Resumo: Este artigo procura analisar a relação entre velhice e analfabetismo na região Nordeste do Brasil, especialmente em duas áreas: o semiárido do Rio Grande do Norte e a zona cacaueira do Sul da Bahia. De acordo com o Censo 2010 do IBGE, é na região Nordeste onde se verificam os maiores índices de analfabetismo do país. O problema do analfabetismo atinge principalmente as populações mais idosas, de cor negra e parda, do sexo feminino, e os residentes nas áreas rurais. A relação existente entre latifúndio e analfabetismo explica, em parte, a maior incidência desse problema na região Nordeste, onde há maior concentração de renda e também da propriedade rural. A inexistência, no Brasil, de políticas educacionais direcionadas à velhice e ao analfabetismo pode ser observada na ausência dessas questões nas leis específicas, como a LDB (da educação) e o Estatuto do Idoso (da velhice). Por fim, a compreensão da problemática sob a ótica da Sociologia representa contribuição teórica relevante para os estudos educacionais. Palavras-chave: Velhice, Analfabetismo, EJA, Política Educacional, Nordeste. IntroduçãoS oa até estranho pensar na relação entre velhice e educação, numa sociedade que tem a infância e a juventude como fases tradicionalmente destinadas à vida escolar. Philippe Ariès (1981) mostrou que o surgimento da sociedade moderna industrial e a universalização da educação escolar seriam os principais determinantes da delimitação da infância como fase diferenciada da vida adulta, posto que, até a Idade Média, a criança era vista como um "adulto em miniatura". Sabemos que a educação pedagógica adotada nessa sociedade tinha a finalidade primeira de formar e disciplinar o futuro trabalhador da indús-tria. E, principalmente por isso, a educação escolar adotou os métodos pedagó-gicos, destinados à formação nas primeiras fases da vida.Por outro lado, as pessoas de mais idade foram excluídas desse projeto
Resumo Este artigo procura analisar as políticas e movimentos sociais da velhice como tecnologias sociais, ou seja, como estratégias de ação política cujo papel seria o de solucionar problemas sociais dos idosos, mas que ocultam técnicas de controle de um grupo social que cresce numericamente, passando a ser interessante do ponto de vista político-eleitoral e mercadológico. A falácia dessas políticas e movimentos é enfatizada pelo fato de que neles não são contempladas demandas emergenciais dos idosos, como a elevação do poder de compra da aposentadoria, por exemplo, tolhendo a sua autonomia.
Este artigo pretende analisar a relação entre velhice e educação nos programas de educaçãode jovens e adultos (EJA), levando em conta, essencialmente, duas teses: a da exclusão davelhice do projeto educacional brasileiro, e a da funcionalidade do sistema educacional aosistema produtivo, que é verificada na sociedade capitalista. Nesta relação, serãoconsideradas, especificamente, três problemáticas principais de análise: 1) o caráterhomogêneo das práticas educacionais verificadas nos programas de EJA, que atendem aum público heterogêneo quanto à faixa etária; 2) a inexistência de uma política educacionalespecífica para a velhice no Brasil e 3) a não-contemplação, em leis como a LDB e oEstatuto do Idoso, do analfabetismo como um problema social que afeta sobretudo osidosos. Tais problemáticas revelam, em essência, o descaso do Estado brasileiro para coma “questão social da velhice”, no que se refere ao direito à educação, que é (ou deveria ser)universal e não restrito.
This paper deals with the elements of ageism that exist in the enterprise strategies and labors recruiting. The age limits demanded by the profile of offices that will be filled and the exclusion elements that exist in the new productive paradigms represent a clear discrimination against older workers. In this article we propose a study about such elements and prove that the age limits affects the principle of equity supported on opportunities equality. Based in job’s announcements with age limits, in specific bibliography about unemployment and exclusion in the work, and statistical data aboutthe age reduction in the management positions.
RESUMOEste texto analisa a experiência pioneira do Programa de Extensão Conexões de Saberes no âmbito da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), campus de Mossoró/RN, ao longo do ano de 2010. Como fonte, foram utilizados os questionários preenchidos pelos estudantes no processo de seleção para a bolsa do Programa. Os resultados demonstram que, apesar dos problemas inerentes às políticas de ação afirmativa, o Programa Conexões de Saberes tem sido importante para promover a inserção de estudantes de origem popular nas universidades públicas. Itens como raça, cor, gênero, renda familiar e região de origem (rural/urbana) ainda são determinantes no acesso e na permanência dos estudantes no ensino superior brasileiro, especialmente nas universidades públicas. Em paralelo, as peculiaridades do semiárido nordestino (área tradicionalmente marcada pela miséria social), atuam como elementos agravantes da exclusão, constituindo mais um desafio a ser enfrentado pelas políticas afirmativas. Palavras-chave: Ensino superior; extensão universitária; políticas afirmativas; exclusão educacional; exclusão social; semiárido. THE UNIVERSITY EXTENSION PROGRAM "CONEXÕES DE SABERES" HOW POLICY AFFIRMATIVE IN THE CONTEXT OF NORTHEASTERN SEMIARID:The case of UFERSA, Mossoró/RN ABSTRACT This paper analyzes the pioneering experience of the University Extension Program "Conexões de Saberes" within the Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), in Mossoró/RN, along the year 2010. As a source of data, we used questionnaires completed by students in the selection process for the scholarship program. The results demonstrate that, despite the problems of the affirmative action policies, the Program "Conexões de Saberes" has been important to promote the inclusion of low-income students in public universities. Items such as race, color, gender, household income and source region (rural/urban) are still determining the access and the stay of students in higher education in Brazil, especially in public universities. Moreover, the peculiarities of the semiarid Northeast (a region traditionally characterized by social deprivation), act as aggravating factors of exclusion and is another challenge to be faced by the affirmative policies.
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