■ RESUMO: O presente artigo aborda a concepção de "unidade de estilo" forjada por Nietzsche nos escritos da época de professorado na Universidade de Basiléia. Pretende-se mostrar a conexão entre tal concepção e a defesa da necessidade de educação dos instintos, nesse momento da obra ainda fortemente associada ao conjunto de um povo ou cultura; no caso, a cultura grega. Ao centro, o desafio de se compreender a duplicidade de apolíneo e dionisíaco, para além da esfera estrita da arte trágica.■ PALAVRAS-CHAVE: Nietzsche;cultura;educação A relação de Nietzsche com a Antigüidade, e em especial com os gregos, marcou toda a sua trajetória filosófica de uma forma tão profunda, que seria impossível pensar em seu projeto de cultura, ou na correspondente crítica à sua época, sem considerarmos a influência decisiva exercida pela cultura grega em sua formação.2 A opção progressivamente feita nos últimos anos de Pforta pela filologia revela-nos duas faces de uma mesma força de atração sobre sua personalidade: a que lhe prometia a disciplina oferecida pela ciência e, simultaneamente, a possibilidade da entrega amorosa ao universo do qual se sentia tão intimamente próximo, desde suas primeiras leituras de Sófocles, Ésquilo e Pla-1 Doutora em filosofia pela UNICAMP e professora na
O objetivo deste texto é apontar os pontos de proximidade e de diferença entre as reflexões de Nietzsche e de Platão sobre o papel da arte para o autogoverno do indivíduo e a autonomia e soberania da cultura. This article aims to show the points of difference and affinities between Nietzsche's and Plato's thoughts on the role of the art in the individual self-governing and sovereign of culture
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