Este trabalho analisa os fundamentos das práticas pedagógicas da saúde na escola por meio do discurso do processo de medicalização da sociedade apresentado por Foucault, a partir da instauração da medicina moderna. A análise dos programas curriculares apresentados na literatura, no decorrer do século XX revelam que os pressupostos medicalizantes ecoam nas inúmeras propostas curriculares, quer seja àquelas relacionadas ao escolanovismo, à teoria da privação cultural, às propostas democráticas da década de 80, ou àquelas recentemente apresentadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). O estudo conclui pela necessidade de rever os fundamentos das práticas pedagógicas da saúde a partir dos pressupostos da psicologia histórico-cultural para o desenvolvimento do aprendizado, que mais do que reorganizar os conteúdos do ensino, propõe os saberes escolares como um processo que requer uma elaboração que envolva a transformação dos modos de conceituar do aluno no sentido do conhecimento sistematizado, através das relações interpessoais, das trocas dialógicas sobre objetos ou fenômenos em que o conhecimento sistematizado está intimamente inter-relacionado ao conhecimento do cotidiano.
RESUMO:A educação ambiental (EA) vem-se expandindo no Brasil em diversos espaços educativos formais e não-formais. Este texto considera a EA provocadora de mudanças políticas, estimuladora de uma racionalidade ética e ecológica e promovedora de atitudes e valores pessoais e de práticas sociais compatíveis com a sustentabilidade da vida na Terra. Sob esta visão, o artigo tem como objetivo refletir sobre a expansão da educação ambiental nas universidades brasileiras, nos últimos vinte anos; discutir as possíveis mudanças educacionais das políticas públicas da área, a partir da Constituição de 1988; considerar a possível influência das forças dos movimentos sociais da sociedade organizada e das redes de EA locais, regionais e nacionais formadas com a generalização do uso da informática, como impulsionadora da sua expansão. A EA se constitui e se formaliza com o respaldo de uma polí-tica nacional que propicia sua permanência e aprofundamento
Resumo: O presente artigo apresenta uma análise de argumentações produzidas por alunos acerca do tema "Energia: produção, usos e impactos ambientais", com o objetivo de contribuir para os estudos sobre a temática Educação Ambiental no Ensino Básico. Os conceitos teóricos que embasam nosso estudo estão relacionados ao processo de interações sociais, na perspectiva vigotskiana, e à produção de argumentos, a partir do padrão de Toulmin. Os dados apresentados nessa pesquisa foram coletados com alunos da primeira série do Ensino Médio na disciplina de Física, de uma escola pública do Estado de São Paulo. O estudo traz evidências de que o trabalho em sala de aula promove um ambiente facilitador para o surgimento de argumentações válidas, e favorece a implementação do processo de Educação Ambiental com o enfoque crítico.
As pesquisas e monitoramentos de base comunitária são notáveis pela importância dos resultados relativos ao manejo de recursos naturais e conservação, além de representarem efetivas interações entre gestores ambientais, pesquisadores e o público leigo. Diante dessa necessidade surge o termo “Ciência-Cidadã”, que descreve parcerias entre cientistas e voluntários leigos, com possibilidades de efetiva participação em coletas e/ou análises de dados científicos. Com base nesta perspectiva, o programa ConsCiência-Cidadã, parceria entre universidade, ONG e ICMBIO, com apoio do CNPq e Fapesp, foi elaborado com o objetivo de contribuir para a formação de pessoas, em especial moradores do entorno dos parques nacionais, para atuarem como cidadão-cientista e estímulo ao voluntariado. Foram realizados três cursos, os quais buscaram estimular a formação científica, o engajamento em atividades socioambientais e a melhoria dos espaços naturais.
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