Pensar sobre a Educação Infantil no Brasil sem discutir o processo de alfabetização de crianças é negar a realidade que constitui essa etapa de ensino. Do mesmo modo, negar que o brincar é a atividade-guia da criança é continuar na aparência do processo de desenvolvimento infantil. A questão essencial a se considerar é sobre o desenvolvimento da criança como ser social e suas relações com o processo educativo que objetiva apenas alfabetizá-la. Para compreender essa realidade da Educação Infantil, em especial a ofertada pelo ensino público brasileiro, este artigo tem o objetivo de explicitar as relações entre a Educação Infantil que visa alfabetizar e a que almeja desenvolver a criança em suas máximas potencialidades. Para isso, os argumentos teóricos estão fundamentados no Materialismo Histórico Dialético e na Psicologia Histórico-Cultural, e os empíricos são oriundos da pesquisa-formação desenvolvida em nível de doutorado. As narrativas foram produzidas por três professoras da rede pública municipal de Teresina (PI) por meio dos instrumentos/técnicas de produção dos dados, a Entrevista Reflexiva Coletiva, o Memorial Reflexivo do Processo Formativo e as Cartas Pedagógicas, e interpretadas fazendo uso do procedimento analítico Núcleos de Significação. As narrativas evidenciaram e materializaram diferentes significações relacionadas à prática pedagógica, que oscilavam entre o uso da atividade de brincar como estratégia de ensino e da tomada de consciência sobre as limitações da prática pedagógica que objetiva apenas concretizar o processo de alfabetização.
É com grande satisfação, na defesa da formação de qualidade para os
futuros professores e com a certeza de que ações de excepcional qualidade
têm sido efetivadas em todo o território nacional que publicamos a coletânea
“Diálogos com o PIBID e Residência Pedagógica: pesquisa, formação e relatos
de experiências”. Este volume apresenta alguns resultados de ações formativas
desenvolvidas nas cinco regiões do Brasil.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) e o
Programa de Residência Pedagógica (PRP) fazem parte da Política Nacional
de Formação de Professores. Esta política visa uma maior colaboração entre
União, redes de ensino e instituições formadoras, bem como uma maior
articulação entre teoria e prática em cursos de formação de professores e
domínio sistêmico da BNCC. Como destaque desta política, além de uma visão
sistêmica e articulação entre instituições formadoras e escolas de educação
básica. Isto é visto claramente em cada um dos 13 capítulos deste livro.
O livro é organizado em duas partes, sendo a primeira parte intitulada
“Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID: valorização
da docência e da formação de professores”, contendo seis capítulos, e a segunda
parte “Programa Residência Pedagógica: escola e universidade como espaço
de produção de conhecimento”, com sete capítulos.
Apresentamos este e-book, intitulado Estágio Supervisionado na Educação
Infantil: Formação de Professores e Ação Educativa, iniciando, de modo intencional,
pelo argumento de que o Estágio Supervisionado constitui-se como componente
curricular indispensável nos processos da formação de professores. Este
argumento, que se inclui em processo mais amplo de reflexões e de práticas,
é comprovado no âmbito da legislação pertinente – Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDBEN) 9.394/961 –, Art. 61, parágrafo único, quando
expressa que a formação dos profissionais da educação terá como fundamento,
entre outros, “[...] II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios
supervisionados e capacitação em serviço [...]” (formulação dada pela Lei nº
12.014, de 2009, grifo nosso).
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