Nos últimos 50 anos, ocorreram significativas mudanças sociais, culturais, políticas, econômicas e tecnológicas que afetam o comportamento de pré-adolescentes e jovens. Essa faixa etária necessita de investigações sobre sua compreensão do mundo econômico e o papel da família no processo de socialização econômica. Por isso, a presente pesquisa tem por objetivo principal caracterizar a compreensão econômica de 830 estudantes de 10 a 15 anos de diferentes níveis socioeconômicos, moradores da cidade de São Paulo. O instrumento utilizado foi o Teste de Alfabetização Econômica para crianças, TAE-N. Com abordagem qualitativa e quantitativa, utilizou-se o desenho descritivo-comparativo e correlacional. Apresenta-se a frequência das variáveis categóricas; valores de frequência absoluta, percentual; média e desvio-padrão; utilizou-se o coeficiente alfa de Cronbach; teste Qui-Quadrado. Para a comparação de medidas contínuas ou ordenáveis, valeu-se dos testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Os resultados demonstram uma socialização econômica insuficiente para lidar com as exigências do mundo econômico.
Pobreza e desigualdade social comprometem o desenvolvimento econômico, cultural, político e social e atingem milhões de pessoas no mundo. Este artigo apresenta uma investigação com 72 estudantes do ensino médio com o objetivo de averiguar representações de pobreza e desigualdade social. Foi utilizada entrevista semiestruturada, abordando a caracterização de ricos e pobres, a desigualdade social e possíveis soluções para a pobreza. Os estudantes demonstraram pouca compreensão sobre a integração dos elementos que compõem o sistema econômico. Estudantes da EJA entre 15 e 18 anos, de nível socioeconômico baixo, tiveram melhor compreensão de pobreza e desigualdade social, considerando variáveis históricas, econômicas e ideológicas que se inter-relacionam. O mesmo não foi verificado entre os demais estudantes do ensino médio. Este estudo abre discussões sobre a necessidade de programas de educação econômica que promovam a imersão dos estudantes no mundo econômico de forma reflexiva.
A pobreza é um fenômeno social complexo que compromete o desenvolvimento econômico, cultural, político e social de um país, atingindo milhões de pessoas em todo o planeta. Com o objetivo de investigar como alunos do ensino médio e universitários do curso de Pedagogia pensam a respeito de fenômenos socioeconômicos relacionados à pobreza e à desigualdade social, conduziu-se investigação com 118 estudantes do curso de Pedagogia e do ensino médio, de ambos os gêneros, com idade entre 15 e 51 anos, de níveis socioeconômicos baixo, médio e alto, pertencentes a duas instituições de ensino particular, localizadas em cidade do interior de Goiás. O instrumento utilizado foi uma entrevista clínica individual que permite verificar três níveis de compreensão dos fenômenos econômicos. Os resultados apontam que 53,4% dos participantes apresentam respostas características do nível IB, ou seja, crenças pautadas na meritocracia e no esforço individual, demonstrando incompreensão de políticas estruturais na construção de uma sociedade mais equânime. Respostas características do nível II foram encontradas em 36,4% da nossa amostra; nelas percebe-se que os sujeitos conseguem estabelecer vinculações entre a hierarquia das profissões e a remuneração, mas não compreendem a relação entre poder e exploração. Observa-se, também, a presença da ideia de oportunidades, porém sem a compreensão de ações que impõem obstáculos às mudanças sociais. Somente 7,6% dos estudantes encontram-se no nível III em que verifica-se uma concepção mais complexa dos diferentes níveis socioeconômicos, a presença de concepções de poder e exploração e o estabelecimento de relações entre sistemas distintos. No caso destes participantes, a desigualdade é analisada como produto de variáveis históricas, econômicas e relações de poder e dominação. O presente estudo identificou, ainda, que fatores como idade, gênero, ocupação, nível socioeconômico e acadêmico não foram bons preditores de melhores ou piores níveis de compreensão dos fenômenos econômicos.
_______________________________________________________________RESUMO: Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram lançados, em 1997, como subsídios para apoiar o projeto da escola na sua organização curricular e, dessa forma, atender as diversas realidades e necessidades de escolas e alunos de cada região brasileira. A grande novidade centrou-se nos cinco temas transversais, que flexibilizariam o trabalho com assuntos atuais e importantes para o desenvolvimento da cidadania e contextualização dos conteúdos escolares. Dada a importância do tema transversal Trabalho e Consumo, nos dias atuais, apresentamos a Educação para o Consumo como uma proposta para o ensino de História, uma vez que vai ao encontro dos objetivos da área e aborda: a construção de identidade a partir do consumo; a relação do marketing com crianças e jovens; o consumo como uma relação de desigualdade; a compreensão de assuntos econômicos; a educação para o consumo consciente e a cidadania.Palavras-chave: História e consumo. Educação para o consumo. Trabalho e consumo._______________________________________________________________________ ABSTRACT: The National Curricular Parameters were launched, in 1997, as subsidies to support the curriculum organization of the school project, and thus, to meet the different realities and needs of schools and students in each Brazilian region. The innovation focused on the five cross-cutting themes, which could make the class work with current and important issues to the citizenship development and contextualization of educational content more flexible. After almost two decades, we observe a society with distinct characteristics from the 90s, and one aspect that draws attention is its relationship to the consumption. Given the importance of the cross-cutting theme Work and Consumption, in these days, we present the Education for Consumption as a proposal for the History teaching, since it goes with the subject goals and approaches: the identity construction from the consumption; the marketing relation with children and teenagers; the consumption as a social inequality; the comprehension of economic issues; the education for the responsible consumption and the citizenship.
No abstract
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