No dia 4 de setembro do 2000, a revista Time, em sua edição para a América Latina, publicou um artigo sobre o descongelamento do "rtico devido ao aquecimento ambiental. Este efeito, afirma o artigo, é causado pelos gases emitidos pela combustão de combustíveis fósseis. O título do artigo "The Big Meltdown," que antecipa o conteúdo, é acompanhado por um grito de alerta na forma de subtítulo: "As the temperature rises in the Artic, it sends us a chilli around the planet." Alguns dados apresentados são estarrecedores, mas fáceis de transcrever: até 4 graus centígrados de aumento de temperatura no Alasca, Sibéria e parte do Canadá e perda de 40% da espessura da capa de gelo que cobre uma área 6% menor que em 1980.Devo confessar que a leitura dessa matéria gerou um forte efeito em mim: fiquei pensando no mundo que espera por meus filhos e eventuais netos (falo filhos e netos e não tataranetos ou descendentes de um futuro distante). Se não bastasse o exemplo do descongelamento do Ártico, duas outras notícias foram divulgadas pela mídia nesses dias. Uma delas nos informava que cientistas da NASA observaram que a camada de ozônio aumentou muito além do previsto pela agência. O buraco cobre hoje uma área de 75 milhões de quilômetros quadrados. A segunda notícia: um novo vazamento, produzido pela Petrobrás, contamina os rios com 75 mil litros de óleo.Parecia que a mídia estava disposta a derrubar meu otimismo, talvez ingênuo, que derivava da minha confiança de que a utilização integral do Raciocínio Sistêmico (disciplina e prática que aqui apresento) na análise e gestão dos problemas ambientais, tanto em seus aspectos metodológicos como políticos e sociais, viesse a dar solução ou a minimizar de maneira significativa muitos dos problemas que hoje nos conturbam. Mas apesar do flamante pessimismo, continuo achando que uma solução qualquer será finalmente implementada por caminhos que, implicitamente ou explicitamente, utilizem essa metodologia, já que, se existe alguma chance na recuperação de nosso planeta, ela terá como pressuposto básico uma mudança global da perspectiva com que as pessoas se relacionam com o ecossistema. É atrás dessa mudança que todos os leitores destas linhas também estão. É isso o que nos faz recuperar o otimismo.As sociedades, as cidades, as comunidades, as instituições, as diretrizes políticas e seus modelos econômicos formam subsistemas, todos eles componentes de
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