Este artigo propõe uma apresentação dos significados simbólicos dos produtos importados da Europa (Portugal, Inglaterra e França) e Estados Unidos para a Província do Pará entre o período de 1840 a 1870. Toma-se como referência que neste período tanto a mportação de produtos de primeira necessidade – como era o caso dos alimentos – quanto de bens considerados supérfluos – vestimentas e outros usos – já estavam em alta. O enfoque que se pretende atribuir é cultural, reconhecendo os aspectos figurados que permearam a divulgação desses novos bens culturais que adentraram a província, bem como as idéias decivilização e modernidade que lhe são inerentes. Sendo este último um discurso do próprio império brasileiro e que no Pará só encontrou maior recepção no período posterior a 1840, isto é, no pós-cabanagem, quanto mais se deu o aumento paulatino das navegações de longo curso.
Resumo: O trabalho tem como objetivo destacar a proeminência do comércio dos portugueses em Belém nos meados do século XIX. Nesse contexto, podemos observar que o comércio dos portugueses era muito variado, tendo eles se destacado como donos de tabernas, lojas, armazéns, o que os relacionava ao pequeno comércio varejista ou diretamente ao comércio transatlântico de mercadorias, escravos que chegavam e saíam do Pará. Com isso, pretendemos enfatizar que as práticas mercantis dos lusos no Pará eram muito variadas, o que qualificou vários deles como homens de negócios por estarem envolvidos com o comércio de grosso trato. Como resultado de algumas atuações promissoras, encontramos alguns registrando matrícula junto ao Tribunal de Comércio de Pernambuco ou do Rio de Janeiro como cumprimento das prerrogativas do Código Comercial de 1850. Além disso, a matrícula evidencia um distintivo na hierarquia do comércio em Belém.
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