O envelhecimento da população brasileira e o aumento crescente de doenças crônico-degenerativas tornam necessária a avaliação de condutas preventivas, incluindo o exercício físico. A presente investigação é um estudo longitudinal que avaliou pacientes com cardiopatia e realizando exercícios físicos regulares, por um período médio de 17 anos de seguimento. As informações foram obtidas retrospectivamente em arquivos de um centro de reabilitação na cidade de Porto Alegre (RS). Foram selecionados 14 homens cardiopatas que compuseram uma amostra intencional. A idade média no início do acompanhamento era de 47 anos e 65 anos no final. As variáveis estudadas foram frequência cardíaca, peso e pressão arterial, todas aferidas antes e depois dos exercícios físicos e compreendendo o período dos doze primeiros meses e doze últimos meses de acompanhamento. Para averiguar as diferenças entre as variáveis foi o usado teste de Wilcoxon para amostras emparelhadas, calculado pelo programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 10,0. Foram observadas reduções nas frequências cardíacas, comparando-se as primeiras aferições com as obtidas no último ano de acompanhamento, tanto nos valores antes do exercício (84,1 para 78,6; p = 0,001), como depois do exercício (105,2 para 90,7; p = 0,003). Também houve redução nos níveis de pressão arterial diastólica média obtida após o exercício (77,4 para 72,5; p = 0,05). Esta pesquisa mostra melhora em parâmetros fisiológicos em uma amostra de homens cardiopatas praticantes de exercício.
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