Introdução: As formas do médico se relacionar com o doente tendem a adotar modelos biomédicos, que são mais simples e impessoais, em detrimento a modelos biopsicossociais, mais complexos e com maior demanda emocional. Dentre as diversas intervenções propostas para o desenvolvimento e facilitação da relação médico-paciente estão os grupos Balint. Objetivo: Avaliar a participação nos grupos Balint no desenvolvimento de atitude centrada na pessoa doente no contexto da relação médico-paciente em relação aos não participantes. Métodos: Estudo qualitativo de cunho fenomenológico, com amostra composta por 30 participantes incluindo acadêmicos de medicina e médicos. A coleta dos dados ocorreu em 2021 através de entrevistas narrativas. Resultados: Foram encontradas seis maneiras de caracterizar o que é essencial no encontro com o paciente: Empatia; Comunicação Efetiva; Visão Biopsicossocial; Tempo; Disponibilidade do Médico; Infraestrutura. Sete “unidades de sentido” caracterizaram as dificuldades encontradas no encontro com o paciente: Limitações de Acesso à Saúde; Comunicação Ineficaz; Inseguranças do médico-assistente; Pacientes Difíceis; Expectativa do Paciente; Carga Excessiva de Trabalho; Abordar Assuntos Delicados. Três “unidades de sentido” foram utilizadas por ambos os grupos para exemplificar quando o encontro com o paciente foi bem-sucedido: Entendimento do Processo saúde-doença; Contribuição Médica; Gratidão do Paciente. Conclusão: Percebeu-se, a partir das entrevistas, semelhanças entre os grupos, que apresentam uma visão otimista no que se refere ao cuidado humano e integral do seu paciente mesmo que com abordagens diferentes.
Introdução: É fato estabelecido que as habilidades empáticas são essenciais para a construção do vínculo terapêutico, elemento básico na relação médico-paciente. A perda de habilidade empática com um subsequente impacto negativo sobre a resiliência tem sido reportada por estudantes de medicina durante as fases clínicas do curso. Dentre as diversas intervenções propostas para o desenvolvimento e facilitação da relação empática estão os grupos Balint. Objetivo: Avaliar a participação nos grupos Balint no desenvolvimento de atitude empática na relação que se estabelece com o paciente. Métodos: Trata-se de um estudo analítico, observacional, corte transversal, em que foram comparados com dois grupos: “Grupo Balint” e “grupo controle”, aos quais foi aplicado a Escala de Resiliência de Wagnild & Young e o Interpersonal Reactivity Index. Resultados: Dos 36 participantes, 8 eram integrantes do Grupo Balint e 28 de ligas acadêmicas. A Escala de Resiliência demostrou superioridade estatística no grupo das ligas acadêmicas, com escore médio de 115.6 ±19.3 obtido pelos participantes do Grupo Balint e 129.4 ±14.6 pelos integrantes de ligas acadêmicas. Quanto a coleta do Interpersonal Reactivity Index, o Grupo Balint foi superior estatisticamente, com média em pontos de 79±8.6 no Grupo Balint e 64.4±13.6 nas ligas acadêmicas. Conclusão: Os resultados apoiam uma visão mais otimista sobre a questão da empatia e resiliência no currículo médico e encorajam a iniciativa de treinamentos destinados a ajudar jovens estudantes de medicina a levar em conta o componente emocional da relação médico-paciente.
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