Tomando como referência a publicação do livro MRP por J. Orlicky em 1975, este artigo se propõe a recuperar a gênese e desenvolvimento de um modelo de planejamento da produção bastante popular nas empresas. Em paralelo ao desenvolvimento da tecnologia da informação e das técnicas de gestão de operações, estes sistemas foram crescendo, alcançando hoje alto nível de abrangência e sofisticação. A aquisição e implantação de sistemas do porte dos atualmente disponíveis devem ser cercadas de uma série de cuidados, bem como de uma melhor compreensão do papel que estes sistemas podem desempenhar nas empresas. Esta revisão histórica visa proporcionar uma visão crítica com relação aos sistemas de gestão empresarial, seus riscos e potencialidades, e ainda estimular uma reflexão sobre seu futuro.
Estoques de peças de reposição atendem necessidades de manutenção e reparo de produtos de consumo, veículos, máquinas e equipamentos industriais, acarretando frequentemente altos custos de capital e forte impacto no nível de serviço aos clientes. A grande multiplicidade de componentes, com ciclos de vida mais curtos e baixas demandas dificultam a gestão destes estoques. Este artigo apresenta revisão da literatura sobre modelos de controle de estoques de peças de reposição em local único, abordando tanto a previsão de demanda quanto o controle de estoques nos diferentes estágios do ciclo de vida das peças. A partir do levantamento bibliográfico, identificam-se algumas lacunas referentes à decisão de estocagem ou não de um item, elaboração de pedidos iniciais e finais, na integração de modelos de previsão de demanda com o controle de estoque e também de estudos de caso na aplicação prática dos modelos.
In this paper the reader will find a descriptive research, which aims to identify the reasons why people don't use operations research models in the production and inventory management. A case study is conducted in the Brazilian Pharmaceutical Industry by means of personal interviews with the operations managers of some sampled multinational companies. The results of the field research and the literature review show that both the complexity and the lack of experience with the operations research approach prevent the development and use of decision support systems based on more sophisticated models. Finally, in order to bridge the gap between theory and practice in the production and inventory management field, the authors suggest several actions in the following key areas: i) the professional education; ii) the partnership between academics and the IT companies; iii) the academic research in the field of production and inventory management.
Key wordsOperations research, production planning, MRP, theory and practice.
MARCO AURÉLIO
ResumoO presente artigo aborda a questão da baixa utilização de modelos analíticos nos processos de decisão em planejamento da produção e estoques nas empresas. Para identificar as possíveis razões deste fato, foi realizado um estudo de caso em empresas da Indústria Farmacêutica Brasileira, por meio de visitas e entrevistas com os responsáveis pelo planejamento da produção. As empresas consideradas são multinacionais de grande porte, localizadas na região metropolitana de São Paulo. A partir dos resultados das pesquisas de campo e bibliográfica, verificou-se que a complexidade matemática e a falta de experiência dos profissionais com o desenvolvimento e implantação de modelos analíticos são os principais fatores que explicam a baixa utilização destes modelos nas empresas. Finalmente, os autores propõem algumas ações referentes a: i) formação profissional; ii) parcerias com empresas de tecnologia de informação; iii) pesquisa acadêmica na área de planejamento da produção e estoques.
Palavras-chavePesquisa operacional, planejamento e controle da produção, MRP, teoria e prática.Análise de modelos e práticas de planejamento e controle da produção na indústria farmacêutica
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