Este artigo aborda as percepções dos profissionais envolvidos na escolarização de crianças com TEA e sua construção da linguagem escrita a partir da usabilidade do Alfabeto Móvel Organizado (AMO), em oficinas sobre o funcionamento alfabético do sistema de escrita. Tratou-se de uma pesquisa participante de cunho descritiva com abordagem qualitativa, realizada em uma Creche Escola de um município aulista. Participaram três professoras do ensino regular, uma professora de Educação Especial, dois Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs) e cinquenta crianças matriculadas em três turmas de Etapa II, sendo que quatro delas eram diagnosticadas com TEA. Utilizou-se como instrumentos para coleta de dados questionários, registros de filmagem, fotografias e diário de campo. Os resultados revelaram que o uso do AMO permitiu às quatro crianças com TEA, mostrar seus saberes. Concluiu-se que o AMO teve papel importante para a inclusão dessas crianças, favorecendo seu sentimento de pertencimento no contexto educacional regular.
O processo de escolarização da criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta desafios ímpares aos agentes educacionais (professores, gestores e funcionários). O manejo comportamental configura-se como fulcral para que os estudantes com o transtorno tenham suas habilidades potencializadas e consigam conviver bem com os pares e os profissionais no ambiente da sala de aula regular, minimizando ou extinguindo os comportamentos disruptivos. A hiperlexia que algumas pessoas diagnosticadas com TEA podem desenvolver, se caracteriza pela leitura precoce sem que tenha tido um ensino sistematizado e fascínio por letras e números, aponta para necessidade da utilização de novas estratégias pedagógicas a fim de impulsionar a assimilação de novos conhecimentos e não os estagnar. Este trabalho é fruto de uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem qualitativa que objetivou contribuir para novas reflexões acerca da escolarização da criança com TEA e da ampliação do conhecimento docente sobre as especificidades do transtorno. Relata-se o estudo de caso de um menino matriculado em uma Creche Escola Municipal de Educação Infantil (CEMEI) de uma pequena cidade do Centro-oeste Paulista, o qual tinha quatro anos de idade, diagnosticado com TEA e apresentando hiperlexia. Os resultados apontam para a importância dos agentes educacionais ficarem atentos aos seus alunos com TEA, a buscarem informações sobre o transtorno e suas variabilidades, estarem em contato com os familiares e profissionais da área da saúde que os atendem, além de desenvolverem práticas pedagógicas inclusivas que respeitem as necessidades educativas de cada educando em prol de uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade.
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