ResumoEste artigo apresenta as relações entre anomalias na forma do perfil longitudinal e os processos de migração dos meandros do rio Mogi Guaçu, Nordeste do Estado de São Paulo. As anomalias são convexidades ou concavidades no perfil longitudinal e estão ligadas as estruturas geológicas e litologias mais ou menos resistentes a erosão fluvial. Elas afetam o gradiente fluvial e a migração dos meandros de duas planícies aluviais do rio Mogi Guaçu. Em uma planície a migração se restringe à faixa meândrica, enquanto que em outra os meandros migram por toda a planície. Os resultados sugerem que a dinâmica fluvial do rio Mogi Guaçu produz as planícies aluviais para ajustar a forma do perfil longitudinal. Esse ajustamento atenua as anomalias do perfil longitudinal produzidas pelas estruturas geológicas e litologias da bacia hidrográfica.Palavras-chave: perfil longitudinal, migração fluvial, rio Mogi Guaçu. AbstractThis paper presents the relationship between anomalies in the shape of the longitudinal profile and the migration processes of the Mogi Guaçu River meanders, Northeastern State of São Paulo. The anomalies are convexities and concavities in the longitudinal profile and they are linked to geological structures and lithologies more or less resistant to fluvial erosion. The anomalies affect the fluvial gradient and the meanders migrations of two alluvial plain of the Mogi Guaçu River. One of them has migrations restricted to the meander belt, while in the other the meanders migrate to the whole plain. Results suggest that the fluvial dynamics of the Mogi Guaçu River creates the alluvial plains to adjust the shape of the longitudinal profile. This adjustment reduces the longitudinal profile anomalies produced by the geological structures and lithologies.Key words: longitudinal profile, fluvial migration, Mogi Guaçu River.Revista Brasileira de Geomorfologia, v.10, n.1, p.31-42, 2009 1 Os dados de morfologia e sinuosidade podem ser observados na parte superior da Figura 2. Meandros encaixados apresentam baixo índice de sinuosidade, pois o comprimento do vale se aproxima do comprimento do canal.
ResumoO médio curso do Rio Araguaia se caracteriza por um canal anabranching com tendência ao entrelaçamento, apresentando formas de relevo móveis e instáveis resultantes da carga arenosa excessiva. Este artigo apresenta uma classifi cação dos ambientes sedimentares e os processos de migração lateral recentes no canal do médio curso do Rio Araguaia. Os resultados foram baseados na interpretação das associações de fáceis sedimentares dos depósitos contidos na planície aluvial, analisados a partir de perfi s sedimentológicos das margens do canal, amostras de perfurações e testemunhos indeformados da planície. Foram identifi cados dois subambientes associados a planície aluvial (planície ocasionalmente inundável e pântanos) e cinco subambientes sedimentares associados ao canal principal (canal principal, canais secundários, barras laterais, bancos centrais e ilhas e diques marginais). Também foram reconhecidos os mecanismos erosivos e deposicionais que promovem a migração do canal do médio Araguaia. Os mecanismos deposicionais baseiam-se na estabilização das barras centrais, no crescimento das ilhas e no assoreamento dos canais secundários. Os resultados demonstram a resposta do sistema fl uvial e a evolução do canal frente ao aumento da carga transportada. AbstractThe middle course of the Araguaia River is an anabraching channel with tendency to braided, showing mobile and unstable landforms due to sandy excessive load. This paper presents a classifi cation of sedimentary environments and the recent
A dinâmica geomorfológica de planícies fluviais de canais com extensão de 10¹ a 10² km tem significativo controle litoestrutural em áreas de antigos orógenos proterozóicos, tanto pela variabilidade litológica quanto pela densa estrutura herdada. Os canais de regiões de antigos orógenos brasileiros reativados pelo Evento Sulatlantiano já têm sido amplamente estudados, ao contrário daqueles do interior do continente (Planalto Central). Este trabalho investiga o controle litoestrutural no alto curso do rio Meia Ponte, localizado na região metropolitana de Goiânia (GO), entre os municípios de Inhumas e Goiânia. A metodologia adotada avalia a variação da declividade de canal, da sinuosidade de canal e da largura da planície para os 68 km de vale, dividindo-o em 34 trechos de 2 km. Os dados, obtidos em agências governamentais foram tratados em ambiente SIG e software estatístico. Foram identificados quatro (4) compartimentos onde há relação inversa entre declividade e largura da planície, que é intensificada pela diferença litológica no primeiro compartimento, onde também a sinuosidade tende a reduzir-se rumo à jusante, embora nos segmentos intermediários haja um leve aumento. Os resultados demonstram que há de fato o controle litoestrutural ao longo do canal do alto curso do rio Meia Ponte (GO) e que, nas áreas de confluências com afluentes de dezenas de quilômetros quadrados, há o aumento da largura da planície que se superpõe ao controle litoestrutural. Há também a tendência ao aumento da sinuosidade apenas para o compartimento mais a montante, enquanto nos outros três, há a tendência à redução continua da sinuosidade, que é rompida pelo controle estrutural quando a planície cruza estruturas geológicas. Esses resultados apontam para existência do controle litoestrutural no alto curso do Rio Meia Ponte que é superposto pelo controle hidrográfico nas confluências com os maiores afluentes. Pode-se concluir que, assim como em regiões de antigos orógenos reativados no Evento Sulatlantiano, o controle litoestrutural é marcante na morfologia de canais em antigos orógenos no interior do continente.
Este artigo apresenta a distribuição das larguras das planícies fluviais do Rio Mogi Guaçu, localizado na Região NE do Estado de São Paulo (SE Brasileiro) e sua relação com a distribuição das estruturas geológicas e litologias da bacia hidrográfica. As larguras das planícies do Rio Mogi Guaçu são ajustadas para escoar sobre estruturas geológicas e litologias diferentes. Em sistemas fluviais como o Rio Mogi Guaçu, a distribuição das planícies e suas dimensões no perfil longitudinal sofrem influência das estruturas geológicas e litologias, por meio das modificações nas características do transporte da carga detrítica, do gradiente e do nível de base, bem como do ajuste ás magnitudes e frequências dos fluxos.
sugerindo que a vegetação ciliar contribui pouco para frear a erosão marginal e migração lateral de sistemas fl uviais meandrantes similares ao Rio Claro.
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