O objetivo desse artigo é analisar as relações de poder no interior das comunidades de agregados no Vale do Mucuri, nordeste do estado de Minas Gerais, entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX. Diante do distanciamento estatal, a proposta do trabalho é perceber de que modo os grupos de agregados estabeleceram as regras de convivência. Como resultado da pesquisa pode-se apontar a formação de instituições autônomas construídas em bases fundadas na ajuda mútua.
O artigo tem o objetivo de analisar a linguagem memética no espaço virtual, em um contexto democrático e de representação da cultura política. A pesquisa é definida como qualitativa e exploratória, com técnica de coleta de dados bibliográfica. Os resultados apontam para a capacidade de comunicação e divulgação de ideias e opiniões dos memes, com potencial para suscitar transformações na opinião pública e influenciar disputas eleitorais, fortalecendo a sua representatividade democrática e de cultura política; mas também indicam a necessidade de se avaliar sua capacidade de interação e produção de sentido no cenário político, para que seja permitido ao cidadão um maior engajamento político-democrático.
Resumo: A proposta deste artigo é analisar as representações construídas pela imprensa mineira sobre o espaço econômico e político ocupado por Minas Gerais no Império. Através do imaginário social, tendo como fontes os periódicos mineiros do Oitocentos, esse trabalho propõe repensar um antigo debate na historiografia mineira, qual seja: a decadência ou o crescimento de Minas no século XIX. Tendo como referência as representações construídas no discurso dos jornais, identifica-se, neste trabalho, um sentimento de declínio econômico e enfraquecimento político da província mineira a partir dos anos de 1840.Abstract: The purpose of this article is to analyze the representations constructed by the mining press on economic and political space occupied by Minas Gerais in the Empire. Through the social imaginary, having as sources the eight mineiros periodicals, this work proposes rethinking an old debate in the mineiro historiography, namely: the decay or growth of Minas in the nineteenth century. With reference to the representations constructed in the discourse of newspapers, is identified, in this work, a sense of economic decline and political weakness of the mineira province from the 1840s.
Construções de representações estão diretamente vinculados ao contexto vivido por determinadas comunidades. O objetivo desse estudo é analisar a relação entre a construção do mito em torno de Teófilo Benedicto Ottoni com os produtores rurais do Vale do Mucuri, nordeste de Minas Gerais, entre os anos de 1890 e 1950. O Mucuri sofreu um processo de colonização tendo sua produção em grande escala baseada na produção do café e, posteriormente, na pecuária. O agrego foi a principal mão-de-obra das médias e grandes propriedades rurais, utilizada para o desmatamento ininterrupto em benefício da lavoura e do pasto. Essas atividades gerou riqueza para os proprietários rurais, mas não estimulava investimentos tecnológicos típico do modelo capitalista, trazendo através da imprensa uma representação da região ambígua, coexistindo prosperidade e ruína. Esta coexistência entre representações dúbias possibilitava construções no imaginário da elite rural favoráveis ao surgimento de representações que aglutinava esse antagonismo. Pode-se apontar como resultado da pesquisa que através do personagem Teófilo Ottoni construiu-se o mito no qual incorporava essa contradição entre o desenvolvimento e o atraso, a imagem do bandeirante moderno.
O objetivo desse artigo é analisar as representações formadas a partir das relações de poder nas comunidades de agregados do Vale do Mucuri, região do nordeste do estado de Minas Gerais, entre o final do século XIX e meados do século XX. A questão é de que modo se estabeleceu a vida política nesses grupos e como essas relações de poder são representadas, tendo como referência o rito da Folia de Reis. A metodologia adotada foi entrevistas semiestruturadas e periódicos da região do Mucuri do período. Como resultado da pesquisa pode-se apontar que o poder no agrego estabelecia nas práticas e vivências do cotidiano, em redes de solidariedade do dia a dia. A Folia de Reis se tornou um ritual político de reforço àqueles que viviam na escassez, mobilizando e legitimando as regras de convivência a partir da ajuda mútua.
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