Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes atendidos em uma instituição filantrópica onde funciona o projeto de extensão “Atendimento Odontológico a Pacientes com Necessidades Especiais”. Métodos: A amostra foi composta por 581 prontuários de pacientes com necessidades especiais de 0 a 33 anos de idade. Foram coletadas informações sobre as prevalências de cárie nas dentições decídua e permanente, gengivite, xerostomia, bruxismo, refluxo gastroesofágico, sexo, uso de medicação de ação central, uso de chupeta, sucção digital, alimentação e higiene bucal. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e teste do qui-quadrado para verificação de associação entre diagnóstico e sexo. Resultados: 51,93% dos pacientes eram meninos, 71,42% possuíam paralisia cerebral, 12,36% tinham refluxo gastroesofágico, 49,30% usavam medicação anticonvulsivante. O diagnóstico de paralisia cerebral quadriespástica esteve associado ao sexo masculino. Dentre as alterações bucais, 4,86% dos casos apresentaram xerostomia. O uso da chupeta foi encontrado em 26,93% dos indivíduos e 18,05% chupavam o dedo. Alterações gengivais foram detectadas em 15,61% das fichas. Em relação à alimentação, 56,97% dos indivíduos consumiam açúcar acima do aceitável, e com relação à higiene bucal, 14,48% foram classificados como ruim e 17,57% moderada. Em 20,57% dos prontuários havia registro de dentes decíduos cariados e em 4,29% de dentes obturados. Do total de pacientes que possuíam dentes permanentes, 13,17% tinha dentes cariados e 7,75% possuía dentes obturados. A prevalência de cárie dentária é moderada com pequena proporção de dentes restaurados. A alimentação é rica em sacarose para quase 60% destes pacientes. Conclusão: os hábitos parafuncionais apresentam um percentual preocupante de prevalência. Por isso, estes pacientes possuem um perfil de doenças bucais com gravidade moderada e que devem ter um acompanhamento odontológico sistemático para que a prevalência de doenças bucais não aumente com o passar dos anos.
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