Um dos grandes desafios para a gestão da assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde é estabelecer uma forma sustentável de garantir o financiamento e o acesso aos medicamentos, considerando os elevados custos da assistência à saúde. O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) é fruto da evolução constante da assistência farmacêutica no Brasil e constitui-se em uma estratégia de acesso aos tratamentos mais complexos, que necessitam de tecnologias e recursos de saúde diferenciados. Assim, o objetivo deste estudo é investigar os avanços conquistados e os desafios enfrentados na garantia do acesso a medicamentos do Ceaf. Trata-se de uma revisão integrativa baseada na literatura, para a qual foram selecionadas 38 publicações. Foram identificados avanços importantes como a centralização da aquisição parcial dos medicamentos especializados, a definição de valores unitários e a isenção de impostos para medicamentos adquiridos pelos estados com recurso da União, além da racionalização na incorporação de novas tecnologias. Porém, foram identificados alguns desafios que ainda precisam ser superados, como a falta de organização e de estruturação dos serviços farmacêuticos, a ausência de um sistema de informação unificado, a constante pressão para incorporação de novas tecnologias e a judicialização da saúde. Para garantir o acesso sustentável aos medicamentos do Ceaf é necessário desenvolver ações como a integração dos serviços do nível central com as unidades assistenciais, a otimização dos sistemas de informação e estruturação e melhorias do fluxo logístico dos serviços farmacêuticos. Essas medidas podem qualificar o acesso ao tratamento medicamentoso pelo Sistema Único de Saúde e contribuir para o fortalecimento da assistência farmacêutica no Brasil.
Latin America ranks highest in the world in markers of social and economic inequality, as well as in the negative effects of inequality on other realms of social life, such as access to basic services, political power, and, in many countries, unfair treatment by police and the justice system. Yet in Latin America it is not possible to talk about racism, ethnic-racial discrimination, and inequality without taking into consideration the hegemonic narratives of mestizaje and racial democracy that shape the way many Latin American nations think about themselves today. Can a region characterized by extreme levels of social inequality also be ethnically and racially democratic? The pattern of ethnic and racial relations in Latin America is marked by discrimination, but at the same time, it creates mechanisms that prevent individuals from recognizing the existence of discrimination against themselves. This reality carries several complications for census-taking and other forms of statistical data collection intended to measure ethnic-racial inequality. Because the main paradigms of analysis of social inequality prioritize economics and class, they have directly or indirectly strengthened the discourse that in Latin America, there is no racism. Certainly, the future of research on race relations and inequality in Latin America will benefit from new demographic data and public opinion surveys, carried out since the turn of the century, which include the identification of indigenous and Afro-descendant people. This trend may advance the production of studies grounded in more robust empirical evidence of ethnic-racial asymmetry.
O artigo analisa o perfil cor ou raça do público contribuinte e beneficiário da previdência social no Brasil e os efeitos da reforma previdenciária sobre as desigualdades raciais. A previdência social contribui para a melhoria da qualidade de vida da população preta e parda, especialmente através das políticas de transferência de renda para os mais pobres, do estabelecimento do piso dos proventos em um Salário Mínimo e através do regime especial de previdência para o trabalhador rural. Por outro lado, o acesso à previdência social é marcado pelas assimetrias de cor ou raça provenientes da segregação e discriminação no mercado de trabalho, pelo diferente formato da pirâmide etária de brancos e negros e tempo de sobrevida. O artigo conclui que a reforma da previdência não somente não contribui para a superação das atuais desvantagens de cor ou raça, como ainda apresenta um potencial de aprofundá-las ainda mais. Palavras-Chave: previdência social; reforma da previdência; desigualdades; cor; raça.
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