A especialização tem gerado uma separação entre e educação e saúde, binômio que, na atualidade, se retoma como uma articulação necessária. Daí o objetivo de abordar estas categorias. Realizou-se uma pesquisa teórica para caracterizar a função da educação para o médico e para a saúde. A educação aperfeiçoa no médico sua comunicação, linguagem e autonomia, além de facilitar seu relacionamento humano e contribuir no processo de conscientização das pessoas, resgatando, assim, sua função de educador. Para que as campanhas de promoção e prevenção em saúde tenham êxito, é necessário que a população tenha uma instrução que lhe permita compreender e participar das mesmas. As escolas precisam incorporar temas como meio ambiente, hábitos tóxicos, sexualidade, planejamento familiar, higiene, exercícios físicos, alimentação, primeiros socorros e trânsito. As faculdades médicas devem oferecer temas de educação que complementem a formação do egresso, e as escolas devem incorporar temas referentes à saúde em busca do bem-estar pleno do cidadão. A educação e a saúde são necessidades sociais que devem ser garantidas pelas instituições governamentais, e o povo, junto ao seu direito de desfrutá-las, tem o dever de contribuir para sua concretização.
RESUMOÉ imperativa a formação de um Residente de Medicina de Família e Comunidade (RMFC) que responda às demandas da saúde pública, porém consideramos que ainda não existe uma concordância no programa para sua formação. Realizou-se uma pesquisa teórica para delinear a proposta de programa para a formação do RMFC embasada na revisão da literatura, nas recomendações da Comissão Nacional de Residência Médica e Sociedade de Medicina de Família e Comunidade do Brasil e na opinião dos RMFC da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), copilada pelo autor principal durante cinco anos como preceptor dos RMFC da PUC-PR. O programa inclui atividades práticas, teórico-práticas, investigativas e avaliativas desenvolvidas durante dois anos na Unidade de Saúde e no Hospital Regional, integrando o processo docente ao assistencial mediante a formação em serviço e no trabalho conjunto da faculdade com a Secretaria Municipal de Saúde e população, com uma visão preventivo-curativa e biopsicossocial do processo saúde-enfermidade, em função da problemática do indivíduo, da família e comunidade. Acreditamos que a proposta possa contribuir para o debate deste tema complexo e polêmico, e que, entre os acertos e desacertos dos programas, encontremos um consenso para a formação do médico de família e comunidade que o Brasil necessita. ABSTRACTThe training of family practitioners is essential for meeting the extensive health care demand of the Brazilian population, however there is still no consensus about a Family Medicine Residency Program in this field. With the purpose of delineating a proposal for such a program a theoretical study was conducted taking as a basis a review of the literature, recommendations of the Comissão Nacional de Residência Médica, Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade and the opinion of family medicine residents of the Pontifícia Universidade Católica of Paraná. The data were gathered over five years by the main author of this article and preceptor of the family health residents at the mentioned university. The program includes medical knowledge, practice-based learning, systems-based practice, research and evaluation, to be developed for two years in primary and secondary care facilities. Community assistance is combined with teaching through in-service training and cooperation of the medical school, the local health authorities and the population, building a preventive-curative biopsychosocial paradigm of the health-disease process focused on the individual, the family and the community. We believe that this proposal can contribute to the discussion about this complex and polemic subject and that it will be possible to reach a consensus with regard to the training of the family practitioners needed in Brazil.
Objetivo: Avaliar a autopercepção da qualidade de vida dos pacientes hipertensos. Métodos: Foi realizado um estudo quantitativo transversal, por meio da aplicação do questionário o SF-36 (Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey) para 47 pacientes hipertensos de uma Unidade Municipal de Saúde do Município de Curitiba, sendo 10 homens e 37 mulheres. Resultados: Os resultados mostraram que a média global de saúde da população foi 61,0, variando do escore 11,0 até 92,1. O critério melhor avaliado foi “limitação por aspectos sociais”, enquanto o pior aspecto foi “limitação pela dor”. Conclusão: Os resultados apontam para a necessidade de não se desprezar nenhum dos componentes da qualidade de vida no cuidado aos pacientes hipertensos, com risco de causar prejuízo na mesma.
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