Objetivo: avaliar a condição bucal de mulheres com diabetes mellitus gestacional (DMG) internadas no Hospital Escola (HE) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Métodos: trata-se de um estudo transversal retrospectivo de base hospitalar, em que dois residentes treinados realizaram a coleta dos dados por meio da avaliação dos prontuários médicos e odontológicos, no período de setembro de 2019 a março de 2020. Os dados socioeconômicos e demográficos e o diagnóstico de DMG foram coletados dos prontuários médicos, enquanto hábitos e condição bucal, dos prontuários odontológicos. A análise dos dados foi realizada no programa Stata 11.0, usando os testes Exato de Fisher e Regressão de Poisson. Resultados: foram avaliados os prontuários de 83 gestantes, destas, 37 (44,6%) apresentavam DMG. A presença de DMG esteve associada com as gestantes de maior faixa etária (62,2%) e no terceiro trimestre de gestação. Em sua maioria, tinham renda de até dois salários mínimos, eram solteiras, tinham filhos e realizaram pré-natal. Em relação à avaliação bucal, apenas a presença de cálculo dental e inflamação gengival foi estatisticamente associada à presença de DMG (p= 0,030 e 0,014 respectivamente). A autopercepção do sorriso foi considerada ruim por 40,5%, e a maioria teve dentes perdidos por cárie (64,9%). Conclusões: a prevalência de DMG foi alta entre as gestantes internadas, sendo maior em mulheres de mais idade. Presença de cálculo dental e inflamação gengival foram fortemente associadas à presença de DMG, enquanto hábitos bucais e presença de cárie não apresentaram associação. Novas pesquisas, com exames periodontais completos, são necessárias para verificar as condições periodontais dessas mulheres. Palavras-chave: odontologia; gestação; diabetes mellitus gestacional; cárie; hospital.
Objetivo: avaliar gestantes internadas no setor de obstetrícia do Hospital Escola da UFPel quanto à necessidade de receber atendimento odontológico de urgência, ao conhecimento a respeito do atendimento durante a gravidez e de como prevenir a doença cárie dentária em seus filhos. Método: este estudo observacional, de base hospitalar e transversal, foi conduzido a partir de instrumento contendo uma entrevista e uma avaliação bucal de 83 gestantes. Os dados foram coletados junto ao leito por dois residentes treinados e avaliados pelo Teste Exato de Fisher e por análise multivariada, com Regressão de Poisson e variância robusta. Resultados: a média de idade das gestantes foi de 28,7 anos, sendo que 31,3% relataram dor dentária, estando relacionada à atividade de cárie e à busca de atendimento odontológico nos últimos 6 meses. Das gestantes avaliadas, 66,2% apresentaram, pelo menos, um tabu ou mito, sendo que realizar tratamento endodôntico foi o mais prevalente. Realizar pré-natal reduziu a presença de tabus ou mitos. Apenas 7,2% das mulheres demonstraram ter conhecimento de como prevenir a doença cárie dentária no filho, sendo significativamente maior nas donas de casa e nas que receberam orientação prévia. Conclusão: o pré-natal favoreceu a redução da presença de tabus e mitos da odontologia na gestação. O cirurgião-dentista tem um papel importante na condução do pré-natal odontológico, para evitar e tratar as odontalgias na gestação e orientar sobre a saúde bucal dos filhos, efetivando a atenção odontológica nos mil dias da criança.Palavras-chave: gestantes; saúde materno-infantil; assistência odontológica.
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