ResumoNa educação superior o gendramento do conhecimento se expressa na concentração de mulheres nas ciências humanas, sociais e da saúde; e dos homens nas ciências exatas, naturais e tecnológicas. Este estudo apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado, que objetivou analisar se e como as relações de gênero condicionam as escolhas de cursos superiores de estudantes do ensino médio. Para tanto, utilizou uma abordagem quanti-qualitativa, através da aplicação de 456 questionários e realização de 20 entrevistas, abrangendo estudantes do 3º ano dos três turnos de uma escola públi-ca de João Pessoa/PB, em 2012. A análise evidenciou que o gendramento das matérias escolares, áreas do conhecimento e cursos superiores persiste nas escolhas dos/as jovens, ainda que sejam notadas algumas mudanças. Constatou-se que preconceitos de gênero estão presentes na cultura e relações escolares, difi cultando a desconstrução das dicotomias de gê-nero nas ocupações/profi ssões. Palavras-chave:Gênero. Ensino médio. Escolhas de cursos superiores.* Pedagoga pela Universidade da Paraíba/UFPB. Mestra em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação/PPGE/UFPB e doutoranda do PPGE/UFPB.
Este artigo discute questões de acesso à educação superior e inclusão digital de mulheres. Os sujeitos são alunas de três cursos de licenciatura na modalidade a distância ofertados pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Virtual: Letras, Pedagogia e Ciências Agrárias. A pesquisa foi qualitativa e exploratória, focada em perspectiva de gênero, com abordagens documental e empírica. O método empregado consistiu na análise textual discursiva de material composto de vários tipos de narrativas. No marco teórico, utilizaram-se obras de Cecília Castaño, Fúlvia Rosemberg, Rena M. Palloff e Keith Pratt, entre outras. As narrativas coletadas e analisadas indicam que algumas mulheres têm, simultaneamente, acesso ao ensino superior e às tecnologias de informação e comunicação (TIC), por meio da educação a distância (EaD), o que propicia a recriação de suas identidades e seu empoderamento. A EaD pode ser, então, uma porta de inclusão, contribuindo para a diminuição da brecha digital de gênero.
Resumo Com base em dados quantitativos, entrevistas e referências dos estudos de gênero, ciência e tecnologia, e da sociologia da educação e do trabalho, o texto aborda a raridade de mulheres como alunas e professoras no curso de Engenharia Mecânica em uma instituição de educação superior nordestina. Seis alunas que ingressaram no curso em 2012 são acompanhadas até o presente. A aná- lise sobre suas trajetórias, obstáculos enfrentados e perspectivas pessoais e profissionais ilustra como o filtro de gênero atua na área de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, e indica os desafios da inclusão da perspectiva de gênero para o alcance da paridade de sexo na educação superior e no mercado de trabalho.
A chamada para o presente dossiê temático, originalmente intitulado Representações Sociais de Gênero no âmbito da Educação e do Trabalho, visava reunir publicações resultantes de reflexões e pesquisas teóricas e/ou empíricas que abordassem as representações como categoria de análise em articulação com a dimensão de gênero, nos campos da educação e do trabalho, posto que os marcadores de gênero fazem-se presentes na dinâmica das representações sociais – sistemas de significados, valores, ideias e práticas construídas e partilhadas coletivamente.
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