RESUMO Neste terceiro decênio do século XXI, período no qual ações neoconservadoras buscam eufemizar, distorcer e invisibilizar temas sociais, políticos, econômicos e culturais, as discussões sobre currículo escolar e políticas públicas educacionais tornam-se centrais. Inicialmente, promovemos uma análise da relação entre currículo e poder, no qual diferentes atores exprimem suas intencionalidades, sobrelevando alguns temas e subjazendo outros. Em seguida, abordamos o papel do livro didático no currículo escolar, especialmente no âmbito do ensino de Geografia, em uma perspectiva que ora relativiza, ora prioriza o uso desses manuais nos processos de ensino e aprendizagem. Por fim, buscamos compreender as políticas públicas relativas ao livro didático e as recentes ações no campo do currículo, consubstanciadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e na Reforma do Ensino Médio.
Quem são os autores e as autoras dos livros didáticos de Geografia distribuídos nas escolas públicas brasileiras de 2005 a 2022? Quais suas formações? Onde realizaram seus estudos e atuam profissionalmente? O objetivo dessa pesquisa foi o de traçar o perfil desses profissionais com o intuito de lançar algumas reflexões sobre o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Para atingir esse objetivo foram acessados currículos Lattes, além de sites da internet e contatos diretos com trinta autores via e- mail. Para discutir a função de autoralidade, nos baseamos em Foucault, Maingueneau e Barthes. Para os estudos sobre livro didáticos, utilizamos referências estrangeiras e nacionais. Como resultado da pesquisa, concluímos que a maioria dos autores são homens (63%), com formação inicial em Geografia (86%), com passagem pela Universidade de São Paulo (60%), sendo 37% professores em colégios da rede privada e apenas 6% da rede pública de ensino básico. Entendemos, no entanto, que a produção de um livro didático é coletiva, na qual agem, além dos autores, diferentes atores sociais (pesquisadores, editores, professores, alunos, pais, legisladores etc.), a própria linguagem e o escopo cultural que a define. Palavras-chave Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), Função-autor, Ensino de Geografia
Entre os dias 10 e 12 de junho de 2019, o curso de Geografia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL/MG) recebeu o V GEOSIMPÓSIO e o III GEOTRANS para discutir conflitos e desigualdades territoriais na sociedade contemporânea. Foram três dias de robustos debates, que tiveram como centralidade a dimensão política do espaço geográfico e a participação de importantes intelectuais da Geografia brasileira, como a professora Maria Adélia de Souza, que na conferência de encerramento nos presenteou com a necessária discussão sobre “Desigualdades socioespaciais e a constituição dos lugares nas cidades”. Na manhã do último dia do evento a professora Maria Adélia de Souza concedeu a presente entrevista, na qual retrata sua trajetória na Geografia brasileira, discorre sobre a crise que essa área do conhecimento enfrenta e reforça a importância da Geografia Nova construída pelo professor Milton Santos como possibilidade de superá-la.
Este trabalho apresenta algumas percepções com respeito à implantação do ensino remoto na rede pública de educação de Minas Gerais por conta da necessidade de distanciamento social ocasionada pela Pandemia de COVID-19. Implantado em maio de 2020, o Plano de Estudos Tutorado (PET) se deu, principalmente, por meio da distribuição de apostilas para suprir as dificuldades de acesso à internet de boa parte dos alunos da educação básica. No trabalho, buscou-se fazer uma análise do componente curricular Geografia nas apostilas do PET edição 300 anos de Minas Gerais, com conteúdo comemorativo ao aniversário do Estado. Infelizmente, essa iniciativa não foi suficiente para equiparar a situação e o nível do ensino público com o ensino privado no país, sinalizando que outras estratégias devem ser implementadas em busca desta meta. PALAVRAS-CHAVE: Ensino Remoto; Materiais didáticos; Ensino de Geografia.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.