Periodização econômica de Abaetetuba (PA) a partir de sua configuração espacial 1
ResumoEste trabalho objetiva apresentar um panorama dos períodos econômicos por quais passou o município de Abaetetuba. Para tanto, apresentamos, inicialmente, alguns aspectos reveladores das rupturas que deixaram marcas distintas no seu território a partir das políticas de desenvolvimento e integração no contexto amazônico, iniciadas em meados do século XX. Mostramos como tais elementos influenciaram a dinâmica econômica, social, política e espacial do município que fora diretamente afetado pelos novos objetos e ações que ali se instalavam. Desse modo, caracterizamos a dinâmica do município anterior a estas políticas, para assim enfocarmos a organização espacial de Abaetetuba, salientando a historicidade desse processo. Para compreendermos as relações existentes na atualidade a partir desses novos elementos, enfatizamos o complexo ALBRÁS-ALUNORTE e as políticas que possibilitaram seu funcionamento. Revela-se o processo de substituição de um regime de acumulação mercantil por outro plenamente capitalista, consequentemente, mudanças nas relações de trabalho e na produção do espaço.
Esse texto constitui uma etapa da proposição do Laboratório Universidade, Técnica, Território e Espaço (LUTTE) para uma interpretação da produção do espaço geográfico a partir de categorias trabalhadas por Marx (2011) – subsunção e exterioridade – e desenvolvidas em detalhes ao largo dos Grundrisse, mas que não chegaram a ter um melhor desenvolvimento n’O capital. Neste primeiro momento, para compreender a origem da subsunção, faz-se necessário atentar para o momento em que o valor é posto pelo sistema do capital, a fim de não produzir falsas sinonímias entre subsunção e tipos de extração de mais-valia. Este debate aprofunda a proposição que vem sendo apresentada pelo LUTTE desde 2012, em eventos, mesas, debates, textos etc., mas que possui como obras de maior relevo até o momento o trabalho de Mota (2016), que apresenta as duas categorias como ferramentas para análise da nova teleologia do capitalismo, em que o valor relativo, transmutado em técnica, se apresenta como meio e fim do ser social, e a proposição de Soares (2021), que defende o uso desse par conceitual para a análise geográfica das formações sociais.
Resumo Este trabalho visa debater a importância da linguagem cartográfica no ensino de Geografia, com destaque para a alfabetização cartográfica aplicada na Educação Básica, auxiliando a análise a partir de mapas temáticos; partindo de uma análise teórica do ensino Geográfico e dos Fundamentos Cartográficos para em seguida compreender a importância da semiologia gráfica nas relações fundamentais de diversidade, ordem e proporcionalidade inseridas em representações temáticas manifestadas em polígonos. Com isso argumenta-se o emprego de representações cartográficas locais no processo de ensino-aprendizagem, para que se possa entender e valer-se adequadamente dos símbolos/signos cartográficos durante as aulas de geografia. Palavras-Chave: Linguagem cartográfica. Ensino geográfico. Representações temáticas.
Resumo: O presente artigo tem como objetivo mostrar quais as lutas e resistência utilizada pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre – MXVPS no enfrentamento aos problemas sociais ocasionados pelo projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, demonstrar a importância de compreender quais os processos em suas múltiplas escalas que desencadeiam a construção caótica do desse empreendimento para assim poder construir estratégias eficazes de embate. Este trabalho se divide em duas partes, na primeira trataremos a escala enquanto construção social na qual a sua organização privilegia ou oculta agentes sociais importantes de um determinado lugar; na segunda mostraremos como isso acontece na prática a partir da experiência do MXVPS. De antemão gostaríamos de deixar claro, que conhecemos as questões epistemológicas que existem em torno do conceito de escala, entretanto, não é nosso objetivo fazer neste momento tal debate, concentraremos nossos esforços aqui na interpretação das ações tomadas a partir do uso desse instrumento por agentes hegemônicos para criar as normas e leis em seu benefício.Palavras-chave: Movimentos Sociais; Escalas; Políticas de Escala; Amazônia.
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