , para concluir, nada mais oportuno que estas assertivas extraídas da Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, de Alma-Ata: "O povo, recurso mais importante do que qualquer outro para qualquer país, muitas vezes não é aproveitado. Contudo, devem os cuidados primários de sa úde aproveita r integ ralmente todos os recu rsos disponíveis e, po rtanto, mobilizar o potencial humano de toda a comu nidade. É o que ocorrerá se os indivíduos e )amília aceitarem maior responsabilidade po r su a própria saúde.Seu ativo interesse e participação na solução dos problemas d...
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