Resumo As pandemias, como a da COVID-19, afetam uma quantidade relativamente grande de pessoas e impõem novas regras e hábitos sociais para a população mundial. As informações sobre a pandemia são constantes na mídia. Além disso, o distanciamento social foi adotado no Brasil como medida de prevenção da disseminação da COVID-19, o que pode ter consequências econômicas e psicossociais. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi verificar os fatores associados a indicadores de sintomas de transtornos mentais em residentes do Rio Grande do Sul, durante o período inicial da política de distanciamento social decorrente da pandemia da COVID-19. O estudo foi aprovado pelo CONEP. Participaram 799 pessoas, com idades entre 18 e 75 anos (M = 36,56; DP = 12,88), 82,7% mulheres, que responderam um questionário sociodemográfico, de distanciamento social e ao Self-Report Questionnaire (SRQ-20). Os resultados indicaram que ter renda diminuída no período, fazer parte do grupo de risco e estar mais exposto a informações sobre mortos e infectados, são fatores que podem provocar maior prejuízo na saúde mental nesse período pandemia. Investigar determinantes sociais que contribuem para maior vulnerabilidade ao adoecimento mental da população é importante no campo da saúde coletiva para o planejamento de ações e políticas públicas.
As pandemias, como a de COVID-19, afetam uma quantidade relativamente grande de pessoas e impõem, pelo tempo que duram, novas regras e hábitos sociais para a população mundial. As informações sobre a pandemia são constantes na mídia. Além disso, o distanciamento social foi adotado também no Brasil como medida de prevenção da disseminação do novo coronavírus, o que pode ter consequências econômicas e psicossociais. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi verificar a associação entre o distanciamento social, impacto na renda familiar e exposição a informações com os indicadores de sintomas de transtornos mentais em residentes do estado do Rio Grande do Sul durante a pandemia de COVID-19. O estudo foi aprovado pelo CONEP. Participaram 799 pessoas, com idades entre 18 e 75 anos (M = 36,56; DP = 12,88), 82,7% mulheres, que responderam um questionário sociodemográfico e sobre o distanciamento social, além do Self-Report Questionnaire (SRQ-20). Os resultados indicaram que não ser trabalhador da saúde, ter renda diminuída no período, fazer parte do grupo de risco e estar mais exposto a informações sobre mortos e infectados, são fatores que podem provocar maior prejuízo na saúde mental nesse período pandemia. Discute-se esses fatores e sua associação ao distanciamento social.
Transtornos mentais estão entre as principais causas de adoecimento no mundo. Essas questões se agravam principalmente em momentos de grande instabilidade, como no caso da pandemia de COVID-19, justificando ainda mais o uso de estratégias de divulgação e disseminação de cuidados em Saúde Mental. O objetivo desse artigo é apresentar um método de estruturação de equipe e comunicação em saúde (CS) acessível, prático e com potencial de impacto sobre o comportamento dos indivíduos. Foram produzidos cards com informações sobre cuidados com a saúde mental durante a pandemia para serem divulgados em redes sociais a partir do método SAM (Suitability Assessment of Materials) e da literatura em CS. Concluiu-se que proporcionar à população informações sobre cuidados em saúde pode ter um impacto positivo, alinhando-se com os pressupostos da Atenção Primária em Saúde (APS). Tanto cidadãos quanto o poder público, ao investir em APS, podem economizar recursos a médio e longo prazo.
It is a type of quantitative documentary research of descriptive and exploratory content in which studied the profile of adolescents with self-injurious behavior and the variables of risk and protection regarding the suicidal intent, reported in a Children and Youth Psychosocial Care Center (CAPS IJ) from a metropolitan region in the south of Brazil. Data from 139 assisted adolescents, admitted for self-injury, reported that self-injuries occurred predominantly at home (M=14,36 years; SD=1,63), with multiple episodes, using sharp objects with suicidal intent. The hierarchical binary logistic regression results point out that experiencing abuse in the present -using non-sharps objects- having severe injuries and practicing them in different places are risk variables. Whereas the existence of community and school social support networks are protective factors. There is a necessity of investment in the studies that explore the etiology of self-injuries and that provide support for cases of prevention, detection, and treatment.
This exploratory qualitative study analyzed the characteristics of the self-injury behavior and the support network of four adolescents, between 13 and 17 years sold, attended by a Center for Psychosocial Attention. Data were collected from the care center records, a semi-structured interview and the application of the Map of the Five Fields. From a bioecological perspective, distal risk factors were identified: family mental illness, history of intrafamily violence, and invalidating family environment; intrapersonal risk factors: feelings of guilt, shame, hopelessness, and emptiness; interpersonal vulnerability factors: social isolation and difficulty of emotional expression; and stressful factors: victimization by peers, conflicts with the family, gender transition, and death of family members. The protection factors identified were school, health service, and extended family contexts, in addition to the internet and friendships. Future studies can analyze the mediating and moderating role of protective factors in self-injury, subsidizing preventive actions.
No momento em que escrevo este editorial, o Brasil (e o mundo) atravessam um doloroso ressurgimento da Covid-19. Não refeitos dos seus múltiplos impactos negativos -especialmente em termos de saúde mental -, somos novamente chama-
Sistema de avaliação: às cegas por pares (double blind review).
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