RESUMOIntrodução: Por muitos anos, acreditou-se que os recém-nascidos (RNs) eram incapazes de sentir dor, devido ao pressuposto que seu sistema nervoso ainda não estaria completamente formado. Os RNs podem perceber a dor com mais intensidade do que as crianças e os adultos, devido aos seus mecanismos de controle inibitório imaturos, diminuindo capacidade de modular a experiência dolorosa. Objetivos: Identificar a ocorrência de dor em bebês internados e mensurar a utilização de analgesia farmacológica. Material e Métodos: Estudo transversal prospectivo, realizado nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital terciário, no período de novembro de 2014 a fevereiro de 2015. Resultados: Dor foi identificada em 36% dos pacientes. Cinco (10%) pacientes receberam medidas farmacológicas de analgesia. Conclusão: Houve discrepância entre a frequência de dor encontrada e a de utilização de medidas para aliviá-la. Mostra-se necessária a implantação de um protocolo de avaliação e terapêutica de dor pela Instituição. Palavras-chave:Recém-nascido. Dor. Medição da dor. Unidades de terapia intensiva neonatal. ABSTRACTIntroduction: For many years, it has been believed that newborns weren´t able to feel pain, because their nervous system wasn´t completely built. Newborns feel more pain than child and adults, due to the lack of maturity of the descendent inhibitory pathways, decreasing their ability to modulate pain experience. Objective: To identify occurrence of pain in interned babies and measure the use of pharmacological analgesia. Methods: Transversal prospective study, performed at Neonatal Intensive Care Units (NICUs) of tertiary hospital, between November 2014 and February 2015. Results: Pain was identified in 36% of patients. Five (10%) patients received pharmacological analgesia. Conclusion: A discrepancy arises between frequency of pain and the use of relieving measures. It is necessary to implement a protocol of evaluation and pain relief at the Institution.
Objetivo: conhecer a prevalência de asfixia perinatal e encefalopatia hipóxico isquêmica em recém-nascidos de termo no Serviço de Neonatologia de uma maternidade pública terciária do município de Fortaleza. Metodologia: foi realizado um estudo transversal, retrospectivo de dados secundários coletados nos prontuários dos recém-nascidos de termo com apgar menor que sete no quinto minuto de vida. Período: 1 de março a 31 de agosto de 2016. Resultados: ocorreram 2.586 nascimentos, 1.919 foram de recém-nascidos termo e destes, dezenove apresentaram asfixia. Oito pacientes foram excluídos por malformação congênita. A prevalência de asfixia observada foi de 5,7 por 1000 nascimentos a termo. Da amostra incluída, a frequência de encefalopatia foi de 54%. A taxa de óbito foi de 45%. Encontramos alteração de enzimas cardíacas em 82% dos casos e em 36% regurgitação tricúspide. Apresentaram função renal alterada 27% e oligúria 45%. Necessitaram de ventilação mecânica 64%. Enzimas hepáticas estavam alteradas em 54% dos casos. Os pacientes com encefalopatia grave apresentaram disfunção de dois ou mais sistemas e todos foram a óbito. Conclusão: a prevalência de asfixia encontrada no estudo está dentro do esperado para uma maternidade de referência.
Objetivos: conhecer o perfil de recém-nascidos (RN) internados em unidade de terapia intensiva (UTIN), no Serviço de Neonatologia de uma maternidade pública terciária do município de Fortaleza, que apresentaram icterícia. Metodologia: estudo transversal, prospectivo, sendo os dados coletados nos prontuários de 01 de fevereiro a 31 de julho de 2018, utilizando questionário simples. As análises estatísticas foram realizadas no programa software R 3.3.1 e Microsoft Excel® 2016. Resultados: os dados revelaram que 70,7% dos RN apresentaram icterícia significativa e 84,5% tinham idade gestacional menor que 35 semanas. O sexo masculino apresentou-se em 58,2% dos casos. Em 65,3% o tempo de clampeamento do cordão umbilical foi menor que 1 minuto. A taxa de sepse precoce foi de 68% e a de sepse tardia de 35,9%. A hemorragia peri-intraventricular (HPIV) esteve presente em 37,4% da amostra. O índice de policitemia foi de 1%. Pré-eclâmpsia foi fator protetor para icterícia significativa. Fototerapia foi realizada em todos os RN e 5,1% necessitaram de exsanguíneotransfusão. Conclusões: a prematuridade abaixo de 35 semanas foi o principal fator associado a icterícia de alto risco e esforços obstétricos e neonatais voltados para a sua prevenção são necessários no sentido de melhorar esse quadro e seus fatores relacionados.
A Enterocolite necrosante é uma síndrome clínicopatológica caracterizada por sinais e sintomas gastrintestinais e sistêmicos. De etiologia incerta, atinge um em cada 1.000 nascidos vivos. Alguns eventos levam à suspeita da síndrome, a qual pode estar associada à transfusão de hemácias. Objetivou-se relatar o caso de um recém-nascido prematuro que apresentou sinais de enterocolite necrosante após uma transfusão sanguínea com concentrado de hemácias. Recém-nascido, internado em uma Maternidade Escola de Fortaleza, Ceará, apresentava bom desenvolvimento e anemia, com hemoglobina 9,34 e hematócrito 30,1, sendo indicada transfusão. Na primeira transfusão, não apresentou reação clínica pós-transfusão; com 51 dias de vida, devido a outro quadro de anemia, foi indicada nova transfusão, apresentando hipoatividade, distensão abdominal e dois episódios de queda de saturação; após 66 dias, houve nova indicação para transfusão, a qual após infusão de 5,1ml evoluiu com novo episódio de taquidispneia, distensão abdominal e hiposaturação. O caso demonstrou evidência e clareza conforme achados na literatura. Observou-se que o Palavras-chave: Enterocolite necrosante. Transfusão de eritrócitos. Recém-nascido. Prematuro.The necrotizing enterocolitis is a clinicopathologic syndrome characterized by gastrointestinal and systemic signs and symptoms. Of uncertain etiology, affects one in every 1,000 live births. Some events lead to the suspicion of the syndrome, which may be associated with red blood cell transfusion. This study aimed to report the case of a premature newborn who showed signs of necrotizing enterocolitis after a blood transfusion with packed red blood cells. Newborn, admitted to a maternity hospital in Fortaleza, Ceará, showed good development and anemia, with hemoglobin 9.34 and hematocrit 30.1, being indicated transfusion. transfusion was indicated, showed hypoactivity, abdominal distension and two episodes of saturation drop; after 66 days, there was a new indication for transfusion, which after infusion 5,1ml, evolved with new of tachydyspnea episode, abdominal distension and hiposaturação. The case demonstrated evidence and clarity as found in the literature. It was observed that the use of the image as
Objetivo: avaliar a admissão de recém-nascidos a termo (RNTs) na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), considerando as principais causas e o desfecho final. Métodos: trata-se de um estudo retrospectivo, observacional com análise documental de prontuários, realizado na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, no período de janeiro a junho de 2016. Os dados foram consolidados utilizando o programa Statistical Package for the Social Science 22 (SPSS) e apresentados em forma de frequência simples, gráficos e tabelas. Resultados: observou-se uma taxa de admissão de RNTs na UTIN de 11,69%, com permanência média de 6,3 dias. As principais patologias responsáveis pelos internamentos foram: respiratórias (35,7%), malformações abdominais/ trato gastrointestinal (TGI) (11,9%), icterícia (7,1%), malformação diafragmática (7,1%) e pós-cirúrgico (7,1%). A comparação entre a necessidade de reanimação e o suporte respiratório utilizado mostrou que RNTs que não foram reanimados ficaram em ar ambiente, ao contrário dos reanimados que ficaram em ventilação mecânica invasiva (VMI), sendo um indicativo de que quanto mais comprometido após o nascimento, maiores as chances de necessidade de suporte respiratório. Conclusão: constatou-se que a assistência neonatal, desde a sala de parto até o desfecho final, com a aplicação de técnicas apropriadas de reanimação e suporte respiratório, fez com que a maioria dos RNTs admitidos tivesse alta (71,4%).
Prevalência de hemorragia peri-intraventricular em recém-nascidos de muito baixo peso e/ou com idade gestacional menor que 34 semanas e relação com o uso antenatal de magnésio em maternidade terciária. ABSTRACTObjectives: this study aims to determine the prevalence of peri-intraventricular hemorrhage (PIVH) in newborns very low birth weight (NVLBW) and/or less than 34 weeks of gestational age (GA). Also to check the relation or not between PIVH and the antenatal use of corticosteroids and magnesium sulfate. Methods: a retrospective and cross-sectional study carried out by reviewing medical records of tertiary maternity service for the period from 1 st July to 31 December 2015. Results/Discussion: all 110 patients included had GA less than 34 weeks and 41 (37.3%) were diagnosed with PIVH and there was a predominance of grade 1 hemorrhage Papile (63.4%). There was a preponderance of PIVH in the birth weight range of 1000-1499g (48.8%) and GA range 28 weeks to 31weeks and 6 days (53.7%). Corticosteroid exposure rate in the included sample was 77.3%, similar to exposure in the group with PIVH (75.6%). Magnesium sulfate exposure rate was 41.8% in the total sample and 34.1 % in the group with PIVH. Conclusion: the relation between PIVH and preterm infants with GA less than 34 weeks corresponds to 37.3%. The vast majority of cases of PIVH found were in infants with birth weight less than 1500g (85.4%).
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