Este artigo apresenta os resultados preliminares de pesquisa em andamento, a qual busca relacionar a emergência das culturas infantis na contemporaneidade às práticas comunicacionais das crianças nas redes sociais na internet. A pesquisa exploratória apresentada se fundamenta na aplicação da Análise de Conteúdo Temática (BARDIN, 2011) à transcrição de treze entrevistas semiestruturadas, realizadas com estudantes entre 10 e 12 anos em uma escola pública municipal de Natal (RN). O consumo de sites de redes sociais revela uma suposta prática de conversão do capital social em capital econômico; uma representação da cultura material na infância; e um modo de entender os meios de comunicação por uma óptica interativa e participativa.
Resumo: Este artigo utiliza o instrumental teórico-metodológico dos Estudos Culturais para a análise de discursos e avaliação de como se realizam os processos de recepção, consumo e circulação das mensagens midiáticas codificadas pelo viés político, sobre educação, bem como a relação desta decodificação com as reinvenções e reordenamentos do agendamento destes temas. O objetivo do trabalho, portanto, é observar as relações de interação entre mídia, educação e política a partir da percepção de jovens estudantes do interior do Rio Grande do Norte, que vivem longe das grandes capitais e centros urbanos, nos quais há um acesso mais facilitado aos meios de comunicação e às instituições de ensino tradicionalmente mais qualificados. As observações evidenciam que os discursos podem ser ressignificados quando o tema sobre educação é pautado pelo viés político em grupos de conversações públicos.
Palavras-chave:
Analisam-se as conversações estabelecidas na página da Revista Veja no site de rede social Facebook no contexto da crise política e econômica brasileira. Para tanto, selecionam-se comentários produzidos em postagens referentes à crise entre os anos de 2015 e 2016. O desenvolvimento das análises parte da etnometodologia e a sua abordagem sobre a análise da conversa como aportes metodológicos, observando questões contextuais, os sentidos produzidos nas conversações e os métodos ou gramáticas culturais utilizadas. As reflexões empreendidas apontam a crise como condição de possibilidade para a irrupção de conflitos e emoções que se pautam em raiva e ódio, constituindo uma narrativa do dano e indicando outras formas de convívio e sociabilidade no que se refere ao Brasil.
O contexto do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff aponta um período de reconfigurações nas sociabilidades brasileiras que perpassa toda a constituição da vida social, frente a um cenário marcado por crises políticas e econômicas. Considerando esse panorama, observa-se as conversações estabelecidas no post mais comentado da Revista Veja no Facebook no dia do julgamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff, destacando a abordagem etnometodológica sobre a análise da conversa. Os resultados indicam a forte presença das emoções na tessitura e produção de sentidos das conversações, as quais apontam incongruências com significados anteriormente representativos da sociedade brasileira como sendo alegre, cordial e acolhedora. No curso dos acontecimentos em questão, emergem e transitam discordâncias, conflitos e ondas de raiva mobilizadas pelos atores envolvidos, constituindo sensos e horizontes de moralidade e justiça.
Este trabalho apresenta conexões entre mídia e identidade camponesa no contexto de uma Escola Família Agrícola (EFA), em Independência, Ceará. Busca compreender como se percebem os educandos que, ao mesmo tempo em que reivindicam nova concepção de camponeses, afirmam tradições do campo, refutando a maneira que os meios de comunicação os representam. Utiliza-se metodologia fenomenológica com abordagem etnográfica. Os resultados apontam para formação identitária descentrada, um jovem que defende princípios campesinos, mas passa por uma formação multicultural promovida pelo processo de globalização calcado nas plataformas multimidiáticas.
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