Este artigo pretende por meio de lembranças/Memórias de uma estudante/professora, reconstruir passos do IEP, no período, da ditadura militar de 1964 a 1985, com o objetivo de ser mais um elemento de reflexão junto ao projeto de pesquisa, “FORM(A)ÇÃO DE PROFESSORAS/ES EM TEMPOS DE DITADURA: o Instituto de Educação do Pará no período de 1964 a 1985”. ICED-UFPA-CNPQ e desse modo, contribuir para com a história e memória da educação paraense e brasileira. Os relatos apresentam a forma como era concebida a educação pelos governos do militares no Estado do Pará e como os alunos/professores desse educandário se organizavam para lutar contra a ditadura e por um currículo de ensino menos esvaziado de conhecimento necessário a formação ideológico/política. A organização dos movimentos de resistência criadas no interior da instituição foi fundamental para a formação de professores comprometidos com a justiça social, com a democratização e a qualidade do ensino paraense.
O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a construção do conceito de Educação Integral de Tempo Integral que vem se desenvolvendo no cenário educacional brasileiro e de como esses conceitos contemporâneos são influenciados pelas concepções pedagógicas presentes no pensamento educacional desde o final do Século XIX e início do século XX. A análise se centra em estudos bibliográficos em que se buscou estudar as concepções pedagógicas, os principais expoentes da educação brasileira e suas contribuições na construção dos conceitos de educação integral em tempo integral e as políticas de educação integral retratadas nos documentos oficiais. Os estudos revelam que a escolanovismo é a concepção pedagógica que mais tem influenciado as políticas de educação integral em tempo integral no Brasil. O estudo conclui que a expansão dos ideais fundados em bases escolanovista contribuíram para que novas demandas fossem se inserindo no pensamento educacional brasileiro contemporâneo, o que resultou na construção de políticas públicas educacionais em uma perspectiva de Educação Integral de Tempo Integral, e sua legitimação nos ordenamentos jurídicos.
O artigo apresenta os índices de evasão nos cursos técnicos presenciais subsequentes ofertados no Instituto Federal do Pará, campus Altamira, no período de 2010 a 2016, com dados coletados do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica fornecidos pela Secretaria de Registros e Controle Acadêmico do campus. Foram identificados índices de evasão que variam entre 35,0% a 84,6% nos cursos ofertados e um total 61,6% de evasão no período pesquisado. Os maiores índices de evasão aconteceram nos cursos técnicos em Eventos, 84,6%, em Redes de Computadores, com 80,0%, em Restaurante e Bar, com 74,0% e em Informática para Internet, com 70,5%. Os índices apresentados alertam para a necessidade de um aprofundamento nas discussões sobre a temática, de maneira que o problema seja motivador para a implementação de intervenções institucionais locais, capazes de modificar essa realidade com a sensibilização e comprometimento de toda a comunidade escolar.
A presente reflexão é fruto de estudos conjuntos desenvolvidos por dois grupos de pesquisa, da região Nordeste e Norte, respectivamente, e teve como objetivo analisar o que há de inovação no discurso oficial do Programa Novo Mais Educação (PNME), instituído por meio da Portaria Interministerial nº 1.144, de 10 de outubro de 2016, em substituição ao Programa Mais Educação. A abordagem metodológica adotada é de cunho qualitativo, desenvolvida por meio dos procedimentos da revisão bibliográfica e análise documental. Os trabalhos Cavaliere (2009), Dutra e Moll (2018), Moll (2012), Passos (2020), entre outros, deram suporte teórico à análise. Embora a proposta do “novo” programa seja melhorar a aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática no ensino fundamental com a ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes, mediante a complementação da carga horária com 5 ou 15 horas semanais, no turno e contraturno, as pesquisas já desenvolvidas no Brasil demonstram que a concepção de gestão adotada pelo PNME é de cunho gerencialista e está ancorada nas reformas que se encontram em curso no país desde a década de 1990, instalando nas escolas de educação básica a cultura da avaliação em larga escala cujos resultados assumem o epicentro dos debates.
Este trabalho teve por objetivo analisar os princípios da gestão democrática nas escolas paraenses, a partir das dissertações e teses defendidas nos Programas de Pós-Graduação em Educação das Universidades públicas paraenses. O levantamento bibliográfico foi realizado no Banco de Teses e Dissertações do portal da CAPES. Identificou-se um conjunto de 12 trabalhos de mestrado e doutorado que examinam a problemática da gestão democrática na escola paraense. Com base na leitura dos resumos, foi possível analisar como as pesquisas abordaram a problemática da gestão democrática na escola paraense e como foram tratados seus temas correlatos. O texto conclui apresentando o princípio de gestão democrática dominante na pesquisa científica na área ao longo do período investigado 2007 a 2017 é uma temática pertinente, o que nos leva a considerar que apesar das dificuldades e desafios encontrados na institucionalização de uma gestão que seja de fato democrática, mediante a análise apresentada é possível perceber pequenos passos e avanços vagarosos na direção de uma gestão participativa, de fomento à democracia nas escolas de ensino público no Pará.
Maria de Fátima Matos de SouzaProfessora do CDI/UFOPA fmatos@ufpa.br RESUMO Este artigo reúne elementos para discussão de uma aproximação teórico-metodológica acerca da constituição e organização do Museu da Educação Amazônico como guardião de fontes que registram a história da educação da Amazônia. Parte da tese de que à constituição do museu é uma necessidade imperiosa para a guarda, preservação e reflexão permanente da história e memória da educação da Amazônia. Objetiva disponibilizar a comunidade ligada à pesquisa, à extensão e ensino no campo da História da Educação, elementos iniciais ao debate sobre fontes e materiais amalgamadores de novos conhecimentos à sedimentação em história e historiografia da educação Amazônica, a partir do espaço museológico. Sua estruturação situa o estudo apresentando a temática o objeto e o problema de estudo, evidenciando as principais mediações quando da articulação, elaboração e execução da proposta de constituição do museu. Em sua conclusão preliminar apresentam-se dados analisados que resultam nos primeiros achados da pesquisa, tais como, percalços para a efetivação da ideia em torno da criação do museu, como espaço de referência para a pesquisa em história da Educação da Amazônia e destruição de acervos importantes de instituições escolares, a exemplo do Grupo Escolar Padre Luiz Gonzaga, de Bragança -PA. Os dados mostram que a instituição sofre com a falta de tratamento, organização e acondicionamento adequado de acervos documental, iconográfico, cartográfico, artístico e estatístico e outros materiais importantes do registro de sua trajetória, como os que indicam a sua criação relacionada à articulação da proposta de expansão da educação primária nos anos de 1960; sua constituição em uma das instituições escolares mais importantes de formação do povo bragantino, no Século XX e, por conseguinte da Amazônia; a proposta de um modelo pedagógico, baseado no respeito e disciplina, amor à pátria; o acesso ao ensino primário público; da influência da igreja católica da distribuição de merenda escolar e; da indumentária das professoras. Esses dados iniciais são elementos significativos para se afirmar a necessidade imperiosa da criação do Museu da Educação Amazônico como espaço de produção de novos conhecimentos à área de história da Educação e a história e memória da educação amazônica, em última análise do povo da Amazônia. Palavras-chave: Museu da educação, acervos e fontes, história da educação
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