Consiste em um estudo da problemática autobiográfica no cinema de Hou Hsiao-hsien. Busca compreender como as dimensões históricas e fílmicas, em simbiose, apresentam as trajetórias individuais como trajetórias coletivas. A partir da perspectiva de rede cinematográfica e de configuração fílmica da memória e da história, analisa Um Tempo para Viver, Um Tempo para Morrer (1985) associado às obras dos ciclos (auto)biográficos e históricos, além de outros trabalhos do diretor. Conclui que o conceito de narrativa autobiográfica em Hou Hsiao-hsien não é uma dimensão, estritamente, pessoal, mas uma escritura intricada com a História de Taiwan e também que os filmes, ao se constituírem como linguagem, constituem-se na dialética com a realidade que abordam e com o mundo histórico que (re)inventa.
Resumo: O artigo consiste numa análise da primeira fase da História do Cinema Documental (1922-1960), quando sua ontologia é estabelecida e, ao mesmo tempo, é colocada em crise. Partindo da noção de artifício, (re)produção e registro do mundo histórico, investigamos filmes de diretores emblemáticos (Flaherty, Vertov, Grierson, Rouch e Drew). Concluimos que a identidade pública do documentário só existe em sentido lato e aparente, desvelada por obras fundadoras que oscilam entre o documento e o artifício, o registro e a encenação. Palavras-chave: história do documentário; artifício, registro e realidade; (re)produção do mundo histórico. Resumen: El artículo consiste en un análisis de la primera fase de la Historia del Cine Documental (1922-1960), cuando su ontología es establecida y, al mismo tiempo, se pone en crisis. A partir de la noción de artificio, (re) producción y registro del mundo histórico, investigamos películas de directores emblemáticos (Flaherty, Vertov, Grierson, Rouch y Drew). Concluimos que la identidad pública del documental sólo existe en sentido lato y aparente, desvelada por obras fundadoras que oscilan entre el documento y el artificio, el registro y la puesta en escena. Palabras clave: historia del documental; artificio, registro y realidad; (re) producción del mundo histórico.
Resumo: O artigo analisa a escritura documental de Vincent Carelli no contexto da mídia indígena. O objetivo é investigar como o filme A festa da moça (1987), com os seus dispositivos de (trans)figuração e (re)invenção do mundo histórico, ecoa na obra de Vincent Carelli e dos cineastas indígenas vinculados ao Vídeo nas Aldeias (VNA), problematizando a percepção de si, a (re)encenação da tradição, o sistema de reutilização imagético, a (auto)referencialidade, os desvios narrativos, o lugar do Outro e a questão indígena no Brasil. Palavras-chave: Vincent Carelli; Vídeo nas Aldeias; cineastas indígenas; documentário; povos originários. Resumen: El artículo analiza la escritura documental de Vincent Carelli en el contexto del audiovisual indígena. El objetivo es investigar cómo la película A festa da moça (1987), con sus dispositivos de (trans)figuración y (re)invención del mundo histórico, resuena en la obra de Vincent Carelli y de los cineastas indígenas vinculados al Vídeo en las Aldeas (VNA), problematizando la percepción de sí mismos, la (re)puesta en escena de la tradición, el sistema de reutilización imagética, la (auto)referencialidad, los desvíos narrativos, el lugar del Otro y la cuestión indígena en Brasil. Palabras clave: Vincent Carelli; Vídeo en las Aldeas (VNA); cineastas indígenas; documental; pueblos originarios.
O objetivo é analisar como, em Serras da Desordem (2006) e em Martírio (2016), registro e artifício constituem escrituras fílmicas que problematizam o mundo histórico e, ao mesmo tempo, a imagem. Partimos do pressuposto que a “questão indígena” ensejou operações sensoriais, histórico-culturais e de significação (Rancière, 2012) que transfiguraram as formas documentárias e ficcionais. Como os filmes constituem-se enquanto linguagem; na dialética com o real tematizado; e são constitutivos do mundo histórico? Intercalamos à análise fílmica (Vanoye; Goliot-Lété, 1994), a abordagem cultural (Vargas, 1987; Quijano, 2005; Mignolo, 2017) e conceitos como opressão, resistência e a invenção do “outro”. Entre a arte e a política, ao recusarmos uma análise puramente imanente (Barthes, 1990), constatamos que o ato fílmico, em simbiose, coabita o ato político, que as escrituras de Tonacci e Carelli oscilam entre a reprodução e a produção do real e criam contranarrativas que colocam em crise a imagem e a realidade.
Abordamos o cinema como narrativa problematizadora da contemporaneidade, a partir da memória, dos distanciamentos afetivos e da sexualidade, que são determinantes para as representações artístico-culturais. Analisamos o filme Adeus, Dragon Inn (2003, de Tsai Ming-liang) em uma perspectiva filmográfica e comparativa com o cinema asiático contemporâneo. Entendemos que um filme pertence a uma tradição e dialoga com o cinema do seu tempo. A análise fílmica deve buscar uma maior compreensão das operações de significação, sensoriais e histórico-culturais dos filmes. Para isso, partimos das vertentes que pensam a contemporaneidade e a linguagem do cinema. Observamos que a obra de Tsai Ming-liang está em estreita sintonia com o contemporâneo, desenvolve constantes narrativas e uma fina reflexão sobre si, seus meios e potencial estéticos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.