Em meio às diversas transformações sofridas pelo casamento e pela família ao longo da história, várias configurações familiares convivem na contemporaneidade: nuclear, monoparental, homoparental, recomposta, entre outras possibilidades. Nesse contexto, aumenta, em vários países, e mais recentemente no Brasil, o número de casais que escolhem não ter filhos. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica sobre o tema, incluindo publicações nacionais e internacionais. A busca foi feita em bases de dados (Web of Science, PsycINFO, Medline, SciELO, Lilacs, Psicodoc, BVS-Psi, Dedalus), e foram levantados artigos completos em periódicos indexados e resumos de teses e dissertações produzidas nos últimos dez anos. Os resultados coletados abordam diversas facetas do fenômeno da escolha contemporânea por não ter filhos: motivações declaradas, associação entre esse tipo de escolha e a situação profissional, relação com fatores de história de vida e família de origem, satisfação de vida e conjugal, preconceito e estereótipos negativos.
RESUMO. O casamento contemporâneo não necessariamente envolve um projeto de filiação e descendência. Tal fenômeno só é possível em função das mudanças que foram ocorrendo na transição do modelo tradicional de família para as novas configurações, nas quais observamos variadas facetas do desejo de procriação, representadas seja pela busca de um filho quando não existem possibilidades biológicas de concepção, seja por seu inverso, a escolha voluntária por não ter filhos. O objetivo deste artigo é refletir acerca do estigma e conjugalidade presentes na opção de casais por não ter filhos. O método empregado na pesquisa foi o clínico-qualitatitvo, sendo realizadas entrevistas com quatro casais heterossexuais, sem filhos por opção, na região metropolitana de São Paulo. De acordo com os resultados coletados, todos os casais relataram, de forma espontânea, sofrer ou ter sido submetidos à pressão social e sentir-se estigmatizados em função de suas escolhas. Cada um dos casais é impactado de uma maneira singular, reagindo a esse fenômeno de diferentes formas, a depender do tipo de vínculo conjugal estabelecido.
Resumo: Por 11 anos desenvolvemos uma pesquisa envolvendo uma proposta interventiva com famílias que buscam atendimento em um serviço-escola, com demanda localizada na criança. Por meio da psicoterapia psicanalítica com o casal procuramos atingir a remissão dos sintomas do(s) filho(s). O objetivo deste estudo é refletir sobre a manutenção das mudanças psíquicas ocorridas nesse tipo de clínica, que abrange a esfera conjugal e familiar, ao longo do tempo. Com base na metodologia de estudo de caso e no referencial psicanalítico, foram analisados dois casos clínicos enfatizando-se as sessões de follow up: dois casais que estiveram em processo terapêutico, respectivamente, por três anos e por dois anos e meio, sendo realizadas duas sessões de acompanhamento após o término da terapia. Esse tipo de intervenção mostrou-se efetiva para a elucidação de conflitos conjugais latentes e como promovedora de um ambiente saudável e favorecedor do desenvolvimento emocional da criança.Palavras-chave: entrevista, psicoterapia psicanalítica, terapia de casais.A follow up study concerning psychoanalytical psychotherapy of couples Abstract: For eleven years we have been conducting a research that consists in a proposal of intervention with families that look for therapy for a child. Through the psychoanalytical psychotherapy of couples, we try to release the child's symptoms. The aim of this article is to reflect about the maintenance over time of the psychic changes obtained in this clinical practice, which evolves conjugal and familiar levels. Making use of the case study methodology and the psychoanalytic theory, two clinical cases were analyzed, with emphasis in follow up sessions: two couples that had been in therapy for 3 years and 2,5 years, and each couple has participated in two follow up interviews after the end of the therapy. This intervention showed up to be effective on the elucidation of latent conjugal conflicts and also as a promoter of a healthy and supportive environment in the emotional development of the child.Keywords: interview, psychoanalytic psychotherapy, couples' therapy. Un estudio del follow up en psicoterapia psicoanalítica de parejasResumen: Hace once años hemos desarrollado una investigación que consiste en una propuesta de intervención en familias que buscan atención con una demanda localizada en los niños. Por medio de la psicoterapia psicoanalítica con la pareja, intentamos alcanzar la remisión de los síntomas de lo(s) hijo(s). El objetivo de este artículo es reflexionar sobre la manutención de los cambios psíquicos ocurridos en ese tipo de clínica, que abarca la esfera conyugal y familiar, a lo largo del tiempo. A partir de la metodología del estudio de caso y del referencial psicoanalítico, dos casos clínicos fueron analizados, enfatizándose las sesiones de "follow up": dos parejas asistidas en psicoterapia, por 3 y 2,5 años, con los cuales se realizaron dos sesiones de acompañamiento después del término de la psicoterapia. Ese tipo de intervención fue efectivo en la detección de los conflictos con...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.