(NESG) as rochas granuliticas s.l. ocorrem com freqüência, especialmente em suas porções basais, expostas nos extremos N e E do segmento setentrional da estrutura e no extremo N do segmento meridional. Em áreas estudadas com maior detalhe, tem sido demonstrado que elas incluem tipos petrográficos bastante diversos, tais como granada granulitos, charnockitos cálcio-alcalinos potássicos e mangeritos. Charnockitos cálcio-alcalinos potássicos foram inicialmente reconhecidos na borda do Complexo Socorro por Wernick et alo (1984) e formam diversos corpos ainda não mapeados, principalmente como os da região de Muzambinho-Guaxupé, no segmento setentrional da NESG e como as ocorrências nas imediações de Paraisópolis, segmento meridional. Os charnockitos de Muzarnbinho foram datados em ca. 660 (U-Pb em zircão e isócrona Rb-Sr; Basei et al., 1995), valor este que se situa dentro do episódio admitido para o magmatismo de arco no sistema orogênico neoproterozóico que inclui a NESG e a Faixa Apiaí (Figueiredo & Campos Neto, 1984). Os mangeritos ocorrem principalmente ao longo de uma faixa, com extensão de cerca de 100 km, na porção central do segmento setentrional da NESG. São corpos tabulares e intrusivos, afetados por zonas de cisalhamento dúctil com transporte da placa superior para noroeste e dobrados. Compõem-se de associações mangerito-graníticas (Suíte São José do Rio Pardo, SJRP, de Campos Neto et al., 1988), derivadas do fracionamento in situ de magmas quartzo mangeriticos (Janasi, 1996). Os mangeritos normalmente podem ser distinguidos, no campo, dos charnockitos cálcio-alcalinos, pela ausência seja de texturas porfiriticas seja da biotita como máfico comum, características freqüentes dos charnockitos. Em termos geoquímicos os mangeritos constituem um grupo bastante peculiar, especialmente por apresentarem teores de Ca, Sr e Mg# mais baixos e alto Zr (Campos Neto et al., 1988), indicativos de origem por fusão de crosta granulítica empobrecida a T superiores a 950°C (Janasi, 1996). Idades U-Pb em zircão indicam sua geração há ca. 630-625 Ma (Basei et al., 1995). Em contraposição aos dois grupos acima descritos, de caráter nitidamente plutônico, ocorrem na base da NESG, tanto no segmento setentrional quanto no meridional, granulitos S.S., de caráter bandado, com alternância de níveis métricos a decimétricos de composição máfica e intermediária. Estimativas termobarométricas em granulitos básicos indicam que a sua cristalização ocorreu a ca. 8,5 kbar e 8500C (Iyer et al., 1996); condições ainda mais extremas (P ~11 kbar e T= ca. 9500C) foram estimadas por Vasconcellos et alo (1991) em granada granulitos de composição intermediária que afloram na região de Varginha, na lâmina inferior da NESG. Embora potencialmente correspondendo a áreas-fonte do plutonismo anidro representado pelos dois conjuntos anteriores, esses granulitos são ainda muito pouco IDGG,