do Sudoeste da Bahia resumo O artigo discute a transferência da família real para a América portuguesa em meio à crise política que assolou a península ibérica nas primeiras décadas de 1800. A passagem do príncipe regente pela Bahia, em 1808, e sua posterior fixação no Rio de Janeiro, inauguraram um período de profundas alterações na capitania condizentes com uma conturbada conjuntura de guerras e de desestruturação do Antigo Regime, cujo papel desempenhado pelo conde dos Arcos e a elevação do Brasil a Reino adquirem relevância. palavras-chaves Bahia • crise do Antigo Regime • história política.
Constructing the "brasiliense nation": Local Government and Political Identities in the Bahia, (1815-1831) Maria Aparecida Silva de Sousa Doutoranda FFLCH/USP Resumo A pesquisa discute como as mudanças políticas decorrentes da crise do Império luso-brasileiro interferiram nos ajustamentos internos da capitania e posterior província da Bahia, no período de 1815-1831. Parte da proposição que a percepção diferenciada dos acontecimentos pelos protagonistas resultou na diversidade de projetos de futuro conformando um cenário de intensas negociações e conflitos como expressões das identidades políticas em gestação. Especificamente, analisa a tessitura dos poderes locais, em especial a atuação das câmaras municipais, atentando para a sua inserção na complexa trama dos interesses que marcou a construção do Império do Brasil numa situação particular.
ResumoO reordenamento do Império português materializado na instalação da Corte na América (1808) e na elevação do Brasil à categoria de Reino Unido (1815) revigorou a capacidade de mediação com os residentes da Bahia que perceberam a dilatação das oportunidades e, de diversas maneiras, buscaram usufruir os benefícios propiciados pelas mudanças conjunturais. No entanto, a despeito dos vínculos estabelecidos com o regente e da censura imposta pelo governo absolutista, a província não ficou imune à difusão do ideário liberal e às experiências políticas em curso na América espanhola, evidenciados em sua adesão ao constitucionalismo em princípios dos anos 1820. O estudo discute como as alterações políticas no período de 1808-1823 influíram no processo de aprendizado individual e coletivo na Bahia, esgarçando os mecanismos que até então haviam possibilitado a sustentação do Estado português ao mesmo tempo em que demandaram novas articulações entre as classes dirigentes para o encaminhamento da instabilidade política e a conformação de uma nova estrutura de poder político.Palavras-chave: Aprendizado político; Bahia, século XIX; Brasil Reino; Crise política; Período Joanino. AbstractThe rearrangement of the Portuguese Empire materialized in instalation of the Court in America (1808) an the elevation of Brazil the United Kingdom (1815) reanimated the capacity of the mediation with the residents of Bahia conscious the dilatation of oportunities and, in many ways, sough enjoy the benefits gained by conjucture. However, in spite of the bond with the regent and the censorship imposed by absolutism, the province absorbed the liberal ideas and experiences in the hispanic America, as evidenced by its adherence to constitucionalism in the early 1820. The study analyses how the political changes in the years of 1808 and 1823 influenced the the private and collective learning process in Bahia, tearing the mechanisms which until then allowed the support of the Portuguese State at the same time that required news articulations between the ruling classes for the conduct of the political instability and conformation of a new strucuture of political power.Key-words: Political Apprendice; Bahia, Nineteenth Century; Brazil Kingdom; Political Crisis; Period Joanino.Para Caio, minha alegria, meu amor. AgradecimentosPossuo muitas razões para me sentir gratificada por este doutorado. Uma delas, sem dúvida, é ter tido a possibilidade de retornar a São Paulo, cidade que tem um enorme significado em minha vida. Sem a bolsa de estudos concedida pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), no entanto, a realização do curso não teria sido possível.Ter contado com a orientação do prof. dr. István Jancsó foi fundamental para que a pesquisa tivesse o direcionamento teórico-metodológico apresentado aqui. Devo a ele momentos de intenso aprendizado e guardo uma profunda admiração por seu compromisso e entusiasmo pela pesquisa histórica, a busca pelo rigor da análise e por sua crença nos resultados positivos do trabalho coletivo. Sinto-me pri...
O presente artigo busca refletir acerca do silenciamento a que foi destinada a militância feminina no interior do Partido Comunista do Brasil e nas páginas da historiografia produzida por militantes desta organização. Através dessa perspectiva, pensar como algumas lideranças do PCB elaboraram suas concepções sobre a militância feminina e como rememoraram suas trajetórias politicas. Essencialmente indagamos sobre o esquecimento a que foram relegadas as mulheres militantes por seus companheiros, sobretudo no que diz respeito à memória do partido, na tentativa de problematizar questões ainda não enfocadas por parte da historiografia sobre o movimento operário.
Os estudos sobre a história da imprensa no Brasil têm tido consideráveis avanços nos últimos anos. De fato, pesquisadores dessa área têm dado grande contribuição ao analisarem o papel dos periódicos no processo de formação do Estado e da Nação brasileiros, seja no Oitocentos, quando as linhas de definição acerca da identidade nacional foram esboçadas e consolidadas, seja no século XX, a partir das novas demandas impostas pela implantação da República (1889) e a abolição da escravidão um ano antes (1888). Todavia, a despeito desses importantes estudos, a análise acerca da imprensa existente nas áreas interioranas e, mais especificamente, nos sertões da Bahia, ainda se constitui um campo em aberto para novas investigações. O artigo discute a importância da imprensa periódica como fonte documental e apresenta algumas possibilidades de pesquisa a partir do Jornal O Combate, um dos mais importantes e duradouros que circulou em Vitória da Conquista entre os anos de 1929, quando foi criado, e 1964.
O presente artigo concentra-se na análise do texto dramático Dr. Getúlio, sua vida e sua glória, escrito por Dias Gomes e Ferreira Gullar, em 1968. Buscou-se discutir as relações entre historicidade, memória, política e produção artística, evidenciando como esses elementos se articulam na construção do sentido do texto. Articulamos proposições de estudiosos da dramaturgia brasileira, como Décio de Almeida Prado, Renata Pallottini, Anatol Rosenfeld e Sandra Pascolati, para identificar, na construção do texto, o caráter atribuído às personagens; as teorizações sistematizadas por Jacques Le Goff, Maurice Halbwachs e Levi Vigotski, quanto à dimensão social da memória e da subjetividade; e a trajetória de Gomes e Gullar, com atenção aos grupos com os quais eles se engajaram. Em diálogo com as proposições de Michel Foucault, para quem a autoria de um texto está marcada pelo contexto de sua enunciação, intentamos conhecer as circunstâncias que possibilitaram a construção do caráter desta rememoração e as relações discursivas deste texto com a temporalidade em que foi produzido. Assim, notou-se que o texto analisado caracteriza a personagem como um herói e, para isso, elimina as contradições do sujeito histórico. Vargas é representado como um político nacionalista, vítima do imperialismo, desconsiderando que ele próprio negociou com esse mesmo imperialismo, além de ter feito uso de medidas autoritárias e violentas em seus governos. Concluímos que o texto apresenta uma homenagem positiva à memória do ex-presidente, como estratégia de enfrentamento à Ditadura Civil Militar, e em consonância com a tradição intelectual de esquerda que lhes era contemporânea.
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