A partir de uma visão solidarista, este artigo explora a evolução das operações de paz ao longo do tempo de acordo com as mudanças percebidas na forma dos conflitos armados contemporâneos e seus impactos no debate sobre intervenção humanitária. Para tanto, utilizamos como objeto de análise as intervenções conduzidas sob a égide da ONU de forma a prevenir crises humanitárias. Acusamos que a politização do processo decisório no tocante às suas autorizações e definição de mandato leva ao agravamento de tais crises. Apontamos que o conceito de emergência complexa pode apontar condições de verificação para a necessidade e intervenção, complementando o princípio da Responsabilidade de Proteger e superando zonas cinzentas no tocante ao decidir quando intervir.
Humanitarian cooperation initiatives were central to Brazilian Foreign Policy in the two first decades of the 21st century. Based on national initiatives considered successful, these programs have been used as tools for the country’s projection to achieve an international leadership role. This article explores the role of humanitarian cooperation in Brazilian foreign policy in order to show that, although it was not the only policy developed, it evidenced Brazilian soft power and allowed the country to achieve prominence and place its interests on international agendas.
Este artigo introduz duas perspectivas críticas no debate sobre o terrorismo, buscando apresentar algumas críticas acerca da categoria, definida na literatura como o novo “terrorismo islâmico”. Portanto, o objetivo desse artigo é aplicar a teoria construtivista crítica e o pós-colonialismo relacionadas a categoria do “terrorismo islâmico”, buscando repensar algumas premissas estabelecidas pela literatura tradicional. Para tal, busca-se investigar, em um primeiro momento, as diferenciações entre um terrorismo tradicional e o novo terrorismo pautado na religião. Posteriormente, será analisado o “terrorismo islâmico a partir das duas teorias propostas. Palavras-chave: Terrorismo Islâmico; Construtivismo; Pós-colonialismo.ABSTRACTThis article introduces two critical perspectives in the debate on terrorism, seeking to present some criticism about the category defined in the literature as the new “Islamic terrorism”. Therefore, the goal of the article is to apply the critical constructivism and the post-colonial theory related to the “Islamic terrorism” category, seeking rethink some premises established by the traditional literature. For this, it seeks to investigate, in the first moment, the differentiations between an old terrorism and the new terrorism, which is based on the religion. Subsequently, “Islamic terrorism” will be analyzed by the two proposed theories.Keywords: Islamic Terrorism; Constructivism; Post-Colonialism.Recebido em 11/02/2019 | Aceito em 10/12/2019
Resumo: Este artigo tem por objetivo discutir a reintegração das ex-crianças-soldado à vida civil, tendo como exemplo ilustrativo Serra Leoa. Analisa-se se os programas de libertação e reintegração para ex-crianças-soldado, em Serra Leoa, pode ser considerado um exemplo de sucesso. Observa-se que, embora a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências percebam Serra Leoa como um sucesso na reintegração de jovens e crianças, a literatura e algumas Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuaram no país percebem falhas nesse processo. Palavras-chave:Criança-soldado; DDR; Serra Leoa. Abstract:The purpose of this paper is to discuss the reintegration of former-child-soldiers to the civilian life in Sierra Leone. Then, liberation and reintegration programs for former-childsoldiers in Sierra Leone are discussed so as to check if the they can be considered a case of success. Despite the fact that the United Nations (ONU) and its agencies see Sierra Leone as a case of success in the reintegration of youngsters and children, literature and some Non-Government Organizations (NGOs) which have acted there notice flaws in this process.
Marcada por calamidades que enfatizam visões estereotipadas sobre si, a África se apresenta ao século XXI com uma crescente expectativa pessimista em relação a seu futuro e potencial no campo internacional. Como resposta a este desafio, dentre outros, Thabo Mbeki, presidente da África do Sul no período, populariza o conceito de Renascença Africana, cuja proposta oferece soluções, na esfera política e econômica, para enfrentar as adversidades. Para além da orientação política e econômica, a Renascença Africana, entendida como parte da estratégia de Pretória para a África, também possui notável atuação na estruturação da União Africana, criada em 2002 como aprofundamento da Organização da Unidade Africana. Dessa forma, o presente trabalho busca analisar o papel sul-africano na alteração da dinâmica política e econômica observada na África no início do século XXI.
A partir de uma visão solidarista, este artigo explora a evolução das operações de paz ao longo do tempo de acordo com as mudanças percebidas na forma dos conflitos armados contemporâneos e seus impactos no debate sobre intervenção humanitária. Para tanto, utilizamos como objeto de análise as intervenções conduzidas sob a égide da ONU de forma a prevenir crises humanitárias. Acusamos que a politização do processo decisório no tocante às suas autorizações e definição de mandato leva ao agravamento de tais crises. Apontamos que o conceito de emergência complexa pode apontar condições de verificação para a necessidade e intervenção, complementando o princípio da Responsabilidade de Proteger e superando zonas cinzentas no tocante ao decidir quando intervir.
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