O empreendedorismo tem se alavancado nas instituições de ensino cujo intuito consiste no incentivo das práticas empreendedoras junto aos discentes. Modelos teóricos como o da Intenção Empreendedora tem sido comumente aplicado com estudantes universitários na busca de investigar o seu comportamento empreendedor e sua ação empreendedora no âmbito universitário. Posto isto, o presente trabalho objetivou analisar a configuração da Intenção Empreendedora dos discentes dos cursos superiores do Instituto Federal do Piauí, contemplando o Bacharelado em Administração e Tecnólogo em Design de Moda do campus Piripiri a partir do modelo Teórico do Comportamento Planejado (TCP) desenvolvido por Ajzen (1991) e validado no Brasil por Hecke (2011). Para isso, utilizou-se uma metodologia de abordagem quantitativa e a pesquisa de campo enquanto procedimento técnico com uso das ferramentas excel, google forms e SPSS para investigação. Os resultados apontaram que os discentes possuem tendência a empreender. Os construtos Atitudes, Normas Subjetivas, Controle Comportamental Percebido e Intenção Empreendedora tiveram médias significativas. A análise fatorial revelou que o modelo possui potencial explicativo e o modelo de equação estrutural evidenciou relações positivas da Atitude e Comportamento sobre a Intenção Empreendedora. Conclui-se que as hipóteses H1 e H3 apresentadas foram confirmadas e a hipótese H2 rejeitada. A Intenção Empreendedora figura positivamente entre os discentes denotando a importância da disciplina de empreendedorismo e a perspectiva trazida para a prática empreendedora no interior das universidades.
Esse artigo examina as dinâmicas socioespaciais presentes no novo rural brasileiro, em especial o periurbano, e como esses espaços são postos nos planejamentos municipais. Para tanto, se fez uma revisão bibliográfica de produções acadêmicas indexadas nas bases de dados on-line SciELO e Google Acadêmico que versam sobre as transformações, nas formas e conteúdos do rural, bem como as ações de planejamento desses espaços, ocorridas entre 2009 e 2019. As investigações apontam que esse novo rural se apresenta cada vez mais interligado ao urbano, multifuncional, heterogêneo e dinâmico. Em relação aos planejamentos municipais, entretanto, revelou-se que não contemplam esse novo rural em sua totalidade, mesmo com modificações significativas nas diretrizes para o planejamento urbano brasileiro, com a instituição do Estatuto da Cidade (Lei 10257/2001). Logo, diversos são os desafios para o entendimento e a concepção do rural atual como um lugar de heterogeneidades, indissociável do urbano e passível de ser pensado nos planos de gestão municipais.
O presente artigo tem como objetivo analisar a influência de variáveis socioeconômicas na distribuição de casos e óbitos relacionados a Covid-19 no Brasil. Para isso, foram utilizadas variáveis socioeconômicas referentes aos Índices de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM) e suas variações IDHM Renda, IDHM Longevidade e IDHM Educação, bem como os dados epidemiológicos sobre a distribuição de casos e óbitos relacionados a Covid-19 no Brasil na data de 02/06/2020. Com base em testes de estatística inferencial (correlação e regressão) referentes a uma amostra de 200 municípios, os resultados indicaram influência relativa, principalmente do IDHM Renda na distribuição de casos e óbitos relacionados à Covid-19 por 100.000 habitantes. Na porção territorial Norte-Nordeste do Brasil, as áreas com a presença predominante de municípios com baixo IDHM Renda apresentaram também maiores valores de casos e óbitos por 100.000 habitantes, ao passo que na porção territorial Centro-Sul, as áreas com IDHM Renda mais elevado, apresentaram baixos valores de casos e óbitos por 100.000 habitantes. Os resultados também indicaram que os maiores valores de casos e óbitos relacionados à Covid-19 estão fora das Regiões Metropolitanas brasileiras, evidenciando uma disseminação desse vírus para os municípios do interior.
A carcinicultura tem apresentado elevado crescimento nas últimas décadas. No Brasil a maioria dos empreendimentos de criação de camarão ocorre em ambientes costeiros. Apresenta como objetivo identificar os principais impactos ambientais que a carcinicultura tem causado aos ambientes costeiros e através disso discutir sobre possíveis medidas de mitigação. Fez-se uso da pesquisa bibliográfica, verificou-se as produções acadêmicas publicadas em revistas científicas nacionais e internacionais entre os anos de 2015 a 2019 e que desenvolveram estudos acerca dos impactos ambientais da atividade da carcinicultura em ambientes costeiros. Utilizou-se a base de dados Google Acadêmico, como palavras-chave os termos em português “carcinicultura”, “impacto ambiental”, “degradação”. Inicialmente foram identificadas 504 produções acadêmicas entre monografias (teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso), além de artigos publicados em anais de eventos e revistas científicas. Foram excluídas monografias e inclusos somente trabalhos publicados em revistas científicas. Foram selecionados e analisados 21 artigos científicos que versavam sobre a proposta do estudo. Como resultado identificou-se 16 impactos ambientais causados pelo desenvolvimento da carcinicultura como: desmatamento e supressão das áreas de manguezais, contaminação de corpos hídricos, extinção de espécies pesqueiras e demais espécies da fauna costeira, intensificação do processo erosivo.
A carcinicultura é uma atividade que apresenta tendência de crescimento nas regiões tropicais do mundo nas últimas décadas. Isso se deve a fatores como o valor de mercado do camarão, o aumento do mercado consumidor e à adaptação deste ao cultivo. Este artigo tem por objetivo analisar a produção científica sobre a carcinicultura com o recorte temporal entre os anos de 1970 a 2018. Assim, o artigo apresenta as métricas da produção e difusão do conhecimento científico sobre a temática a partir dos resultados indexados na base de dados Web of ScienceTM. Como resultados aponta-se que grande parte dos estudos que envolvem a carcinicultura analisam doenças e patógenos relacionados ao cultivo do camarão. Há estudos que relacionam que a gestão integrada da atividade à redução de doenças. Diversos fatores (salinidade, clima, temperatura, pluviosidade, qualidade da água, e efluentes) podem interferir na gestão e desenvolvimento da atividade. Estudos mais recentes demonstram que as pesquisas científicas relativas à atividade ainda demonstram uma preocupação latente com o vírus mancha branca. Em adição, estudos de viabilidade ambiental e econômica vêm sendo desenvolvidos em busca de garantir que a atividade melhore o desempenho, reduzindo os custos operacionais (econômicos) e impactos ambientais.
Os conceitos da teoria dos stakeholders tiveram seu início nos anos 1980, sendo R. Edward Freeman o precursor mais notável, baseando-se em diversas áreas temáticas para a conceptualização da teoria, que definia que a organização deveria se ater aos interesses de todos aqueles que estariam interessados no seu bem-estar. Ao longo das últimas décadas, a teoria tem sido utilizada em diversos estudos organizacionais e áreas de pesquisa. Uma das relações da teoria dos stakeholders com o marketing está na ideia de como criar valor para os clientes, que são um dos stakeholders das organizações. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo investigar a produção científica sobre marketing e a teoria dos stakeholders. Para tanto, foi realizado um estudo bibliométrico a partir da plataforma Web of ScienceTM, em que foi obtida uma amostra de 142 artigos. O banco de dados elaborado foi exportado para o pacote de softwares organizadores de métricas científicas HistCite e, então, para o gerador de imagens Vosviewer. Os resultados apontaram para uma tendência de expansão nos estudos acerca da temática, com países desenvolvidos compondo a maioria das publicações, e uma recente predominância de estudos que abordam percepção de clientes e geração de valor para stakeholders.
O estudo analisou as competências gerenciais, dentro do modelo de negócios franquias, uma vez que tais organizações apresentam especificidades em suas estruturas, mas que a literatura, em competências gerenciais, pouco explora. Como arcabouço teórico, utilizou-se o modelo dos valores contrastantes de Quinn et al. (2003). Com uma abordagem qualitativa de caráter descritivo, foram pesquisadas sete empresas franqueadas de Piripiri-Piauí, por meio de entrevista com os gestores. A variável covid19, recorrente nos depoimentos dos entrevistados, foi incluída no modelo como contribuição de interferência nas atividades das franquias. A análise dos resultados ocorreu por meio do software Atlas.ti versão 8. Os resultados revelaram que há predominância de dois modelos que refletem na gestão dessas franquias, são estes o modelo de Relações Humanas e o modelo dos Objetivos Racionais. Constatou-se que a pandemia mudou o funcionamento operacional das empresas e isso repercutiu nas competências gerenciais estudadas, em que competências relacionadas à adaptabilidade ficaram em evidência. Ademais, competências voltadas para o ambiente externo da empresa sofrem limitações da franqueadora, evidenciando-se a influência da estrutura organizacional sobre o desenvolvimento de competências. Como principais competências foram apresentadas construção de equipes, proatividade, planejamento e organização. Deste modo, a contribuição deste estudo, em nível acadêmico, ocorre em razão da escassez de trabalhos na literatura, e, de maneira prática, contribui por demonstrar como as competências são desenvolvidas neste modelo de negócio, e como tais organizações atuaram no contexto pandêmico.
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