Este ensaio procura refletir sobre a montagem das cinco instalações que compõem o “Bloco-experiências in cosmococa: programa in progress”, de autoria de Hélio Oiticica e Neville d’Almeida que se encontram em exposição permanente no Instituto Inhotim. Postulam-se uma série de reflexões sobre a pertinência e a eficácia destas obras, nunca montadas em público durante a vida do artista.
Em maio de 1926, Filippo Tomasso Marinetti inicia sua palestra no Teatro Lírico, do Rio de Janeiro, lembrando, deslumbrado, a visita que tinha feito à favela do Morro do Pinto. Uma memorável fotografia mostra o escritor cercado por sua comitiva, no cume do morro. No grupo estão Benedetta – esposa de Marinetti –, Assis Chateaubriand, futuro magnata das comunicações, e o jovem Rodrigo Melo Franco de Andrade – então diretor da Revista do Brasil –, que dirigiria o Serviço Nacional de Patrimônio Artístico e Histórico. Também há policiais, jornalistas e moradores. A visita foi relatada pelos jornais do nascente império de Chateaubriand.
mocinha recuperado por sua avó morta. Plagiando Paul Claudel, poder se-ia dizer que a zona intermediária é pior que a morte.Enfim, retorno à localização das duas referências à tela holandesa, "As regentes do hospital". Parece-me interessante que ocorram tão adequadamente em "O caminho de Swann", livro em que é descrita a velha tia e noticiada sua morte, e em "O caminho de Guermantes", onde há uma espécie de concentração da morte. Como se viu, nesse livro, morre a avó, o primo dos duques agoniza, anuncia-se a morte de Swann e mostra se a agonia intelectual de Bergotte. Se, por um lado, não seria razoável pensar que Proust atentou para essa adequação, também não se pode falar numa simples coincidência. Não teria atuado sobre a mente do romancista a força inconsciente das associações de imagens? É interessante observar que o herói contemplava a morte, no rosto daqueles que o cercavam, da mesma maneira que a duquesa parecia pressenti-la no próprio rosto e na tela holandesa. A ironia e a blague seriam suas armas contra essa visão ameaçadora, do mesmo modo que a figuração da morte, no quadro, poderia ser, para Frans Hals, mais um meio de exorcizá-la que de vingar-se das guardiãs de seu asilo, como querem alguns críticos. REFERÊNCIAS RASTROS ERESTOS Maria Angélica Melendi UFMG RESUMENLa ficción proustiana es un ejemplo claro de narrativa pos-fotográfica, no sólo por sus imágenes detalladas y nítidas, sus closes cerrados, si no también por el uso repetido de metáforas y comparaciones con el fotógrafo o la fotografia.La intención de este trabajo es tratar de anatizar cómo la fotografia, una técnica relativamente nueva en el tiempo de Proust, es percibida por el autor a través dei habla de los personajes y dei propio narrador. En esta reflexión preténdese abordar algunos de los usos sociales de la fotografia en el final dei XIX: la fotografia como arte, la reproducción fotográfica de obras de arte, el retrato, la fotografia de paisajes, y el carácter espécifico de la imagen fotográfica como generadora de reminicencias.
<p>Neste texto confronta-se o processo de proliferação e substituição das imagens na contemporaneidade com as estratégias textuais de contestação que apareceram nas artes plásticas de América Latina a partir dos anos 60. Concebido como uma rede de discursos tecida com textos e imagens que se articulam, se entrelaçam e se suplementam, este ensaio propõe leituras transversais e múltiplas.</p>
ResumoO texto aborda o trabalho do artista argentino Juan Carlos Romero (1930Romero ( -2017, discutindo sua relação com a política, seu compromisso social e sua defesa de práticas coletivas, capazes de gerar seus próprios espaços de circulação. Palavras-chaveJuan Carlos Romero; arte e política; arte conceitual. AbstractThe paper address the work of the Argentinean artist Juan Carlos Romero (1930Romero ( -2017, discussing his relation with politics, his social commitment and his defense of collective practices, capable of generating its own spaces of circulation.
Resumo: A arte de Leila Danziger é orientada pelas negociações entre memória e história, constantemente com referências ao judaísmo, à Shoah e à literatura. É principalmente aos arquivos, pessoais ou públicos, que a artista recorre para mencionar o indizível das grandes ou pequenas catástrofes. Dos arquivos de papéis, palavras e imagens se tornam material artístico, ora associados, ora solitários, por vezes apenas vestígios. Analisaremos aqui alguns trabalhos que aludem à memória da Shoah como a série Nomes próprios, e a presentificação dessa memória junto às catástrofes cotidianas brasileiras na série Diários públicos.Palavras-chave: Memória. Arquivo. Leila Danziger. Abstract:The art of Leila Danziger is oriented by negotiations between memory and history, constantly making references to Judaism, the Shoah and literature. The artist uses mainly personal and public files for mentioning the unspeakable of large and small disasters. From the paper archives, words and images become artistic material, sometimes in association, sometimes alone, sometimes just as traces. Here we will analyze some works that allude to the memory of the Shoah, as the series Nomes próprios, and the presentification of this memory in the daily Brazilian disasters in the series Diários públicos.Keywords: Memory. File. Leila Danziger. IntroduçãoNa obra de Leila Danziger, escrita e visualidade, bem como seus vínculos com a lembrança e o esquecimento são indissociáveis, relacionados a um tempo melancólico e fugidio: o presente, a memória do presente. Danziger concilia discursos provenientes de contextos diversos com o campo da arte como um espaço crítico, sem, contudo, deixar a materialidade dissociar-se. Arquivos, gravuras, carimbos, papéis, jornais, poesia... É com uma arte avessa à monumentalidade, atenta aos esquecidos, que a artista negocia as relações tensas entre história e memória nas séries Nomes próprios e Diários públicos, que analisaremos a seguir.
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