A partir da problemática da violência que nos ‘toma por assalto’ na contemporaneidade, faremos uma reflexão sobre o contexto brasileiro tendo por instrumento teórico a analítica das relações de poder empreendida por Michel Foucault no curso Em defesa da sociedade, ministrado no Collège de France, em 1976. Buscaremos sustentar neste artigo a hipótese de que a política de segurança pública adotada pelo Estado do Rio de Janeiro não é uniforme, e as forças despendidas em nome da paz, do projeto de pacificação, distribuem-se de forma desigual entre a população. Esse pressuposto nos arremessa em uma questão que entendemos ser fundamental para a compreensão do presente, a saber, quais os mecanismos, táticas e técnicas que asseguram ao poder de Estado o uso da força e da violência contra os seus próprios cidadãos?
Este trabalho tem, como objetivo, apresentar uma revisão de literatura sobre os tratamentos possíveis para os casos de infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina. A pesquisa foi realizada através da busca por assunto de publicações científicas no período compreendido entre janeiro de 2021 a janeiro de 2022, disponíveis no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Foram analisados os 100 artigos mais relevantes reportados pelas buscas, sendo considerada a proporção de artigos para cada palavra-chave pesquisada. Em seguida, foram analisados os artigos de acordo com os critérios da metodologia chegando-se a um total de 28 artigos. Concluiu-se que, apesar de grande parte dos antibióticos convencionais disponíveis atualmente não possuírem uma grande eficácia no tratamento das infecções causadas por Staphylococcus aureus resistente à meticilina, a ciência contemporânea tem buscado novos recursos que possam potencializar ou substituir o efeito da antibioticoterapia convencional com o objetivo de fazer com que o resultado terapêutico se torne mais efetivo e, dentre estes recursos, destacam-se o emprego de nanopartículas conjugadas aos antibióticos e a terapia à base do produto natural Lactoquinomicina-A.
Este artigo tem o objetivo de examinar o espaço ocupado pela comunicação no trabalho desempenhado pelos Comitês Brasileiros pela Anistia (CBAs), polo aglutinador das forças de oposição no contexto de intensas negociações entre os militares, as elites políticas e a sociedade civil organizada sobre os rumos do processo de liberalização política no final dos anos 1970. A partir de um percurso metodológico baseado em fontes bibliográficas e documentais, buscamos observar as condições em que as estratégias dos CBAs neste campo foram concebidas e executadas e as relações de força estabelecidas com o aparato repressivo do regime, no recorte 1978-1980. Além de ações destinadas a produzir impacto mais imediato no debate sobre o projeto de anistia, o estudo sustenta que uma das principais contribuições do repertório comunicativo usado pelos comitês relacionou-se com a produção de memória sobre as violências políticas e a reivindicação do direito à verdade sobre as torturas, mortes e desaparecimentos forçados ocorridos nos primeiros 15 anos da ditadura.
Palavras-chave: anistia; ditadura; imprensa; memória; oposição.
Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor da UFF e jornalista Resumo O artigo tem o objetivo de examinar a cobertura do jornal O Globo no caso Tim Lopes. O repórter da Rede Globo foi torturado e assassinado em 2002 quando apurava denúncias de tráfico de drogas e exploração sexual de jovens num baile funk no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro. Examinaremos como o periódico construiu a história do assassinato, as estratégias narrativas e as motivações que levaram O Globo a transformar o episódio num acontecimento de grande repercussão, com características textuais de forte carga dramática e apelo ao valor emocional.
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; color: black;">O artigo tem o objetivo de identificar alguns fatores sócio-históricos que levaram a empresa Esso Standard do Brasil a aproximar-se do campo jornalístico na década de 1950. Dentre as estratégias podemos destacar a criação do Repórter Esso, no rádio e na televisão, o investimento da empresa em publicidade na imprensa escrita e a constituição do Prêmio Esso de Jornalismo, o mais importante programa de reconhecimento do trabalho de jornalistas no país. Nesse processo, não há como dissociar a atuação da multinacional dentro de uma dinâmica social e política mais ampla.</span></p>
O artigo se propõe a examinar a heterogeneidade da produção editorial durante a ditadura civil-militar no Brasil, com ênfase no processo de descompressão política promovido no governo de Ernesto Geisel (1974-1979). Em diálogo com as contribuições trazidas por autores que combinam a análise do ambiente editorial com os instrumentos que garantiram a manutenção do regime, como os processos censórios, buscamos apontar outros caminhos possíveis para investigação acadêmica. O estudo sustenta que a produção e circulação de livros, de temáticas variadas, contribuíram para a formação de um ambiente de discussão sobre a necessidade de superação do modelo autoritário, sem que os militares, com apoio de segmentos da sociedade civil, tenham perdido controle sobre o processo de abertura política.
RESUMO Busca-se avaliar o enquadramento jornalístico feito pelos jornais da mídia corporativa que legitimam e medeiam a pauta pública e a estratégia da política de segurança pública do Rio de Janeiro, recorrendo à cobertura de notícias sobre os protestos realizados nas ruas da cidade durante o “Junho Furioso”. A partir do uso de semânticas estereotipadas para noticiar o fato jornalístico pela imprensa, será avaliada a criação de um imaginário social coletivo como espaço público de disputa de hegemonia conforme a concepção gramsciana, criminalizando midiaticamente as áreas pobres da cidade do Rio de Janeiro para obtenção de um controle da ordem pública.Palavras-chave: Mídia corporativa; Hegemonia gramisciana; Política de Segurança Pública; “Junho Furioso”; Controle e ordem social. ABSTRACT This article evaluates the journalistic framing by corportative media, which legitimize and mediate the public agenda and Rio de Janeiro's public security policy strategy, using the news coverage of the protests in the city streets during the "Furious June". Drawing on the stereotypical use of semantics for journalistic fact reporting by the press, the creation of a collective social imagination will be evaluated as a public space of dispute for hegemony as in Gramsci's conception, mediatically criminalizing the poor areas of the city of Rio de Janeiro with the aim of controling public order.Keywords: Corportativa media; Gramsci's Hegemony; Public Security Policy; " Furious June "; Control and social order.
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