Diante das atuais crises do petróleo, decorrentes da elevação nos preços dos barris, além da possibilidade de esgotamento em um futuro próximo desta matéria prima, há a urgência de uma política sustentável em relação às fontes de geração de energia. Nesse sentido, o bioetanol gerado a partir de resíduos agroindustriais e de frutas, surge como uma alternativa. A manga (Manguifera indica), na variedade Tommy Atkins, é a mais produzida e consumida no país. Esse consumo e processamento gera uma grande quantidade de resíduos orgânicos. A casca da manga é classificada como matéria-prima lignocelulósica, com quantidades interessantes de celulose e hemicelulose, fatores essenciais para a produção de bioetanol, combustível sustentável. Uma das maneiras de obter esse biocombustível é através da hidrólise ácida dessa matéria-prima que fornece açúcares fermentáveis. No entanto, existem fatores que influenciam o processo de hidrólise ácida, proporcionando ou não um melhor desempenho na formação desses açúcares. Assim, este trabalho objetivou analisar o potencial da farinha da casca da manga como matéria prima para a produção de bioetanol, realizando para tal, o processo de hidrólise ácida. Como forma de obter tal objetivo, foi avaliada a influência do tamanho das partículas e da agitação aplicada às partículas deste material. Observou-se a partir da análise, que a influência da agitação magnética favoreceu a um maior rendimento em relação à formação de açúcares, que são a base para a produção de bioetanol.
O uso de combustíveis fósseis tem intensificado cada vez mais a emissão de gases poluentes à atmosfera, dessa forma, o etanol de segunda geração, obtido por matéria prima lignocelulósica surge como alternativa por ser considerado uma energia limpa. O biocombustível pode ser produzido a partir de resíduos gerados da fruticultura, como exemplo, a casca da manga, a qual possui uma composição satisfatória à produção do bioetanol. Este trabalho teve por objetivo, a produção de açúcares fermentescíveis, a partir desta matéria prima, para isso, foi realizado um planejamento fatorial acerca das principais variáveis de interesse no processo, e empregado a técnica da hidrólise ácida. Pôde-se observar, um aumento de 25,49% na formação de açúcares fermentescíveis comparados a composição in natura da matéria em estudo.
O feijão é um alimento presente em todo o mundo e, principalmente, na região Nordeste pela sua culinária diversificada. Como é uma matéria-prima já cultivada na região Potiguar e por uma agricultura, predominantemente, familiar, os resíduos formados por suas palhas, muitas vezes, possuem um descarte correto ou apropriado. Desse modo, a presente pesquisa analisa a palha do feijão como fonte para geração do bioetanol, um tipo de biocombustível mais limpo, menos tóxico e renovável, comparado aqueles derivados dos combustíveis fósseis, além de propor uma utilização para essa biomassa lignocelulósica com menor agressão ao meio ambiente. Nesse contexto, o trabalho objetiva empregar o ensaio granulométrico afim de encontrar uma melhor superfície de contato entre as partículas dessa biomassa que proporcione aumento no percentual de produção em açúcares fermentescíveis, bem como aplicar a técnica da hidrólise ácida como instrumento essencial para a produção do bioetanol. A metodologia seguida se baseou em revisão da literatura e realização de testes experimentais. O emprego do procedimento granulométrico e hidrólise ácida contribuíram para um aumento no teor de açúcar na amostra da palha do feijão, constado em torno de 400 % quando comparada a sua amostra inicial (amostra branca), havendo, pois, um grande potencial para produção alcóolica, tornando-se uma fonte promissora de energia.
O estudo econômico é um parâmetro essencial dentro de um processo, a partir deste, é possível definir a viabilidade de produção de um determinado produto. A preservação do meio ambiente é uma das grandes preocupações das últimas décadas, e cada vez mais tem se buscado por fontes alternativas de energia e pelo desenvolvimento sustentável. Uma das soluções encontradas é o uso de biocombustíveis, por tratar-se de combustível baseado em fontes renováveis, eles podem contribuir para o desaquecimento global. O objeto de estudo nesta pesquisa foi a produção do Biodiesel a partir da gordura suína, via transesterificação ácida e básica, por rota metílica e etílica, visto que esta matéria prima apresenta propriedades favoráveis, além de haver uma oferta elevada na região Nordeste, as quais muitas vezes, é descartada inadequadamente ao meio ambiente. Os experimentos foram projetados de acordo com um planejamento fatorial, e diante destes obteve-se o biodiesel com uma razão molar 1:3 (gordura suína: álcool) via rota metílica, com rendimento de 97,23%. A rota etílica não apresentou resultados satisfatórios para a transesterificação, porém, ainda se encontra em fase de testes, objetivando encontrar menores proporções entre os insumos utilizados, visando a obtenção de menores custos. Após uma análise de custos do processo, relacionando os insumos de produção e o consumo energético, verificou-se uma melhor eficiência do processo em relação ao produto gerado via rota metílica, quando comparado ao obtido via rota etílica.
A escassez de materiais adaptados voltados ao ensino de química para deficientes visuais (DV) representa um obstáculo para a aprendizagem dos conteúdos dessa disciplina. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo trazer a criação e os resultados da construção de um material tátil inédito, denominado “Plano Químico”, um recurso criado para auxiliar o processo de ensino de conteúdos de química para estudantes que apresentam DV significativa. A metodologia adotada no estudo é do tipo qualitativa e de caráter exploratório. A construção desse recurso se baseou na adoção de critérios metodológicos tanto para a escolha da matéria-prima adequada considerando as particularidades desse público, quanto para a confecção da estrutura tátil. Como principais contributos dessa ferramenta didática, destacamos a viabilidade do ensino de cadeias carbônicas por meios táteis e o estímulo à inclusão, ao permitir o trabalho conjunto entre estudantes com e sem DV.
Em virtude de seu clima favorável, o Nordeste brasileiro apresenta grande potencial para a produção de frutas tropicais, porém, em períodos de safra, há um alto desperdício de boa parte desses frutos. Dessa forma, muitos destes não podem ser comercializados nas condições em que são colhidos. O abacaxi (Ananas comosus (L.) Merril) é um fruto tropical, adaptável a condições de baixa umidade, e cerca de 35% da produção desse fruto é localizada na região Nordeste. Compreendido em sua composição por sais (cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio, cobre e iodo) e vitaminas (C, A, B1, B2 e niacina), proporciona elevado potencial nutritivo ao organismo. Uma alternativa para a redução do desperdício dessas frutas, em seu período de safra, pode ser a produção de fermentados. O presente trabalho tem por objetivo realizar a produção do fermentado de abacaxi com a adição de hortelã, como forma de analisar como a adição da hortelã interfere no sabor e no aroma do fermentado, bem como suas características físico-químicas. Ao término do processo, obteve-se um fermentado com teor alcoólico de 11,2% e um rendimento do processo de fermentação de 89,3%. Na análise sensorial observou-se que a quantidade de hortelã adicionada não se mostrou destacada. Ainda assim, o produto obteve boa aceitação perante os avaliadores.
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