Resumo Introdução A Atenção Básica à Saúde, que integra a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), deve apresentar papel fundamental para a identificação de casos, acompanhamento e promoção da saúde mental, ações com as quais os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) podem contribuir. Objetivo Analisar a situação de saúde mental do município de Itabuna-BA, comparando informações fornecidas por ACS e pelo Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). Método Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva, documental, que recuperou informações do SISAB e de Fichas de Cadastro da Coordenação de Saúde Mental, preenchidas por ACS. Resultados A participação dos ACS elevou em mais de seis vezes o número de pessoas com transtornos mentais identificadas, mas o número de usuários de álcool e outras substâncias foi inferior ao registrado no SISAB. Foram constatadas evidências de desarticulação da RAPS e modelo de atenção biologizante e hospitalocêntrico. Conclusão As fontes de informação se complementaram, evidenciando subnotificação dos casos de saúde mental e bom potencial dos ACS para auxiliar na busca ativa de usuários com transtorno mental, mas não de usuários de substâncias. Problemas de saúde mental relacionaram-se com aspectos de vulnerabilidade socioeconômica, indicando a necessidade de articulação intersetorial para oferecer atenção integral à saúde.
A violência intrafamiliar é aquela praticada por familiares, constituindo-se em grave violação dos direitos da criança e do adolescente. O objetivo desse estudo foi investigar se Agentes Comunitários de Saúde (ACS) reconhecem sinais de violência intrafamiliar, se fazem notificação, se conhecem fatores de risco e proteção e se na sua formação receberam informações sobre essas temáticas. Participaram do estudo 119 ACS que responderam três questionários. Constatou-se que os conhecimentos sobre sinais de violência, em especial, de violência sexual e psicológica, sobre notificação, sobre fatores de risco e proteção e sobre práticas parentais e habilidades sociais infantis deveriam fazer parte de cursos de capacitação dos ACS, bem como de toda a Equipe de Saúde, pelo fato de atuarem cotidianamente com as famílias no território. Conclui-se que os ACS não tiveram acesso aos conhecimentos produzidos pela psicologia do desenvolvimento infantil que poderiam orientar sua ação protetiva e preventiva junto às famílias.
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