-Past Times and Choices of Future: the School of Education of the University of São Paulo (USP) and the future teacher training. This article aims to retrace the history of the USP School of Education (FEUSP) by articulating history and memory based on the subjects' experience. It is organized in three parts: the first covers the 1930s, comprising the creation of the Institute of Education of São Paulo and the foundation of USP. The second, from 1940 to 1960, analyses the setting of the old institute in the Pedagogy Section of the School of Philosophy, Sciences and Letters. The third focuses on the FEUSP in its latest events. It attempts to recover the traditions that gave rise to the institution, their development over time and the ways how the challenges offered by each period were faced by the faculty members.
), recentemente aposentado, Jürgen Schriewer é internacionalmente reconhecido por seus estudos em educação comparada. Foi também diretor da Faculdade de Educação daquela instituição e presidente da Sociedade de Educação Comparada da Europa. Como professor visitante, atuou em vários países, entre os quais França (Universidades René Descartes e Paris V), Japão (Universidade Waseda, em Tóquio) e Argentina (Universidade de San Andrés, em Buenos Aires). Esta entrevista busca oferecer ao leitor uma rara ocasião para conhecer um pouco mais a trajetória e o trabalho desse pesquisador que, há décadas focado nesta temática, trata aqui, de maneira mais informal, de matéria cada vez mais contemporânea e cara. Além de sua trajetória profissional e seu modo de inserção no campo da história da educação comparada, Schriewer compartilhou também impressões sobre os tempos e lugares pelos quais tem circulado, inclusive em sua dimensão estética, e os modos como essa circulação atua sobre sua reflexão. Em várias passagens, enalteceu a diversidade do mundo e das pessoas, diversidade que é, ela mesma, objeto de seus estudos e fonte de inspiração. Palavras-chaveHistória da educação comparada -Educação comparada -Jürgen Schriewer.
O artigo se propõe a explorar relações entre cultura e educação do ponto de vista histórico, recorrendo ao aporte de dois autores: Michel de Certeau e Edward Palmer Thompson. Apesar de em ambos a discussão sobre educação não figurar como tema central de pesquisa, a questão emerge em alguns de seus escritos. Por outro lado, cada vez mais estes autores têm se destacado como referência fundamental aos estudos sobre a escola e a educação por parte de historiadores da educação que abraçam a perspectiva da cultura como constitutiva da experiência dos sujeitos e das práticas sociais. Para discorrer sobre a questão, este artigo foi organizado em quatro partes. Na primeira, nos detemos nas razões que levaram De Certeau e Thompson a se interrogarem sobre a cultura nos anos 1960. Na segunda parte, abordamos o conceito de cultura para Michel de Certeau. Na terceira, o mesmo movimento é realizado para E. P. Thompson. Nos dois casos, a reflexão se entrelaça a vertentes da pesquisa em educação, evidenciando a proficuidade do uso da categoria para as análises históricas. Por fim, a título de comentários finais, traçamos aproximações e distanciamentos entre a concepção de cultura enunciada pelos dois autores, com o objetivo de subsidiar os estudos no campo.
Este artigo analisa repercussões satíricas dos processos de escolarização do social no Brasil, presentes em antigos programas humorísticos de rádio, que, geralmente organizados pelo diálogo entre um professor e seus alunos, foram simultaneamente grandes sucessos em termos de audiência e alvos de uma crítica sistemática por parte daqueles que defendiam a radiodifusão como instrumento de divulgação da "verdadeira" cultura. Por meio do uso de fontes sonoras e impressas, objetiva compreender as razões do sucesso do gênero e, neste percurso, identificar as críticas à escola, à educação e seus sujeitos, que, jocosamente, veicularam, explicitadas em conflitos entre sonoras tradições populares e saberes escolares.
O magazine ilustrado Eu Sei Tudo foi publicado no Brasil entre 1917 e 1958. Sua origem, entretanto, é francesa e parte significativa de seu conteúdo pertencia também àquela versão. Neste artigo, tomando como fontes históricas figuras e textos presentes na revista brasileira e adotando como referencial teórico os conceitos de representação e imaginário social, investigamos a produção e a circulação entre mundos de imagens relativas à África e aos africanos, inquirindo sobre seus significados. Nossa hipótese é a de que a Eu Sei Tudo promoveu a difusão de estereótipos e preconceitos raciais a partir de uma matriz europeia ligada ao contexto do imperialismo, reproduzida em várias de suas páginas, apesar dos cenários sociais radicalmente diferentes. Tais imagens e textos, expostos a partir de um discurso sobre a alteridade, repetiam no Brasil os supostos antagonismos entre modernidade e atraso, primitivismo e progresso, civilização e barbárie.
RESUMO: Este artigo analisa o modo como questões ligadas ao analfabetismo, escola, educação e experiência foram tratadas em canções compostas por sambistas brasileiros que se autodenominavam “malandros”. Dialogando com a história social inglesa, particularmente com os trabalhos de E. P. Thompson, considera que este cancioneiro constitui fonte histórica que permite o acesso a formas de pensar e sentir dos grupos populares quanto à escola e à educação, especialmente entre os anos 1930 e 1950, período em que esses sambas alcançaram sucesso por meio do rádio. Conclui que essas composições, mesmo tematizando sujeitos ou situações singulares, foram exercícios sonoros de crítica social e educação política, com a constância de certas tópicas: denúncia das desigualdades educacionais e escolares e do preconceito contra o analfabeto, conflito entre cultura letrada e cultura popular e, por fim, uma postura anti-intelectualista que desdenhava dos saberes escolares vistos como pouco úteis diante das urgências da vida cotidiana.
Este artigo está inserido em projeto de pesquisa que estuda o Museu de Antropologia do Vale do Paraíba (MAV) enquanto instituição educativa. Aqui a investigação se volta para as relações entre moradores de Jacareí, SP, um museu localizado neste município e uma escola pública que, durante décadas, ocupou o espaço que hoje sedia a instituição museológica. Bem antes disso, na segunda metade do século XIX, o prédio fora originalmente construído para ser residência de um cafeicultor da região. Considerando suas transformações ao longo do tempo, pensamos o MAV como um lugar de memória, especialmente de memória escolar, uma vez que, por quase um século, de 1886 a 1980, o prédio abrigou a Escola Coronel Carlos Porto. Caminhamos na direção de analisar a dimensão imaterial da cultura material escolar a partir dos objetos preservados e das memórias de antigos alunos, professores e funcionários da escola, produzidas no contato com esse espaço e seus artefatos. Nessa análise, entendemos que o MAV tem sido apropriado pelos moradores da cidade a partir de suas próprias lembranças escolares, a despeito de uma tradição que o ligava à grandeza do café e de seus barões.
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