Este artigo busca verificar a relação entre clima escolar e percepções de violência dos alunos, no que diz respeito ao testemunho e ao envolvimento em contextos de violência. O referencial teórico se baseia na articulação entre duas teorias de áreas distintas: clima escolar e eficácia coletiva, sendo a primeira originária de estudos a respeito da eficácia escolar e efeito-escola e a segunda desenvolvida no âmbito da sociologia urbana. Essa relação foi pensada ao serem identificadas convergências consistentes entre as referidas perspectivas. No que se refere à metodologia, foram analisados dados quantitativos provenientes de um survey realizado no Rio de Janeiro sobre juventude e violência, fruto de uma parceria entre pesquisadores de três universidades: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Cândido Mendes (UCAM). Resultados preliminares mostram associação negativa entre indicadores de clima escolar e de percepções de violência dentro da escola. Isso sugere que em escolas cujos alunos relatam um maior número ocorrências de violência o clima escolar é avaliado negativamente por eles. Além dessa convergência verificada com a hipótese do estudo, outros dados apontam relações entre percepções de violência dentro e fora da escola e associação entre percepções a respeito da existência de drogas e de violência no espaço escolar. Contudo, em relação aos referidos resultados, vale enfatizar o caráter exploratório das análises.
Resumo O estudo tem como objetivo investigar as dinâmicas de rotatividade docente na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Tem-se como pressuposto a existência de padrões não aleatórios de distribuição de professores entre escolas, destacando-se possíveis convergências entre perfis de professores e alunos, principalmente no que diz respeito a indicadores de qualificação docente e ao nível socioeconômico e desempenho escolar dos estudantes. Dessa forma, professores com características mais favoráveis tenderiam a lecionar em escolas com alunos de nível socioeconômico mais alto e melhor desempenho escolar, e vice-versa. Em relação à revisão de literatura, destacam-se estudos internacionais que investigam a mobilidade de professores dentro de uma mesma rede de ensino. A pesquisa em questão abrange os docentes que ingressaram na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro entre 2002 e 2012 e investiga a relação entre a rotatividade docente nas escolas e as principais características de professores e alunos que as compõem. As análises são baseadas na legislação municipal acerca das transferências desses profissionais de ensino entre escolas; em dados funcionais dos educadores e registros de transferências de escola, fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME-RJ); além de dados da Prova Brasil, referentes ao nível socioeconômico e desempenho escolar dos alunos. Dentre os principais resultados, é possível sugerir a possibilidade de convergência entre perfis menos favoráveis de professores e alunos em instituições de ensino com maior rotatividade docente.
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