O presente trabalho objetivou investigar a adoção da noção de competências na organização curricular do Curso Técnico de Laboratório em Biodiagnóstico em Saúde, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A pesquisa enfocou a viabilidade da ressignificação desse modelo a partir da adoção da matriz crítico-emancipatória proposta por Deluiz, Ramos e Kuenzer. A pesquisa, de natureza qualitativa, foi realizada por meio de entrevistas com professores da instituição. Os resultados apontaram que a adoção do modelo de competências não se deu por opção pedagógica, mas por imposição legal das instâncias normativas. A identificação, definição e construção de competências que orientaram a organização curricular foram efetuadas através da perspectiva totalizante, ao buscar contemplar as diversas dimensões do conhecimento. A operacionalização desse modelo e o desenvolvimento da dimensão subjetiva das competências mostraram-se o maior desafio enfrentado pelos docentes³.
Os laboratórios que trabalham com desenvolvimento tecnológico convivem com o desafio de que as novas tecnologias apontam, cada vez mais, para a especialização. Desta forma, cada atividade desempenhada possui um conjunto de conhecimentos que se articulam, tornando o trabalho altamente complexo, de tal forma que aquele trabalhador configura-se em um especialista naquele setor. O objetivo deste artigo foi analisar as características curriculares e percepções dos egressos do curso de Especialização Técnica em Biotecnologia da Saúde que teve inicio no Instituto de Tecnologias em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos)/Fiocruz, no ano de 2004, e que, posteriormente, passou a ser ministrado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. A relevância deste estudo está no fato de que os seus resultados poderão contribuir para a reformulação e aprimoramento do currículo do curso investigado, além de fundamentar estudos curriculares por outras escolas técnicas. Foi realizada uma pesquisa descritiva-documental, com abordagem qualitativa, e teve como sujeitos os coordenadores do curso e os alunos formados nas turmas de 2004 a 2008. Foram utilizados como instrumento de coleta, questionários e entrevistas. A análise das características curriculares e das percepções dos egressos do curso de Especialização Técnica em Biotecnologia da Saúde apontaram a importância de se manter este curso. No entanto, um dos desafios seria a necessidade de se adequar às limitações de formação básica dos profissionais técnicos que trabalham nessa área e que precisam ter o conhecimento teórico para embasar as práticas que já realizam rotineiramente.
A utilização das plantas como alimentos, medicamentos e cosméticos está relacionada à própria existência humana. O presente trabalho discute como um país que detém quase um terço da flora mundial, com atividade medicinal presente em inúmeras plantas, pode utilizar esse arsenal terapêutico para produção de medicamentos fitoterápicos, dentro da filosofia do desenvolvimento sustentável. Através de levantamento bibliográfico foram identificados os diversos passos da produção deste tipo de medicamento com o objetivo de analisar o fluxograma, utilizando como ferramenta a Produção mais Limpa. Dessa forma, postula-se que a utilização racional dos recursos naturais passa pela necessidade de se evitar o desperdício, melhorar o aproveitamento, e diminuir a geração de resíduos.
O objetivo desse estudo, no campo do ensino de ciências, foi discutir a formação do técnico de nível médio que atua na área de análises clínicas, frente às mudanças tecnológicas no processo de trabalho Os sujeitos da pesquisa trabalhavam em laboratórios clínicos de rotina diagnóstica de três Instituições do município do Rio de Janeiro. Utilizamos como instrumento de coleta de dados, entrevistas com perguntas abertas e fechadas. Como resultados, verificamos que nos setores de bioquímica e uroanálise, todas as técnicas passaram a ser automatizadas, diferentemente do observado nos outros setores em que apenas uma parte das técnicas foi automatizada, com exceção do setor de parasitologia, totalmente manual. Essa pesquisa apontou que apesar de não ter havido impacto no processo de trabalho desta área, a formação do trabalhador deve ser ampliada para atender as tendências futuras das novas tecnologias.
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